Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202012000400003 |
Resumo: | RACIONAL: A cirurgia minimamente invasiva ganhou rapidamente papel fundamental no tratamento da doença do refluxo gastroesofágico. Entretanto, o melhor método para as grandes hérnias paraesofágicas (tipos III e IV) ainda está em discussão. O uso de próteses para reforço da hiatoplastia tem sido proposto por diversos autores, no intuito de diminuir as altas taxas de recidivas encontradas nesses pacientes. Riscos de estenose e erosão da prótese são as complicações mais preocupantes quando se pensa em aplicar uma prótese no hiato esofágico. OBJETIVO: Demonstrar a técnica cirúrgica e resultados do uso de um modelo de tela idealizado no serviço dos autores para reforçar a hiatoplastia em grandes hérnias de hiato. MÉTODOS: Uma prótese de polipropileno foi aplicada para reforço da hiatoplastia em pacientes com grandes hérnias de hiato (Tipos II a IV de Hill). A prótese era cortada em forma de U, com sutura de cateter de silicone na borda côncava que ficaria em contato com o esôfago. Após sua fixação sobre a hiatoplastia, toda prótese era recoberta por gordura do omento maior, impedindo contato com o fundo gástrico ou fundoplicatura. RESULTADOS: De 1999 a 2012, esta técnica foi utilizada em 70 pacientes. Eram 52 do sexo feminino e 18 do sexo masculino, com idades variando de 32 a 83 anos (média de 63 anos). Em 48 (68,6%) pacientes, tratava-se de hérnias primárias e em 22 (31,4%) era recidivada após operação antirrefluxo. O único óbito ocorreu por sepse (1,4%) no 22o dia pós-operatório em caso com laceração da sutura da fundoplicatura causando fístula gastropleural. Não houve relação direta com o uso da prótese. Seguimento de seis meses ou mais foi obtido em 60 pacientes (85,7%), variando de seis a 146 meses (média de 49 meses). Todos os pacientes foram submetidos à entrevista clínica e pelo menos uma endoscopia e/ou radiografia contrastada no período de acompanhamento. Durante o seguimento, não foram observadas complicações (estenose ou erosão) relacionadas com a prótese. CONCLUSÃO: O uso do modelo de prótese de polipropileno descrito é seguro, desde que observados os aspectos técnicos de sua implantação. |
id |
CBCD-1_b1a88206bd020a1de10ad128f43c7ce8 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0102-67202012000400003 |
network_acronym_str |
CBCD-1 |
network_name_str |
ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo) |
repository_id_str |
|
spelling |
Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicosHérnia hiatalTelas CirúrgicasFundoplicaturaRACIONAL: A cirurgia minimamente invasiva ganhou rapidamente papel fundamental no tratamento da doença do refluxo gastroesofágico. Entretanto, o melhor método para as grandes hérnias paraesofágicas (tipos III e IV) ainda está em discussão. O uso de próteses para reforço da hiatoplastia tem sido proposto por diversos autores, no intuito de diminuir as altas taxas de recidivas encontradas nesses pacientes. Riscos de estenose e erosão da prótese são as complicações mais preocupantes quando se pensa em aplicar uma prótese no hiato esofágico. OBJETIVO: Demonstrar a técnica cirúrgica e resultados do uso de um modelo de tela idealizado no serviço dos autores para reforçar a hiatoplastia em grandes hérnias de hiato. MÉTODOS: Uma prótese de polipropileno foi aplicada para reforço da hiatoplastia em pacientes com grandes hérnias de hiato (Tipos II a IV de Hill). A prótese era cortada em forma de U, com sutura de cateter de silicone na borda côncava que ficaria em contato com o esôfago. Após sua fixação sobre a hiatoplastia, toda prótese era recoberta por gordura do omento maior, impedindo contato com o fundo gástrico ou fundoplicatura. RESULTADOS: De 1999 a 2012, esta técnica foi utilizada em 70 pacientes. Eram 52 do sexo feminino e 18 do sexo masculino, com idades variando de 32 a 83 anos (média de 63 anos). Em 48 (68,6%) pacientes, tratava-se de hérnias primárias e em 22 (31,4%) era recidivada após operação antirrefluxo. O único óbito ocorreu por sepse (1,4%) no 22o dia pós-operatório em caso com laceração da sutura da fundoplicatura causando fístula gastropleural. Não houve relação direta com o uso da prótese. Seguimento de seis meses ou mais foi obtido em 60 pacientes (85,7%), variando de seis a 146 meses (média de 49 meses). Todos os pacientes foram submetidos à entrevista clínica e pelo menos uma endoscopia e/ou radiografia contrastada no período de acompanhamento. Durante o seguimento, não foram observadas complicações (estenose ou erosão) relacionadas com a prótese. CONCLUSÃO: O uso do modelo de prótese de polipropileno descrito é seguro, desde que observados os aspectos técnicos de sua implantação.Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva2012-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202012000400003ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo) v.25 n.4 2012reponame:ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo)instname:Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD)instacron:CBCD10.1590/S0102-67202012000400003info:eu-repo/semantics/openAccessBrandalise,AndréAranha,Nilton CesarBrandalise,Nelson Arypor2013-02-07T00:00:00Zoai:scielo:S0102-67202012000400003Revistahttp://abarriguda.org.br/revista/index.php/revistaabarrigudaarepb/indexONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revistaabcd@gmail.com2317-63262317-6326opendoar:2013-02-07T00:00ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo) - Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicos |
title |
Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicos |
spellingShingle |
Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicos Brandalise,André Hérnia hiatal Telas Cirúrgicas Fundoplicatura |
title_short |
Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicos |
title_full |
Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicos |
title_fullStr |
Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicos |
title_full_unstemmed |
Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicos |
title_sort |
Tela de polipropileno no reparo laparoscópico de grandes hérnias hiatais: aspectos técnicos |
author |
Brandalise,André |
author_facet |
Brandalise,André Aranha,Nilton Cesar Brandalise,Nelson Ary |
author_role |
author |
author2 |
Aranha,Nilton Cesar Brandalise,Nelson Ary |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Brandalise,André Aranha,Nilton Cesar Brandalise,Nelson Ary |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Hérnia hiatal Telas Cirúrgicas Fundoplicatura |
topic |
Hérnia hiatal Telas Cirúrgicas Fundoplicatura |
description |
RACIONAL: A cirurgia minimamente invasiva ganhou rapidamente papel fundamental no tratamento da doença do refluxo gastroesofágico. Entretanto, o melhor método para as grandes hérnias paraesofágicas (tipos III e IV) ainda está em discussão. O uso de próteses para reforço da hiatoplastia tem sido proposto por diversos autores, no intuito de diminuir as altas taxas de recidivas encontradas nesses pacientes. Riscos de estenose e erosão da prótese são as complicações mais preocupantes quando se pensa em aplicar uma prótese no hiato esofágico. OBJETIVO: Demonstrar a técnica cirúrgica e resultados do uso de um modelo de tela idealizado no serviço dos autores para reforçar a hiatoplastia em grandes hérnias de hiato. MÉTODOS: Uma prótese de polipropileno foi aplicada para reforço da hiatoplastia em pacientes com grandes hérnias de hiato (Tipos II a IV de Hill). A prótese era cortada em forma de U, com sutura de cateter de silicone na borda côncava que ficaria em contato com o esôfago. Após sua fixação sobre a hiatoplastia, toda prótese era recoberta por gordura do omento maior, impedindo contato com o fundo gástrico ou fundoplicatura. RESULTADOS: De 1999 a 2012, esta técnica foi utilizada em 70 pacientes. Eram 52 do sexo feminino e 18 do sexo masculino, com idades variando de 32 a 83 anos (média de 63 anos). Em 48 (68,6%) pacientes, tratava-se de hérnias primárias e em 22 (31,4%) era recidivada após operação antirrefluxo. O único óbito ocorreu por sepse (1,4%) no 22o dia pós-operatório em caso com laceração da sutura da fundoplicatura causando fístula gastropleural. Não houve relação direta com o uso da prótese. Seguimento de seis meses ou mais foi obtido em 60 pacientes (85,7%), variando de seis a 146 meses (média de 49 meses). Todos os pacientes foram submetidos à entrevista clínica e pelo menos uma endoscopia e/ou radiografia contrastada no período de acompanhamento. Durante o seguimento, não foram observadas complicações (estenose ou erosão) relacionadas com a prótese. CONCLUSÃO: O uso do modelo de prótese de polipropileno descrito é seguro, desde que observados os aspectos técnicos de sua implantação. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202012000400003 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202012000400003 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0102-67202012000400003 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva |
publisher.none.fl_str_mv |
Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva |
dc.source.none.fl_str_mv |
ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo) v.25 n.4 2012 reponame:ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo) instname:Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) instacron:CBCD |
instname_str |
Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) |
instacron_str |
CBCD |
institution |
CBCD |
reponame_str |
ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo) |
collection |
ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo) |
repository.name.fl_str_mv |
ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo) - Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) |
repository.mail.fl_str_mv |
||revistaabcd@gmail.com |
_version_ |
1754208956419407872 |