Síndrome de Melkersson-Rosenthal complicada com hemiespasmo facial e hipertensão intracraniana / Melkersson-Rosenthal syndrome complicated with facial hemiaspasm and intracranial hypertension

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Arantes, Elis Penteado
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Pretti, Giuliana Vieira, Lee, Soo Yang, Leme, Fabiana Penedo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/16126
Resumo: Desde que foi descrita pela primeira vez em 1928, pelo neurologista Ernest Melkersson11, e complementada em 1931 por Curt Rosenthal12, a Síndrome de Melkersson-Rosenthal (SMR) tem se mostrado uma desordem rara e ainda carente de tratamento específico13,14. Descrevemos o caso de uma paciente jovem, que aos 23 anos apresentou o primeiro episódio de paralisia facial periférica à direita. Na ocasião foi conduzida de forma protocolar, com prednisona, paracetamol e cuidados oftalmológicos, assim como tratamento fisioterápico pertinente. Houve melhora da assimetria facial, quando em 2006 apresentou nova paralisia facial periférica, desta vez à esquerda, que foi conduzida de modo similar. Apresentou, então, mais 2 episódios de paralisia facial no intervalo de 3 anos, já com sequelas estéticas. Em 2009, no 5º episódio de paralisia, associou edema facial e queilite, quando foi solicitada biópsia de pálpebra superior, que resultou inespecífica. Em 2012, após a 8ª paralisia facial, foi submetida a nova biópsia, em que foi demonstrado infiltrado inflamatório consistente com suspeita clínica de SMR. Realizados exames de imagem (ressonância e angiorressonância de crânio), eletroneuromiografia de face – para prognóstico, e estudo liquórico, sem anormalidades. Naquele ano iniciou quadro de contrações involuntárias e rítmicas de musculatura orbicular dos olhos e boca à direita, além de risório e platisma, caracterizando hemiespasmo facial, tratado a cada 4 a 6 meses com Onabotulinum 100 UI. Durante todo o período do tratamento, alternou uso de prednisona 10mg com deflazacort 6mg, e em 2019, perante quadro persistente de cefaleia, foi submetida a nova ressonância com angiorressonância arterial e venosa de crânio, que trouxe elementos sugestivos de Hipertensão Intracraniana (HIC). Atualmente a paciente está em programação cirúrgica para descompressão do nervo facial bilateralmente e em tratamento da HIC. 
id BJRH-0_f06e3c6f88a876667c73efb85a94e358
oai_identifier_str oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/16126
network_acronym_str BJRH-0
network_name_str Brazilian Journal of Health Review
repository_id_str
spelling Síndrome de Melkersson-Rosenthal complicada com hemiespasmo facial e hipertensão intracraniana / Melkersson-Rosenthal syndrome complicated with facial hemiaspasm and intracranial hypertensionHemiespasmo facialqueilitehipertensão intracranianaedema facialparalisia facialDesde que foi descrita pela primeira vez em 1928, pelo neurologista Ernest Melkersson11, e complementada em 1931 por Curt Rosenthal12, a Síndrome de Melkersson-Rosenthal (SMR) tem se mostrado uma desordem rara e ainda carente de tratamento específico13,14. Descrevemos o caso de uma paciente jovem, que aos 23 anos apresentou o primeiro episódio de paralisia facial periférica à direita. Na ocasião foi conduzida de forma protocolar, com prednisona, paracetamol e cuidados oftalmológicos, assim como tratamento fisioterápico pertinente. Houve melhora da assimetria facial, quando em 2006 apresentou nova paralisia facial periférica, desta vez à esquerda, que foi conduzida de modo similar. Apresentou, então, mais 2 episódios de paralisia facial no intervalo de 3 anos, já com sequelas estéticas. Em 2009, no 5º episódio de paralisia, associou edema facial e queilite, quando foi solicitada biópsia de pálpebra superior, que resultou inespecífica. Em 2012, após a 8ª paralisia facial, foi submetida a nova biópsia, em que foi demonstrado infiltrado inflamatório consistente com suspeita clínica de SMR. Realizados exames de imagem (ressonância e angiorressonância de crânio), eletroneuromiografia de face – para prognóstico, e estudo liquórico, sem anormalidades. Naquele ano iniciou quadro de contrações involuntárias e rítmicas de musculatura orbicular dos olhos e boca à direita, além de risório e platisma, caracterizando hemiespasmo facial, tratado a cada 4 a 6 meses com Onabotulinum 100 UI. Durante todo o período do tratamento, alternou uso de prednisona 10mg com deflazacort 6mg, e em 2019, perante quadro persistente de cefaleia, foi submetida a nova ressonância com angiorressonância arterial e venosa de crânio, que trouxe elementos sugestivos de Hipertensão Intracraniana (HIC). Atualmente a paciente está em programação cirúrgica para descompressão do nervo facial bilateralmente e em tratamento da HIC. Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2020-09-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/1612610.34119/bjhrv3n5-026Brazilian Journal of Health Review; Vol. 3 No. 5 (2020); 11685-11690Brazilian Journal of Health Review; v. 3 n. 5 (2020); 11685-116902595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/16126/13197Copyright (c) 2020 Brazilian Journal of Health Reviewinfo:eu-repo/semantics/openAccessArantes, Elis PenteadoPretti, Giuliana VieiraLee, Soo YangLeme, Fabiana Penedo2020-11-02T15:54:24Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/16126Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2020-11-02T15:54:24Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false
dc.title.none.fl_str_mv Síndrome de Melkersson-Rosenthal complicada com hemiespasmo facial e hipertensão intracraniana / Melkersson-Rosenthal syndrome complicated with facial hemiaspasm and intracranial hypertension
title Síndrome de Melkersson-Rosenthal complicada com hemiespasmo facial e hipertensão intracraniana / Melkersson-Rosenthal syndrome complicated with facial hemiaspasm and intracranial hypertension
spellingShingle Síndrome de Melkersson-Rosenthal complicada com hemiespasmo facial e hipertensão intracraniana / Melkersson-Rosenthal syndrome complicated with facial hemiaspasm and intracranial hypertension
Arantes, Elis Penteado
Hemiespasmo facial
queilite
hipertensão intracraniana
edema facial
paralisia facial
title_short Síndrome de Melkersson-Rosenthal complicada com hemiespasmo facial e hipertensão intracraniana / Melkersson-Rosenthal syndrome complicated with facial hemiaspasm and intracranial hypertension
title_full Síndrome de Melkersson-Rosenthal complicada com hemiespasmo facial e hipertensão intracraniana / Melkersson-Rosenthal syndrome complicated with facial hemiaspasm and intracranial hypertension
title_fullStr Síndrome de Melkersson-Rosenthal complicada com hemiespasmo facial e hipertensão intracraniana / Melkersson-Rosenthal syndrome complicated with facial hemiaspasm and intracranial hypertension
title_full_unstemmed Síndrome de Melkersson-Rosenthal complicada com hemiespasmo facial e hipertensão intracraniana / Melkersson-Rosenthal syndrome complicated with facial hemiaspasm and intracranial hypertension
title_sort Síndrome de Melkersson-Rosenthal complicada com hemiespasmo facial e hipertensão intracraniana / Melkersson-Rosenthal syndrome complicated with facial hemiaspasm and intracranial hypertension
author Arantes, Elis Penteado
author_facet Arantes, Elis Penteado
Pretti, Giuliana Vieira
Lee, Soo Yang
Leme, Fabiana Penedo
author_role author
author2 Pretti, Giuliana Vieira
Lee, Soo Yang
Leme, Fabiana Penedo
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Arantes, Elis Penteado
Pretti, Giuliana Vieira
Lee, Soo Yang
Leme, Fabiana Penedo
dc.subject.por.fl_str_mv Hemiespasmo facial
queilite
hipertensão intracraniana
edema facial
paralisia facial
topic Hemiespasmo facial
queilite
hipertensão intracraniana
edema facial
paralisia facial
description Desde que foi descrita pela primeira vez em 1928, pelo neurologista Ernest Melkersson11, e complementada em 1931 por Curt Rosenthal12, a Síndrome de Melkersson-Rosenthal (SMR) tem se mostrado uma desordem rara e ainda carente de tratamento específico13,14. Descrevemos o caso de uma paciente jovem, que aos 23 anos apresentou o primeiro episódio de paralisia facial periférica à direita. Na ocasião foi conduzida de forma protocolar, com prednisona, paracetamol e cuidados oftalmológicos, assim como tratamento fisioterápico pertinente. Houve melhora da assimetria facial, quando em 2006 apresentou nova paralisia facial periférica, desta vez à esquerda, que foi conduzida de modo similar. Apresentou, então, mais 2 episódios de paralisia facial no intervalo de 3 anos, já com sequelas estéticas. Em 2009, no 5º episódio de paralisia, associou edema facial e queilite, quando foi solicitada biópsia de pálpebra superior, que resultou inespecífica. Em 2012, após a 8ª paralisia facial, foi submetida a nova biópsia, em que foi demonstrado infiltrado inflamatório consistente com suspeita clínica de SMR. Realizados exames de imagem (ressonância e angiorressonância de crânio), eletroneuromiografia de face – para prognóstico, e estudo liquórico, sem anormalidades. Naquele ano iniciou quadro de contrações involuntárias e rítmicas de musculatura orbicular dos olhos e boca à direita, além de risório e platisma, caracterizando hemiespasmo facial, tratado a cada 4 a 6 meses com Onabotulinum 100 UI. Durante todo o período do tratamento, alternou uso de prednisona 10mg com deflazacort 6mg, e em 2019, perante quadro persistente de cefaleia, foi submetida a nova ressonância com angiorressonância arterial e venosa de crânio, que trouxe elementos sugestivos de Hipertensão Intracraniana (HIC). Atualmente a paciente está em programação cirúrgica para descompressão do nervo facial bilateralmente e em tratamento da HIC. 
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-09-03
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/16126
10.34119/bjhrv3n5-026
url https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/16126
identifier_str_mv 10.34119/bjhrv3n5-026
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/16126/13197
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2020 Brazilian Journal of Health Review
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2020 Brazilian Journal of Health Review
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
dc.source.none.fl_str_mv Brazilian Journal of Health Review; Vol. 3 No. 5 (2020); 11685-11690
Brazilian Journal of Health Review; v. 3 n. 5 (2020); 11685-11690
2595-6825
reponame:Brazilian Journal of Health Review
instname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
instacron:BJRH
instname_str Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
instacron_str BJRH
institution BJRH
reponame_str Brazilian Journal of Health Review
collection Brazilian Journal of Health Review
repository.name.fl_str_mv Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
repository.mail.fl_str_mv || brazilianjhr@gmail.com
_version_ 1797240054829023232