O "cidadão" na Constituição Monárquica Portuguesa de 1822

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Borges, Patrícia Andréa, 1975-
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicamp
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/13396
Resumo: Resumo: Este artigo visa a discutir o uso e os efeitos de sentido da palavra "cidadão" conforme empregada na Constituição Monárquica Portuguesa de 1822, visto não ser um termo comum no contexto de monarquia. Sob o fundamento teórico-metodológico da Análise de Discurso francesa, a partir do conceito de memória, apresentaremos o conceito de "cidadão" a partir da Antiguidade Clássica. Em seguida, discorreremos sobre como esse conceito é ressemantizado a partir da Declaração dos Direitos de Virgínia (1776), dos Estados Unidos, e da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão (1789), da França. Por fim, analisaremos seu uso no documento português do século XIX, pela efervescência das ideias iluministas e pela proximidade histórico-temporal dos documentos em questão. A análise indica que o termo foi apropriado pela monarquia como forma de concessão à ascendente burguesia portuguesa
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spelling O "cidadão" na Constituição Monárquica Portuguesa de 1822"Citizen" in the Portuguese Monarchy Constitution of 1822El "Ciudadano" en la Constitución Monárquica Portuguesa de 1822Análise do discursoMemóriaDiscourse analysisMemoryConstituição Portuguesa de 1822CidadãoArtigo originalResumo: Este artigo visa a discutir o uso e os efeitos de sentido da palavra "cidadão" conforme empregada na Constituição Monárquica Portuguesa de 1822, visto não ser um termo comum no contexto de monarquia. Sob o fundamento teórico-metodológico da Análise de Discurso francesa, a partir do conceito de memória, apresentaremos o conceito de "cidadão" a partir da Antiguidade Clássica. Em seguida, discorreremos sobre como esse conceito é ressemantizado a partir da Declaração dos Direitos de Virgínia (1776), dos Estados Unidos, e da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão (1789), da França. Por fim, analisaremos seu uso no documento português do século XIX, pela efervescência das ideias iluministas e pela proximidade histórico-temporal dos documentos em questão. A análise indica que o termo foi apropriado pela monarquia como forma de concessão à ascendente burguesia portuguesaAbstract: This paper aims at discussing the use and the possible meanings of "citizen" (in Portuguese, cidadão) as applied in the Portuguese Monarchy Constitution of 1822, as such word is not common in the context of a monarchy. Under the French Discourse Analysis theoretical-methodological framework, based on the concept of memory, we will present the concept of "citizen" as used during the Classical Age. After that, we will discuss how this concept acquired a new meaning when used in the Virginia Declaration of Rights (1776), of the United States, and in the Declaration of the Rights of the Man and of the Citizen (1789), of France. Finally, we will analyze the use "citizen" in the 19th-century Portuguese document, due to the ideals of the Age of Enlightenment and to the close historical-temporal distance to the referred documents. The analysis indicates that the word was used by the Portuguese monarchy as a way of conceding to the rising local bourgeoisie. Keywords: citizen; Portuguese Monarchy Constitution of 1822; memory; French Discourse AnalysisResumen: Este artículo pretende discutir el uso y los efectos de sentido de la palabra "ciudadano" conforme empleada en la Constitución Monárquica Portuguesa de 1822, visto que no es un término común en un contexto de monarquía. Siguiendo el fundamento teórico-metodológico del Análisis de Discurso de la escuela francesa, a partir del concepto de memoria, presentaremos el concepto de "ciudadano" a partir de la Antigüedad Clásica. En seguida, discurriremos sobre como ese concepto es resemantizado a partir de la Declaración de Derechos de Virginia (1776), de los Estados Unidos, y de la Declaración de los Derechos del Hombre y del Ciudadano (1789), de Francia. Finalmente, analizaremos su uso en el documento portugués del siglo XIX, por la efervescencia de las ideas iluministas y por la proximidad histórico-temporal de los documentos en cuestión. El análisis indica que el término fue apropiado por la monarquía como forma de concesión a la ascendente burguesía portuguesaAbertoUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASBorges, Patrícia Andréa, 1975-2023info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/20.500.12733/13396BORGES, Patrícia Andréa. O "cidadão" na Constituição Monárquica Portuguesa de 1822. Cadernos de linguagem e sociedade. Brasília, DF : Universidade de Brasília, 2023. Vol. 23, n. 1, Fluxo contínuo e Dossiê Letramentos, eventos e práticas sociais (jan./jun. 2023), p. 187-199. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/13396. Acesso em: 7 mai. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1362713porreponame:Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicampinstname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-10-30T10:32:31Zoai:https://www.repositorio.unicamp.br/:1362713Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/requestreposip@unicamp.bropendoar:2023-10-30T10:32:31Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
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