Dilatação endoscópica de anastomose gastrojejunal após bypass gástrico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos,Josemberg Marins
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Mello,Fernando Salvo Torres de, Ferraz,Álvaro Antonio Bandeira, Brito,Júlia Nóbrega de, Nassif,Paulo Afonso Nunes, Galvão-Neto,Manoel dos Passos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202012000400014
Resumo: INTRODUÇÃO: Bypass gástrico em Y-de-Roux pode resultar em estenose de anastomose gastrojejunal. Não há protocolo de tratamento bem definido para essa complicação. OBJETIVO: Analisar os resultados da dilatação endoscópica em pacientes com estenose, através de revisão sistemática, incluindo complicações e taxa de sucesso. MÉTODOS: Foi realizada busca dos estudos relevantes publicados de 1988 a 2010 na base de dados do PubMed, sendo identificados 23 estudos para análise. Apenas os que descreviam o tratamento de estenose de anastomose após bypass gástrico em Y-de-Roux foram incluídos e relatos de caso que apresentavam menos de três pacientes foram excluídos. RESULTADOS: A idade média da população foi de 42,3 anos e o índice de massa corpórea pré-operatório médio foi de 48,8 kg/m². No total, 760 pacientes (81% feminino) foram submetidos a 1298 procedimentos, sendo realizadas 1,7 dilatações por paciente. Balões Through-the-scope foram utilizados em 16 estudos (69,5%) e dilatador de Savary-Gilliard em quatro. Apenas 2% dos pacientes necessitaram revisão cirúrgica após a dilatação; a taxa de complicações reportada foi de 2,5% (n=19). A taxa de sucesso anual foi maior que 98% nos anos 1992 a 2010, exceto por uma de 73% em 2004. Sete estudos relataram complicações, sendo perfuração a mais comum, relatada em 14 pacientes (1,82%), necessitando operação imediata em dois pacientes. Outras complicações foram também relatadas: um hematoma esofágico, uma lesão de Mallory-Weiss, um caso grave de náusea e vômito, e dois casos de dor abdominal importante. CONCLUSÃO: Tratamento endoscópico de estenose é seguro e eficaz; entretanto, mais estudos controlados randomizados devem ser realizados a fim de confirmar esses achados.
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