Os efeitos da COVID-19 na prematuridade: uma visão geral das revisões : The effects of COVID-19 on prematurity: an overview of the reviews

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Giovanna Giovacchini dos
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Carmona, Laíssa Viana, Lima, Gabriela Hess Vaz de, Buttler, Carolina Russo, Cilento, Beatriz Bazzo, Valete, Cristina Ortiz Sobrinho, Machado, José Kleber Kobol
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
DOI: 10.34119/bjhrv5n5-180
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/52687
Resumo: Introdução: Gestantes são consideradas grupo de risco para a COVID-19. Contudo, faltam evidências acerca dos desfechos neonatais em gestantes infectadas pelo SARS-CoV-2. O objetivo deste estudo é avaliar se houve aumento de prematuridade em gestantes infectadas, se a infecção foi causa de prematuridade e quais os desfechos do parto e feto-neonatais estudados. Método: Foi feita uma revisão narrativa, que incluiu revisões narrativas, sistemáticas e metanálises, captadas na PubMed a partir dos descritores associados aos termos “COVID-19”, “prematuridade” e “mortalidade neonatal”, publicados no período de janeiro de 2020 a setembro de 2021.Resultados: Foram incluídos 21 estudos. A taxa de prematuridade variou de 20,1% a 63,83% e a via de parto predominante foi a cesariana (53,9 a 93%). Dezesseis estudos revelaram taxas de neonatos testados positivos para SARS-CoV-2 (de 0 a 14,3%). Outros desfechos neonatais incluídos foram: abortamento, mortalidade perinatal, crescimento intrauterino restrito, sofrimento fetal, APGAR abaixo de 7, baixo peso ao nascer, dificuldade respiratória e pneumonia. Discussão: Foi encontrado aumento da taxa de partos prematuros e de cesarianas em mulheres grávidas infectadas pelo SARS-CoV-2 em comparação à população geral. Não foi possível concluir que a COVID-19 seja causa direta de prematuridade, sendo importante ressaltar que as taxas observadas podem se relacionar à interrupção da gestação, possivelmente devido às informações insuficientes no início da pandemia quanto aos riscos da infecção no feto e transmissão vertical. Da mesma forma, a escolha pela cesariana pode estar relacionada à piora da condição materna. Os desfechos neonatais relatados foram variados entre os artigos revisados, o que nos impediu de fazer uma análise quantitativa para síntese dos achados. Pode-se afirmar, entretanto, que os desfechos são restritos à minoria dos casos, e ainda não está claro se são provocados pela infecção materna. Conclusão: Constatou-se aumento da taxa de prematuridade e de cesáreas na população estudada. Com relação aos desfechos neonatais adversos, ainda são necessários mais estudos englobando os períodos seguintes de avanço da pandemia. 
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