Análises das Diferentes Metodologias de Contagem de Reticulócitos e seu Impacto na Interpretação Laboratorial dos Resultados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bodack, Camila do Nascimento
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/159951
Resumo: TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Farmácia.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaBodack, Camila do NascimentoMoraes, Ana Carolina Rabello2016-03-18T19:15:53Z2016-03-18T19:15:53Z2016-03-18https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/159951TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Farmácia.Anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo das necessidades fisiológicas. A contagem de reticulócitos é capaz de avaliar a capacidade proliferativa da série eritróide da medula óssea e, portanto, classificar os indivíduos como portadores de anemias hiperproliferativas ou hipoproliferativos. Dessa forma, a contagem de reticulócitos é útil no processo de diagnóstico e acompanhamento do tratamento de indivíduos anêmicos. No entanto, existem diversas metodologias de contagem de reticulócitos, o que pode gerar resultados diferentes entre si. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo verificar se as diferentes metodologias de contagem de reticulócitos proporcionam interpretações e classificações laboratoriais divergentes. Para tanto, foram coletados resultados de exames realizados pelo setor de hematologia da Divisão de Análises Clínicas (DACL) do Hospital Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC) durante o período de janeiro de 2014 a março de 2015. As informações coletadas foram resultados de: contagem de hemácias, dosagem de hemoglobina, hematócrito, contagem relativa de reticulócitos (CRR) e contagem absoluta de reticulócitos (CAR). A partir desses dados, foram calculados a contagem corrigida de reticulócitos (CCR) e o índice de produção de reticulócitos (IPR). Para determinar a concordância entre os resultados dos exames, foi utilizado o teste Kappa. As sensibilidades e especificidades foram calculadas pela Curva ROC (Reciever Operating Characteristic) adotando-se como padrão ouro a CAR. Foram incluídos no estudo dados provenientes de 121 indivíduos anêmicos e 23 indivíduos clinicamente saudáveis. Os indivíduos clinicamente saudáveis apresentaram os seguintes resultados: CRR: 1,2 ± 0,3 %; CAR: 54,5 ± 14,3/mm3; CCR: 1,1 ± 0,3 %; e IPR: 1,1 ± 0,3. Os indivíduos clinicamente saudáveis apresentaram resultados dentro dos valores de referência. Os resultados dos portadores de anemia foram: CRR: 17,1 ± 28,5 %; CAR: 450,3 ± 732,7/mm3; CCR: 12,3 ± 23 %; e IPR 7,9 ± 15,1. Todos os métodos de contagem de reticulócitos tiveram concordância entre moderada e excelente (P ≤ 0,05), sendo que a melhor concordância foi entre a CAR e o IPR (Coeficiente de Kappa = 0,851). Todas as metodologias apresentaram valor diagnóstico, com excelentes sensibilidades, especificidades e acurácia. O IPR foi a metodologia que apresentou melhor acurácia (área sob a curva - AUC = 0,991). Os resultados obtidos mostram que as diferentes metodologias de contagem de reticulócitos são concordantes. Dessa forma, a escolha de qual parâmetro reticulocitário será utilizado na clínica deve respeitar a doença de base que desencadeou a anemia e os motivos clínicos da solicitação dos exames.Anemia is defined by Word Health Organization (WHO) as a condition when the hemoglobin content in blood is under the physiologic needs. The reticulocyte count evaluates the proliferative status of bone marrow and is useful to classificate individuals with hypoproliferativa anemia or hyperproliferative anemia. Thus, reticulocyte count is useful on the process of diagnosing and following the clinical treatment of the individuals with anemia. However, several methods to count reticulocytes are available, and the different methods may represent different results. That being said, the present study had as goal to verify if the different methods of counting reticulocytes provide divergent interpretation and classification of the bone marrow proliferative status. Therefore, results of the exams were obtained from internal register of the hematological sector from the clinical analysis division of Polydoro Ernani the São Thiago Hospital comprehending the period from January of 2014 to March of 2015.The information collected was erythrocyte count, hemoglobin concentration, hematocrit, relative reticulocyte count (RRC) and absolute reticulocyte count (ARC). From the data obtained RPI and correct reticulocyte count (CRC) were calculated. Kappa concordance coefficient was used to determinate the concordance between the different reticulocyte parameters. Sensibility and specificity were calculated by ROC (Reciever Operating Characteristic) curve using as gold standard ARC. Were included data obtained from 121 individuals with anemia, and 23 healthy individuals. The results obtained from healthy individuals were : RRC : 1,2 ± 0,3 %; ARC: 54,5 ± 14,3/mm³; CRC: 1,1 ± 0,3 %; and RPI: 1,1 ± 0,3. The healthy individuals showed results between the reference range.The results from individiuals with anemia: RRC: 17,1 ± 28,5 %; ARC 450,3 ± 732,7/mm³;CRC: 12,3 ± 23 % and RPI 7,8 ± 15,1. All reticulocyte count methods had concordance between moderate to excellent (P ≤ 0,05), and the best concordance occurs between ARC and RPI ( Kappa = 0,851). All methods had good diagnosis value, with excellent sensibility, specificity and accuracy. RPI was the methodology that represents the best accuracy (Area Under the Curve - AUC = 0,991). The results represents that the different reticulocyte count agreed with each other, so, the choice of which reticulocyte parameter used must respect the etiology of the anemia and the clinical suspicion.50 f.Florianópolis, SCAnemia. Reticulócito. Índice de Produção de ReticulócitosAnálises das Diferentes Metodologias de Contagem de Reticulócitos e seu Impacto na Interpretação Laboratorial dos Resultadosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALTCC CAMILA DO NASCIMENTO BODACK.pdfTCC CAMILA DO NASCIMENTO BODACK.pdfTCC CAMILA DO NASCIMENTO BODACKapplication/pdf2567244https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/159951/1/TCC%20CAMILA%20DO%20NASCIMENTO%20BODACK.pdfa45d7d8d7ab3c995ded6e2afb22e35baMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81383https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/159951/2/license.txt11ee89cd31d893362820eab7c4d46734MD52123456789/1599512016-03-18 16:15:53.922oai:repositorio.ufsc.br:123456789/159951Vm9jw6ogdGVtIGEgbGliZXJkYWRlIGRlOiBDb21wYXJ0aWxoYXIg4oCUIGNvcGlhciwgZGlzdHJpYnVpciBlIHRyYW5zbWl0aXIgYSBvYnJhLiBSZW1peGFyIOKAlCBjcmlhciBvYnJhcyBkZXJpdmFkYXMuClNvYiBhcyBzZWd1aW50ZXMgY29uZGnDp8O1ZXM6IEF0cmlidWnDp8OjbyDigJQgVm9jw6ogZGV2ZSBjcmVkaXRhciBhIG9icmEgZGEgZm9ybWEgZXNwZWNpZmljYWRhIHBlbG8gYXV0b3Igb3UgbGljZW5jaWFudGUgKG1hcyBuw6NvIGRlIG1hbmVpcmEgcXVlIHN1Z2lyYSBxdWUgZXN0ZXMgY29uY2VkZW0gcXVhbHF1ZXIgYXZhbCBhIHZvY8OqIG91IGFvIHNldSB1c28gZGEgb2JyYSkuIFVzbyBuw6NvLWNvbWVyY2lhbCDigJQgVm9jw6ogbsOjbyBwb2RlIHVzYXIgZXN0YSBvYnJhIHBhcmEgZmlucyBjb21lcmNpYWlzLgpGaWNhbmRvIGNsYXJvIHF1ZTogUmVuw7puY2lhIOKAlCBRdWFscXVlciBkYXMgY29uZGnDp8O1ZXMgYWNpbWEgcG9kZSBzZXIgcmVudW5jaWFkYSBzZSB2b2PDqiBvYnRpdmVyIHBlcm1pc3PDo28gZG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMuIERvbcOtbmlvIFDDumJsaWNvIOKAlCBPbmRlIGEgb2JyYSBvdSBxdWFscXVlciBkZSBzZXVzIGVsZW1lbnRvcyBlc3RpdmVyIGVtIGRvbcOtbmlvIHDDumJsaWNvIHNvYiBvIGRpcmVpdG8gYXBsaWPDoXZlbCwgZXN0YSBjb25kacOnw6NvIG7Do28gw6ksIGRlIG1hbmVpcmEgYWxndW1hLCBhZmV0YWRhIHBlbGEgbGljZW7Dp2EuIE91dHJvcyBEaXJlaXRvcyDigJQgT3Mgc2VndWludGVzIGRpcmVpdG9zIG7Do28gc8OjbywgZGUgbWFuZWlyYSBhbGd1bWEsIGFmZXRhZG9zIHBlbGEgbGljZW7Dp2E6IExpbWl0YcOnw7VlcyBlIGV4Y2XDp8O1ZXMgYW9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIG91IHF1YWlzcXVlciB1c29zIGxpdnJlcyBhcGxpY8OhdmVpczsgT3MgZGlyZWl0b3MgbW9yYWlzIGRvIGF1dG9yOyBEaXJlaXRvcyBxdWUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgcG9kZW0gdGVyIHNvYnJlIGEgb2JyYSBvdSBzb2JyZSBhIHV0aWxpemHDp8OjbyBkYSBvYnJhLCB0YWlzIGNvbW8gZGlyZWl0b3MgZGUgaW1hZ2VtIG91IHByaXZhY2lkYWRlLiBBdmlzbyDigJQgUGFyYSBxdWFscXVlciByZXV0aWxpemHDp8OjbyBvdSBkaXN0cmlidWnDp8Ojbywgdm9jw6ogZGV2ZSBkZWl4YXIgY2xhcm8gYSB0ZXJjZWlyb3Mgb3MgdGVybW9zIGRhIGxpY2Vuw6dhIGEgcXVlIHNlIGVuY29udHJhIHN1Ym1ldGlkYSBlc3RhIG9icmEuIEEgbWVsaG9yIG1hbmVpcmEgZGUgZmF6ZXIgaXNzbyDDqSBjb20gdW0gbGluayBwYXJhIGVzdGEgcMOhZ2luYS4KTGljZW7Dp2EgQ3JlYXRpdmUgQ29tbW9ucyAtIGh0dHA6Ly9jcmVhdGl2ZWNvbW1vbnMub3JnL2xpY2Vuc2VzL2J5LW5jLzMuMC9ici8KRepositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732016-03-18T19:15:53Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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