Alterações oftalmológicas na Doença de Graves: análise de 169 casos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1997 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27491997000500527 |
Resumo: | RESUMO Os propósitos desse estudo são: reportar as alterações oftalmológicas mais prevalentes na Doença de Graves, discutir alguns pontos controversos sobre os achados clínicos das alterações oculares, e demonstrar a necessidade de acompanhamento oftalmológico desses pacientes. Para avaliar os pacientes com oftalmopatia, idealizou-se um protocolo que visa padronizar o atendimento em uma primeira consulta, - avaliando os principais sintomas ou sinais. Os dados foram analisados através do método do qui-quadrado. Cento e sessenta e nove pacientes portadores de oftalmopatia foram examinados. A idade variou entre 04 a 82 anos (36,23 ± 13,16) sendo que a maioria dos pacientes eram brancos (89,1%) e do sexo feminino (77,57%). A principal queixa relatada foi sensação de corpo estranho (63,03%). Cento e cinqüenta (90,9%) pacientes apresentaram acuidade visual (AV) de 20/25 ou melhor em pelo menos um dos olhos após correção óptica. Cento e oito (66,26%) tiveram alguma alteração de motilidade ocular ou retração palpebral. Setenta e nove (47,88%) pacientes apresentaram alteração na exoftalmometria em pelo menos um dos olhos, sendo geralmente bilateral. Ceratite puntata foi encontrada em 77 (46,66%) pacientes. Somente 12 (7,27%) apresentaram pressão intra-ocular (PIO) elevada (maior que 20 mmHg) e 4 (2,42%) apresentaram alterações de FO. Alteração da motilidade ocular, proptose e alterações corneanas foram os achados mais freqüentes. Baixa acuidade visual, dor ocular e sensação de corpo estranho foram os principais sintomas. Demonstrou-se a necessidade do exame oftalmológico nesses pacientes, mesmo naqueles sem hipertireoidismo no momento do exame, sendo que o estado clínico bem como o sexo e raça (p>0,05) não se relacionaram com os achados oculares, exceto a exoftalmia menos prevalente na raça negra (p<0,05). |
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Alterações oftalmológicas na Doença de Graves: análise de 169 casosDoença de GravesOftalmopatia de GravesAchados ocularesAvaliação clínicaDiagnóstico precoceRESUMO Os propósitos desse estudo são: reportar as alterações oftalmológicas mais prevalentes na Doença de Graves, discutir alguns pontos controversos sobre os achados clínicos das alterações oculares, e demonstrar a necessidade de acompanhamento oftalmológico desses pacientes. Para avaliar os pacientes com oftalmopatia, idealizou-se um protocolo que visa padronizar o atendimento em uma primeira consulta, - avaliando os principais sintomas ou sinais. Os dados foram analisados através do método do qui-quadrado. Cento e sessenta e nove pacientes portadores de oftalmopatia foram examinados. A idade variou entre 04 a 82 anos (36,23 ± 13,16) sendo que a maioria dos pacientes eram brancos (89,1%) e do sexo feminino (77,57%). A principal queixa relatada foi sensação de corpo estranho (63,03%). Cento e cinqüenta (90,9%) pacientes apresentaram acuidade visual (AV) de 20/25 ou melhor em pelo menos um dos olhos após correção óptica. Cento e oito (66,26%) tiveram alguma alteração de motilidade ocular ou retração palpebral. Setenta e nove (47,88%) pacientes apresentaram alteração na exoftalmometria em pelo menos um dos olhos, sendo geralmente bilateral. Ceratite puntata foi encontrada em 77 (46,66%) pacientes. Somente 12 (7,27%) apresentaram pressão intra-ocular (PIO) elevada (maior que 20 mmHg) e 4 (2,42%) apresentaram alterações de FO. Alteração da motilidade ocular, proptose e alterações corneanas foram os achados mais freqüentes. Baixa acuidade visual, dor ocular e sensação de corpo estranho foram os principais sintomas. Demonstrou-se a necessidade do exame oftalmológico nesses pacientes, mesmo naqueles sem hipertireoidismo no momento do exame, sendo que o estado clínico bem como o sexo e raça (p>0,05) não se relacionaram com os achados oculares, exceto a exoftalmia menos prevalente na raça negra (p<0,05).Conselho Brasileiro de Oftalmologia1997-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27491997000500527Arquivos Brasileiros de Oftalmologia v.60 n.5 1997reponame:Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)instname:Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)instacron:CBO10.5935/0004-2749.19970036info:eu-repo/semantics/openAccessRamos,Ayrton R. B.Maia,MaurícioMatsumoto,Lúcio H.Matsumoto,Leonardo T.Moreira Jr,Carlos A.Graf,Hanspor2018-08-29T00:00:00Zoai:scielo:S0004-27491997000500527Revistahttp://aboonline.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpaboonline@cbo.com.br||abo@cbo.com.br1678-29250004-2749opendoar:2018-08-29T00:00Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online) - Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)false |
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