Encefalite autoimune anti-NMDA: uma revisão da literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Trogo, Júlia Ferreira
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Porto , Wendy Rodrigues, Marçal, Emily de Paula, Moreira, Vinícius de Almeida Gemellaro, Branco, Isabela da Silva, Gago, Paula Fernandes, Maciel , Larissa Diogo Viana, Nunes, Ronieslley José Leal
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/63246
Resumo: Introdução: A encefalite autoimune (EAI) é uma condição inflamatória do cérebro que apresenta uma ampla gama de sintomas, incluindo comprometimento subagudo da memória de curto prazo, sintomas psicóticos, manifestações clínicas atípicas e crises epilépticas. Sua incidência anual é estimada em 5 a 8 casos por 100.000 pessoas, e em muitos casos, a causa não pode ser determinada. A forma mais comum de EAI está associada aos anticorpos contra o receptor N-metil-D-aspartato (NMDAR), superando até mesmo as causas virais em indivíduos jovens. O diagnóstico precoce e o reconhecimento dessas formas específicas de encefalite autoimune, especialmente aquela relacionada aos anticorpos contra o NMDAR, são essenciais. Embora os pacientes possam ser gravemente afetados, esses distúrbios respondem bem às terapias imunomoduladoras, sendo a abordagem de tratamento baseada na experiência com a encefalite anti-NMDAR. 1,2,4,6 Objetivos: O objetivo desse estudo é revisar sobre a encefalite autoimune anti-NMDA, compreendendo epidemiologia, fisiopatologia, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento. Métodos: Os bancos de dados Pubmed, Google Scholar, Diretrizes e UpToDate foram pesquisados ​​eletronicamente utilizando o descritor “encefalite autoimune anti-NMDA” nos idiomas inglês e português. Discussão e Conclusão: Trata-se de uma forma distinta e relevante de EAI, a encefalite autoimune anti-NMDA. O diagnóstico precoce e preciso é essencial, baseado em critérios clínicos e detecção de anticorpos no líquido cefalorraquidiano. A imunoterapia de primeira linha tem sido eficaz na maioria dos pacientes, resultando em melhora significativa dos sintomas. O manejo multidisciplinar e a reabilitação são importantes, com acompanhamento de longo prazo para monitorar a resposta ao tratamento e gerenciar possíveis complicações. Avanços contínuos na compreensão e no desenvolvimento de terapias mais direcionadas têm o potencial de melhorar ainda mais os resultados clínicos e a qualidade de vida dos pacientes com EAI anti-NMDA.
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