Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brandalise,André
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Aranha,Nilton Cesar, Brandalise,Nelson Ary
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202012000400003
Resumo: RACIONAL: A cirurgia minimamente invasiva ganhou rapidamente papel fundamental no tratamento da doença do refluxo gastroesofágico. Entretanto, o melhor método para as grandes hérnias paraesofágicas (tipos III e IV) ainda está em discussão. O uso de próteses para reforço da hiatoplastia tem sido proposto por diversos autores, no intuito de diminuir as altas taxas de recidivas encontradas nesses pacientes. Riscos de estenose e erosão da prótese são as complicações mais preocupantes quando se pensa em aplicar uma prótese no hiato esofágico. OBJETIVO: Demonstrar a técnica cirúrgica e resultados do uso de um modelo de tela idealizado no serviço dos autores para reforçar a hiatoplastia em grandes hérnias de hiato. MÉTODOS: Uma prótese de polipropileno foi aplicada para reforço da hiatoplastia em pacientes com grandes hérnias de hiato (Tipos II a IV de Hill). A prótese era cortada em forma de U, com sutura de cateter de silicone na borda côncava que ficaria em contato com o esôfago. Após sua fixação sobre a hiatoplastia, toda prótese era recoberta por gordura do omento maior, impedindo contato com o fundo gástrico ou fundoplicatura. RESULTADOS: De 1999 a 2012, esta técnica foi utilizada em 70 pacientes. Eram 52 do sexo feminino e 18 do sexo masculino, com idades variando de 32 a 83 anos (média de 63 anos). Em 48 (68,6%) pacientes, tratava-se de hérnias primárias e em 22 (31,4%) era recidivada após operação antirrefluxo. O único óbito ocorreu por sepse (1,4%) no 22o dia pós-operatório em caso com laceração da sutura da fundoplicatura causando fístula gastropleural. Não houve relação direta com o uso da prótese. Seguimento de seis meses ou mais foi obtido em 60 pacientes (85,7%), variando de seis a 146 meses (média de 49 meses). Todos os pacientes foram submetidos à entrevista clínica e pelo menos uma endoscopia e/ou radiografia contrastada no período de acompanhamento. Durante o seguimento, não foram observadas complicações (estenose ou erosão) relacionadas com a prótese. CONCLUSÃO: O uso do modelo de prótese de polipropileno descrito é seguro, desde que observados os aspectos técnicos de sua implantação.
id CBCD-1_b1a88206bd020a1de10ad128f43c7ce8
oai_identifier_str oai:scielo:S0102-67202012000400003
network_acronym_str CBCD-1
network_name_str ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo)
repository_id_str
spelling Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicosHérnia hiatalTelas CirúrgicasFundoplicaturaRACIONAL: A cirurgia minimamente invasiva ganhou rapidamente papel fundamental no tratamento da doença do refluxo gastroesofágico. Entretanto, o melhor método para as grandes hérnias paraesofágicas (tipos III e IV) ainda está em discussão. O uso de próteses para reforço da hiatoplastia tem sido proposto por diversos autores, no intuito de diminuir as altas taxas de recidivas encontradas nesses pacientes. Riscos de estenose e erosão da prótese são as complicações mais preocupantes quando se pensa em aplicar uma prótese no hiato esofágico. OBJETIVO: Demonstrar a técnica cirúrgica e resultados do uso de um modelo de tela idealizado no serviço dos autores para reforçar a hiatoplastia em grandes hérnias de hiato. MÉTODOS: Uma prótese de polipropileno foi aplicada para reforço da hiatoplastia em pacientes com grandes hérnias de hiato (Tipos II a IV de Hill). A prótese era cortada em forma de U, com sutura de cateter de silicone na borda côncava que ficaria em contato com o esôfago. Após sua fixação sobre a hiatoplastia, toda prótese era recoberta por gordura do omento maior, impedindo contato com o fundo gástrico ou fundoplicatura. RESULTADOS: De 1999 a 2012, esta técnica foi utilizada em 70 pacientes. Eram 52 do sexo feminino e 18 do sexo masculino, com idades variando de 32 a 83 anos (média de 63 anos). Em 48 (68,6%) pacientes, tratava-se de hérnias primárias e em 22 (31,4%) era recidivada após operação antirrefluxo. O único óbito ocorreu por sepse (1,4%) no 22o dia pós-operatório em caso com laceração da sutura da fundoplicatura causando fístula gastropleural. Não houve relação direta com o uso da prótese. Seguimento de seis meses ou mais foi obtido em 60 pacientes (85,7%), variando de seis a 146 meses (média de 49 meses). Todos os pacientes foram submetidos à entrevista clínica e pelo menos uma endoscopia e/ou radiografia contrastada no período de acompanhamento. Durante o seguimento, não foram observadas complicações (estenose ou erosão) relacionadas com a prótese. CONCLUSÃO: O uso do modelo de prótese de polipropileno descrito é seguro, desde que observados os aspectos técnicos de sua implantação.Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva2012-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202012000400003ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo) v.25 n.4 2012reponame:ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo)instname:Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD)instacron:CBCD10.1590/S0102-67202012000400003info:eu-repo/semantics/openAccessBrandalise,AndréAranha,Nilton CesarBrandalise,Nelson Arypor2013-02-07T00:00:00Zoai:scielo:S0102-67202012000400003Revistahttp://abarriguda.org.br/revista/index.php/revistaabarrigudaarepb/indexONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revistaabcd@gmail.com2317-63262317-6326opendoar:2013-02-07T00:00ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo) - Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD)false
dc.title.none.fl_str_mv Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicos
title Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicos
spellingShingle Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicos
Brandalise,André
Hérnia hiatal
Telas Cirúrgicas
Fundoplicatura
title_short Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicos
title_full Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicos
title_fullStr Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicos
title_full_unstemmed Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicos
title_sort Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicos
author Brandalise,André
author_facet Brandalise,André
Aranha,Nilton Cesar
Brandalise,Nelson Ary
author_role author
author2 Aranha,Nilton Cesar
Brandalise,Nelson Ary
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Brandalise,André
Aranha,Nilton Cesar
Brandalise,Nelson Ary
dc.subject.por.fl_str_mv Hérnia hiatal
Telas Cirúrgicas
Fundoplicatura
topic Hérnia hiatal
Telas Cirúrgicas
Fundoplicatura
description RACIONAL: A cirurgia minimamente invasiva ganhou rapidamente papel fundamental no tratamento da doença do refluxo gastroesofágico. Entretanto, o melhor método para as grandes hérnias paraesofágicas (tipos III e IV) ainda está em discussão. O uso de próteses para reforço da hiatoplastia tem sido proposto por diversos autores, no intuito de diminuir as altas taxas de recidivas encontradas nesses pacientes. Riscos de estenose e erosão da prótese são as complicações mais preocupantes quando se pensa em aplicar uma prótese no hiato esofágico. OBJETIVO: Demonstrar a técnica cirúrgica e resultados do uso de um modelo de tela idealizado no serviço dos autores para reforçar a hiatoplastia em grandes hérnias de hiato. MÉTODOS: Uma prótese de polipropileno foi aplicada para reforço da hiatoplastia em pacientes com grandes hérnias de hiato (Tipos II a IV de Hill). A prótese era cortada em forma de U, com sutura de cateter de silicone na borda côncava que ficaria em contato com o esôfago. Após sua fixação sobre a hiatoplastia, toda prótese era recoberta por gordura do omento maior, impedindo contato com o fundo gástrico ou fundoplicatura. RESULTADOS: De 1999 a 2012, esta técnica foi utilizada em 70 pacientes. Eram 52 do sexo feminino e 18 do sexo masculino, com idades variando de 32 a 83 anos (média de 63 anos). Em 48 (68,6%) pacientes, tratava-se de hérnias primárias e em 22 (31,4%) era recidivada após operação antirrefluxo. O único óbito ocorreu por sepse (1,4%) no 22o dia pós-operatório em caso com laceração da sutura da fundoplicatura causando fístula gastropleural. Não houve relação direta com o uso da prótese. Seguimento de seis meses ou mais foi obtido em 60 pacientes (85,7%), variando de seis a 146 meses (média de 49 meses). Todos os pacientes foram submetidos à entrevista clínica e pelo menos uma endoscopia e/ou radiografia contrastada no período de acompanhamento. Durante o seguimento, não foram observadas complicações (estenose ou erosão) relacionadas com a prótese. CONCLUSÃO: O uso do modelo de prótese de polipropileno descrito é seguro, desde que observados os aspectos técnicos de sua implantação.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-12-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202012000400003
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202012000400003
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0102-67202012000400003
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva
publisher.none.fl_str_mv Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva
dc.source.none.fl_str_mv ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo) v.25 n.4 2012
reponame:ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo)
instname:Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD)
instacron:CBCD
instname_str Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD)
instacron_str CBCD
institution CBCD
reponame_str ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo)
collection ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo)
repository.name.fl_str_mv ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo) - Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD)
repository.mail.fl_str_mv ||revistaabcd@gmail.com
_version_ 1754208956419407872