Avaliação da resposta bioquímica no câncer inicial de próstata: experiência uninstitucional comparando teleterapia exclusiva ou associada à braquiterapia de alta taxa de dose
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2004 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Radiologia Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-39842004000400009 |
Resumo: | OBJETIVO: Análise comparativa da resposta bioquímica em pacientes submetidos à teleterapia exclusiva ou associada à braquiterapia de alta taxa de dose para tumores localizados da próstata. MATERIAIS E MÉTODOS: De novembro de 1997 a janeiro de 2000, 74 pacientes foram submetidos à teleterapia com 45 Gy e reforço com braquiterapia de alta taxa de dose com irídio-192 e dose de 16 Gy em quatro inserções (BT). Estes foram comparados a 29 pacientes submetidos à teleterapia com 45 Gy e reforço com arcoterapia e dose mediana de 24 Gy (RT) entre outubro de 1996 e fevereiro de 2000. Nos dois grupos houve associação ocasional de hormonioterapia neoadjuvante. Sobrevida atuarial livre de doença em três anos (SB3) e fatores prognósticos pré-tratamento da resposta bioquímica, como o antígeno prostático-específico inicial (PSAi), escore de Gleason da biópsia de próstata (EG) e estádio clínico (EC), foram analisados. RESULTADOS: O seguimento mediano foi de 25 meses para o grupo RT e 37 meses para o BT. Na análise atuarial, a SB3 foi de 51% e 73% (p = 0,032) para RT e BT, respectivamente. Na análise estratificada pelo PSAi, a SB3 para RT e BT foi de 85,7% e 79,1% (p = 0,76) para PSAi < 10 ng/mL e de 38% e 68% (p = 0,023) para PSAi > 10 ng/mL, respectivamente. Quando estratificado pelo EG, a SB3 para RT e BT foi de 37% e 80% (p = 0,001) para EG < 6 e 78% e 55% para EG > 6 (p = 0,58); estratificando-se pelo EC, a SB3 para RT e BT foi de 36% e 74% (p = 0,018) para EC < T2a e 73% e 69% para EC > T2a (p = 0,692), respectivamente. O risco relativo bruto de recidiva bioquímica foi de 2,3 (95% IC: 1,0-5,1) para os pacientes tratados com RT, em relação à BT; quando ajustado pelo PSAi e EG, o risco relativo de recidiva bioquímica foi de 2,4 (95% IC: 1,0-5,7). CONCLUSÃO: A modalidade de tratamento foi fator prognóstico independente de recidiva bioquímica, com maior controle bioquímico associado à BT. Nossos resultados preliminares sugerem que o maior benefício com BT foi obtido nos pacientes com PSAi > 10 ng/mL, EC < T2a e EG < 6. |
id |
CBR-1_899c55688fd05f52567b2d82d9423de3 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0100-39842004000400009 |
network_acronym_str |
CBR-1 |
network_name_str |
Radiologia Brasileira (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Avaliação da resposta bioquímica no câncer inicial de próstata: experiência uninstitucional comparando teleterapia exclusiva ou associada à braquiterapia de alta taxa de doseCâncer de próstataRadioterapiaBraquiterapia de alta taxa de doseOBJETIVO: Análise comparativa da resposta bioquímica em pacientes submetidos à teleterapia exclusiva ou associada à braquiterapia de alta taxa de dose para tumores localizados da próstata. MATERIAIS E MÉTODOS: De novembro de 1997 a janeiro de 2000, 74 pacientes foram submetidos à teleterapia com 45 Gy e reforço com braquiterapia de alta taxa de dose com irídio-192 e dose de 16 Gy em quatro inserções (BT). Estes foram comparados a 29 pacientes submetidos à teleterapia com 45 Gy e reforço com arcoterapia e dose mediana de 24 Gy (RT) entre outubro de 1996 e fevereiro de 2000. Nos dois grupos houve associação ocasional de hormonioterapia neoadjuvante. Sobrevida atuarial livre de doença em três anos (SB3) e fatores prognósticos pré-tratamento da resposta bioquímica, como o antígeno prostático-específico inicial (PSAi), escore de Gleason da biópsia de próstata (EG) e estádio clínico (EC), foram analisados. RESULTADOS: O seguimento mediano foi de 25 meses para o grupo RT e 37 meses para o BT. Na análise atuarial, a SB3 foi de 51% e 73% (p = 0,032) para RT e BT, respectivamente. Na análise estratificada pelo PSAi, a SB3 para RT e BT foi de 85,7% e 79,1% (p = 0,76) para PSAi < 10 ng/mL e de 38% e 68% (p = 0,023) para PSAi > 10 ng/mL, respectivamente. Quando estratificado pelo EG, a SB3 para RT e BT foi de 37% e 80% (p = 0,001) para EG < 6 e 78% e 55% para EG > 6 (p = 0,58); estratificando-se pelo EC, a SB3 para RT e BT foi de 36% e 74% (p = 0,018) para EC < T2a e 73% e 69% para EC > T2a (p = 0,692), respectivamente. O risco relativo bruto de recidiva bioquímica foi de 2,3 (95% IC: 1,0-5,1) para os pacientes tratados com RT, em relação à BT; quando ajustado pelo PSAi e EG, o risco relativo de recidiva bioquímica foi de 2,4 (95% IC: 1,0-5,7). CONCLUSÃO: A modalidade de tratamento foi fator prognóstico independente de recidiva bioquímica, com maior controle bioquímico associado à BT. Nossos resultados preliminares sugerem que o maior benefício com BT foi obtido nos pacientes com PSAi > 10 ng/mL, EC < T2a e EG < 6.Publicação do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem2004-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-39842004000400009Radiologia Brasileira v.37 n.4 2004reponame:Radiologia Brasileira (Online)instname:Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR)instacron:CBR10.1590/S0100-39842004000400009info:eu-repo/semantics/openAccessCastro,Douglas Guedes dePellizzon,Antônio Cássio AssisChen,Michael JenweiNishimoto,Inês NobukoMaia,Maria Aparecida ConteNovaes,Paulo Eduardo Ribeiro dos SantosFogaroli,Ricardo CésarFerrigno,RobsonSalvajoli,João Victorpor2004-08-24T00:00:00Zoai:scielo:S0100-39842004000400009Revistahttps://www.scielo.br/j/rb/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpradiologiabrasileira@cbr.org.br1678-70990100-3984opendoar:2004-08-24T00:00Radiologia Brasileira (Online) - Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Avaliação da resposta bioquímica no câncer inicial de próstata: experiência uninstitucional comparando teleterapia exclusiva ou associada à braquiterapia de alta taxa de dose |
title |
Avaliação da resposta bioquímica no câncer inicial de próstata: experiência uninstitucional comparando teleterapia exclusiva ou associada à braquiterapia de alta taxa de dose |
spellingShingle |
Avaliação da resposta bioquímica no câncer inicial de próstata: experiência uninstitucional comparando teleterapia exclusiva ou associada à braquiterapia de alta taxa de dose Castro,Douglas Guedes de Câncer de próstata Radioterapia Braquiterapia de alta taxa de dose |
title_short |
Avaliação da resposta bioquímica no câncer inicial de próstata: experiência uninstitucional comparando teleterapia exclusiva ou associada à braquiterapia de alta taxa de dose |
title_full |
Avaliação da resposta bioquímica no câncer inicial de próstata: experiência uninstitucional comparando teleterapia exclusiva ou associada à braquiterapia de alta taxa de dose |
title_fullStr |
Avaliação da resposta bioquímica no câncer inicial de próstata: experiência uninstitucional comparando teleterapia exclusiva ou associada à braquiterapia de alta taxa de dose |
title_full_unstemmed |
Avaliação da resposta bioquímica no câncer inicial de próstata: experiência uninstitucional comparando teleterapia exclusiva ou associada à braquiterapia de alta taxa de dose |
title_sort |
Avaliação da resposta bioquímica no câncer inicial de próstata: experiência uninstitucional comparando teleterapia exclusiva ou associada à braquiterapia de alta taxa de dose |
author |
Castro,Douglas Guedes de |
author_facet |
Castro,Douglas Guedes de Pellizzon,Antônio Cássio Assis Chen,Michael Jenwei Nishimoto,Inês Nobuko Maia,Maria Aparecida Conte Novaes,Paulo Eduardo Ribeiro dos Santos Fogaroli,Ricardo César Ferrigno,Robson Salvajoli,João Victor |
author_role |
author |
author2 |
Pellizzon,Antônio Cássio Assis Chen,Michael Jenwei Nishimoto,Inês Nobuko Maia,Maria Aparecida Conte Novaes,Paulo Eduardo Ribeiro dos Santos Fogaroli,Ricardo César Ferrigno,Robson Salvajoli,João Victor |
author2_role |
author author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Castro,Douglas Guedes de Pellizzon,Antônio Cássio Assis Chen,Michael Jenwei Nishimoto,Inês Nobuko Maia,Maria Aparecida Conte Novaes,Paulo Eduardo Ribeiro dos Santos Fogaroli,Ricardo César Ferrigno,Robson Salvajoli,João Victor |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Câncer de próstata Radioterapia Braquiterapia de alta taxa de dose |
topic |
Câncer de próstata Radioterapia Braquiterapia de alta taxa de dose |
description |
OBJETIVO: Análise comparativa da resposta bioquímica em pacientes submetidos à teleterapia exclusiva ou associada à braquiterapia de alta taxa de dose para tumores localizados da próstata. MATERIAIS E MÉTODOS: De novembro de 1997 a janeiro de 2000, 74 pacientes foram submetidos à teleterapia com 45 Gy e reforço com braquiterapia de alta taxa de dose com irídio-192 e dose de 16 Gy em quatro inserções (BT). Estes foram comparados a 29 pacientes submetidos à teleterapia com 45 Gy e reforço com arcoterapia e dose mediana de 24 Gy (RT) entre outubro de 1996 e fevereiro de 2000. Nos dois grupos houve associação ocasional de hormonioterapia neoadjuvante. Sobrevida atuarial livre de doença em três anos (SB3) e fatores prognósticos pré-tratamento da resposta bioquímica, como o antígeno prostático-específico inicial (PSAi), escore de Gleason da biópsia de próstata (EG) e estádio clínico (EC), foram analisados. RESULTADOS: O seguimento mediano foi de 25 meses para o grupo RT e 37 meses para o BT. Na análise atuarial, a SB3 foi de 51% e 73% (p = 0,032) para RT e BT, respectivamente. Na análise estratificada pelo PSAi, a SB3 para RT e BT foi de 85,7% e 79,1% (p = 0,76) para PSAi < 10 ng/mL e de 38% e 68% (p = 0,023) para PSAi > 10 ng/mL, respectivamente. Quando estratificado pelo EG, a SB3 para RT e BT foi de 37% e 80% (p = 0,001) para EG < 6 e 78% e 55% para EG > 6 (p = 0,58); estratificando-se pelo EC, a SB3 para RT e BT foi de 36% e 74% (p = 0,018) para EC < T2a e 73% e 69% para EC > T2a (p = 0,692), respectivamente. O risco relativo bruto de recidiva bioquímica foi de 2,3 (95% IC: 1,0-5,1) para os pacientes tratados com RT, em relação à BT; quando ajustado pelo PSAi e EG, o risco relativo de recidiva bioquímica foi de 2,4 (95% IC: 1,0-5,7). CONCLUSÃO: A modalidade de tratamento foi fator prognóstico independente de recidiva bioquímica, com maior controle bioquímico associado à BT. Nossos resultados preliminares sugerem que o maior benefício com BT foi obtido nos pacientes com PSAi > 10 ng/mL, EC < T2a e EG < 6. |
publishDate |
2004 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2004-08-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-39842004000400009 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-39842004000400009 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0100-39842004000400009 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Publicação do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem |
publisher.none.fl_str_mv |
Publicação do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem |
dc.source.none.fl_str_mv |
Radiologia Brasileira v.37 n.4 2004 reponame:Radiologia Brasileira (Online) instname:Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) instacron:CBR |
instname_str |
Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) |
instacron_str |
CBR |
institution |
CBR |
reponame_str |
Radiologia Brasileira (Online) |
collection |
Radiologia Brasileira (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Radiologia Brasileira (Online) - Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) |
repository.mail.fl_str_mv |
radiologiabrasileira@cbr.org.br |
_version_ |
1754208934947717120 |