Prevalência de pancreatite aguda idiopática em um ambulatório de pâncreas em um hospital público terciário do Distrito Federal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Albuquerque, Lara Prata Silva
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Melo, Laura Oliveira, de Faria, Ricardo Jacarandá, Sposito, Matheus Machado Melo, Rabello, Marcela Togawa Alencastro, Prado, Sofia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/66569
Resumo: A pancreatite aguda idiopática (PAI) é vista como um problema de saúde com elevada incidência dentro dos hospitais de nosso país e no mundo. Seu diagnóstico é estabelecido quando, após uma intensa investigação etiológica padrão, não encontrou-se uma causa para o quadro de pancreatite aguda (PA). Somando-se a isso, a variedade de causas para PA é grande, dificultando ainda mais o seu diagnóstico. Consequentemente, estudos revelaram que a PAI está diretamente relacionada com a pancreatite aguda recorrente e cronificação da pancreatite, gerando inúmeros prejuízos sociais aos pacientes, pelas complicações associadas, e econômico aos sistemas de saúde, principalmente. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo demonstrar a prevalência de PAI em um hospital terciário do Distrito Federal e apresentará os fatores etiológicos eventualmente encontrados nos pacientes anteriormente diagnosticados com pancreatite aguda idiopática e o impacto trazido ao paciente pela não detecção da condição de base, demonstrando a importância da extensa investigação da pancreatite aguda. A metodologia do estudo baseou-se em um estudo transversal, retrospectivo, de método quantitativo. Foi feita uma análise estatística de prontuários de pacientes com diagnóstico de pancreatite aguda do ambulatório de pâncreas, obtidos por meio do sistema eletrônico do hospital terciário do DF. A amostra delimitada foi de 100 pacientes e a coleta aconteceu por meio de uma ficha de coleta de dados, padronizada e elaborada pelos pesquisadores, que continha as seguintes variáveis: gênero, idade, etilismo, tabagismo, diabetes, cirurgias prévias, data da primeira crise, etiologia, tempo de internação, intensidade da dor, medicações em uso, reinternação, óbito, exames complementares e exames de imagem. Todas as análises foram realizadas utilizando o Pacote Estatístico para Ciências Sociais (IBM SPSS, IBM Corporation, Armonk, NY, EUA, 25.0). Os dados encontrados na coleta revelaram que a etiologia mais comum da pancreatite aguda foi alcoólica, representando 47% dos casos, seguido da autoimunidade (20% dos casos), o que diverge de muitas literaturas, e biliar (15,8% dos casos). A incidência no sexo masculino foi maior que no sexo feminino (54% e 46%, respectivamente), corroborando com pesquisas científicas preexistentes. Ainda, a incidência de PA dada como idiopática (37% dos casos) foi maior do que o encontrado normalmente em base de dados de outros locais (20%). Dessa forma, tal dado pode ser explicado pela carência de disponibilidade de mais recursos diagnósticos necessários para uma extensa avaliação etiológica, como visto em inúmeros estudos. No estudo a seguir concluiu-se que a prevalência de PAI em um hospital público terciário do Distrito Federal está acima da média quando comparada a outras pesquisas. Além disso, a prevalência da pancreatite aguda demonstrou ser maior em homens, divergindo também de outras pesquisas que revelaram ser mais prevalentes no sexo feminino. Finalmente, foi constatado que as etiologias mais comuns foram a alcoólica, autoimune e biliar.
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