Coma hiperosmolar associado ao transplante de fígado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fonseca-Neto,Olival Cirilo Lucena da
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Lacerda,Cláudio Moura
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202009000100013
Resumo: INTRODUÇÃO: O diagnóstico diferencial dos pacientes inconscientes sempre inclui o coma hiperosmolar hiperglicêmico não-cetótico. RELATO DE CASO: Paciente do sexo feminino, 22 anos, tipo sangüíneo O+, branca, natural e procedente do Recife - PE com queixa de icterícia e astenia há um mês. Ao exame físico, havia icterícia 3+/4+, desnutrição leve (IMC 17,5) e asterixis. Os exames laboratoriais sugeriram hepatite fulminante. Após 12 horas da inclusão na lista de espera pelo transplante, recebeu enxerto de fígado de doador cadáver, mediante o uso de técnica de piggback sem intercorrências. No 10º dia pós-operatório evoluiu com trombose de artéria hepática (TAH), diagnosticada por ultra-som com doppler de artéria hepática. Após 48 horas foi retransplantada sem intercorrências. A partir do 13º dia de pós-operatório, evoluiu com hiperglicemia grave (> 600 mg/dl) e alteração do nível de consciência (9 pontos na escala de coma de Glasgow). Osmolaridade sérica nesse momento igual a 309 mOsm/kgH2O. O nível sérico de tacrolimus nesse dia foi de 11 ng/dl. Coma hiperosmolar hiperglicêmico não-cetótico foi tratado clinicamente por 48 horas. Recebeu alta no 30º dia de pós-operatório do retransplante, sem diabete mellitus. CONCLUSÃO: O coma hiperosmolar é um evento raro no pós-operatório de transplante de fígado e pode modificar a evolução do paciente.
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