Violência obstétrica no Brasil e prevenção quaternária: revisão integrativa / Obstetric violence in Brazil and quaternary prevention: an integrative review
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/26130 |
Resumo: | 1 INTRODUÇÃOO presente trabalho foi desenvolvido para apresentar dados sobre a violência obstétrica (VO) no Brasil e relacioná-la a prática da prevenção quaternária. Nas instituições de saúde muitas mulheres são vítimas de VO durante o parto. Autores a conceituam como um termo que agrupa e descreve várias formas de violência e danos causados pelo profissional de saúde durante a assistência no pré-natal, no parto, no puerpério e em casos de abortamento. Logo, a prevenção quaternária se relaciona a violência obstétrica no sentido de identificação e evitação de riscos a mulher. De acordo com a literatura, o conceito de prevenção quaternária permeia ações em conjunto que se destinam a identificar pessoas que apresentem risco de hipermedicalização e visa ainda, a redução de intervenções desnecessárias ou excessivas, minimizando possíveis iatrogenias.2 OBJETIVOIdentificar e justificar a adoção da prevenção quaternária diante da violência obstétrica (VO) no Brasil. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa da literatura, onde a busca se deu por meio de pesquisas nas bases de dados da SciELO – Scientific Eletronic Library Online, da BVS - Virtual Health Library (VHL– integrated search with LILACS and VHL databases e Google Scholar. RESULTADOS: Evidenciou-se a presença de eventos impiedosos e perversos durante o trabalho de parto, sendo de origem verbal, psicológica e física, bem como a realização de procedimentos obstétricos sem o consentimento da mulher ou explicação clara, e os mais comuns são o uso excessivo de força e negação de algum tipo de alívio para a dor. Outro procedimento realizado sem indicações clínicas baseadas no conhecimento técnico-científico e sem a permissão da gestante é a cesariana; além de ser um método invasivo, pode resultar em mortalidade tanto materna quanto neonatal, prematuridade, internação em UTIs e maior tempo de permanência nos hospitais. Para evitar a VO e possíveis iatrogenias, deve-se proporcionar boas práticas obstétricas a partir da qualidade de atendimento dos profissionais de saúde, buscando outras práticas de acolhimento às parturientes, como adoção do Plano de Parto, recurso iniciado na década de 70, na Europa, e fortemente recomendada pela Organização Mundial da Saúde. 3 CONCLUSÃOA prevenção quaternária mediante a violência obstétrica necessita de suporte governamental como forma de participação social, da participação dos profissionais de saúde, do cuidado humanizado baseado no apoio às gestantes e puérperas, assim como a elaboração e utilização dos planos de parto. |
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