Queimaram nossa casa na Juréia!
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo (RIDPHE_R) |
Texto Completo: | https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/ridphe/article/view/15546 |
Resumo: | Este texto é uma narrativa a respeito das diferentes faces da atuação do poder colonial sobre as comunidades tradicionais caiçaras da Juréia, Iguape, litoral sul do Estado de São Paulo. Instalado no Brasil sob o pretexto da cristandade, o colonialismo perpassou os séculos e floresceu com vigor na década de 1950 nas comunidades caiçaras sob a ação violenta das grilagens empreendidas pelos especuladores imobiliários que usavam capangas a cavalo para intimidar os nativos e queimar suas casas. No início dos anos de 1980, a roupagem colonialista se utilizou da estratégia militar para acossar os caiçaras em seus territórios através da ameaça da implantação das usinas nucleares, Angra 3 e 4 pela empresa Nuclebrás, convênio Brasil- Alemanha. A partir de meados de 1986 é decretada a Estação Ecológica da Juréia sobre o Território Caiçara de onde expulsou, pelo cansaço, dezenas de famílias para as periferias das cidades do Vale do Ribeira e Baixada Santista. As queimadas das casas dos caiçaras pelos especuladores de terras não acabaram, atualmente a Fundação Florestal dá continuidade na logística colonizadora destruindo as casas dos moradores nativos da Juréia (Rio Verde e Grajaúna) e dissemina a narrativa de que essas populações não são tradicionais. Enfim, mudou-se o forro do sofá, mas a estrutura colonial continua a mesma! |
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Queimaram nossa casa na Juréia!Comunidades caiçaras Juréia (São Paulo)ColonialidadeEste texto é uma narrativa a respeito das diferentes faces da atuação do poder colonial sobre as comunidades tradicionais caiçaras da Juréia, Iguape, litoral sul do Estado de São Paulo. Instalado no Brasil sob o pretexto da cristandade, o colonialismo perpassou os séculos e floresceu com vigor na década de 1950 nas comunidades caiçaras sob a ação violenta das grilagens empreendidas pelos especuladores imobiliários que usavam capangas a cavalo para intimidar os nativos e queimar suas casas. No início dos anos de 1980, a roupagem colonialista se utilizou da estratégia militar para acossar os caiçaras em seus territórios através da ameaça da implantação das usinas nucleares, Angra 3 e 4 pela empresa Nuclebrás, convênio Brasil- Alemanha. A partir de meados de 1986 é decretada a Estação Ecológica da Juréia sobre o Território Caiçara de onde expulsou, pelo cansaço, dezenas de famílias para as periferias das cidades do Vale do Ribeira e Baixada Santista. As queimadas das casas dos caiçaras pelos especuladores de terras não acabaram, atualmente a Fundação Florestal dá continuidade na logística colonizadora destruindo as casas dos moradores nativos da Juréia (Rio Verde e Grajaúna) e dissemina a narrativa de que essas populações não são tradicionais. Enfim, mudou-se o forro do sofá, mas a estrutura colonial continua a mesma! Faculdade de Educação/Universidade Estadual de Campinas2021-03-09info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlapplication/pdfhttps://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/ridphe/article/view/1554610.20888/ridpher.v7i00.15546Ridphe_R, Ibero-American Journal of Historical-Educational Patrimony; Vol. 7 (2021): Publicação contínua ; e021007RIDPHE_R Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo; Vol. 7 (2021): Publicação contínua ; e021007RIDPHE_R Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo; v. 7 (2021): Publicação contínua ; e0210072447-746Xreponame:Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo (RIDPHE_R)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPporhttps://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/ridphe/article/view/15546/12045https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/ridphe/article/view/15546/10685Copyright (c) 2021 RIDPHE_R Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativohttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessFranco, Paulo Cesar2022-10-26T22:55:37Zoai:inpec.econtents.bc.unicamp.br:article/15546Revistahttps://www.fe.unicamp.br/revistas/ged/RIDPHE-RPUBhttp://ojs.fe.unicamp.br/index.php/RIDPHE-R/oai||mcris@unicamp.br2447-746X2447-746Xopendoar:2022-10-26T22:55:37Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo (RIDPHE_R) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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