Retinopatia da prematuridade: achados refrativos pós-tratamento com crioterapia ou laser

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pozzi,Sara
Data de Publicação: 2000
Outros Autores: Provenzano,Luciane, Boni,Danielle, Branco,André Castelo, Moraes,Nilva, Farah,Michel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492000000500003
Resumo: Objetivos: Determinar e comparar as características refrativas de uma população composta de crianças pré-termo com retinopatia da prematuridade que necessitaram de tratamento com crioterapia ou laserterapia. Método: Análise dos resultados da refração estática de 14 pacientes (de um total de 761 fichas de crianças) que nasceram no Hospital São Paulo da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina, entre janeiro de 1988 e abril de 1998, que completaram um ano de idade e que apresentaram Retinopatia da Prematuridade grau 3 com características de "doença limiar" sendo tratadas com crioterapia ou laserterapia. Foram utilizados os testes estatísticos de Wilcoxon e Mann-Whitney para a avaliação dos resultados. Resultados: 64,3% dos pacientes apresentaram miopia. No grupo de pacientes que receberam tratamento com crioterapia, 80% mostrou miopia, que em todos os casos foi alta; 20% hipermetropia leve, com uma média para o equivalente esférico de --3,10 D no olho direito e --3,25 D no olho esquerdo (diferença entre ambos os olhos estatísticamente não significante). No grupo de laserterapia, 55,6% mostrou miopia, sendo 20 % dos casos miopia alta e 80% miopia leve; 11,1% apresentou-se sem ametropia e 33,3 % com hipermetropia leve. O valor da média para o equivalente esférico foi --0,58 D no olho direito e --0,83D no olho esquerdo (diferença entre ambos os olhos estatisticamente significante). A comparação dos resultados refracionais dos dois grupos mostrou uma maior incidência para miopia alta no grupo de pacientes que receberam tratamento com crioterapia (P< 0,05). Conclusões: Existe predisposição a erros refrativos de tipo miopia nas crianças com retinopatia da prematuridade que recebem tratamento. A possibilidade de miopia severa é maior naquelas crianças tratadas com crioterapia do que nas tratadas com laserterapia.
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