COMPARAÇÃO DOS TESTES DE COOPER E DA UNIVERSIDADE DE MONTREAL COM O TESTE DE MEDIDA DIRETA DE CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Educação Física |
Texto Completo: | https://revistadeeducacaofisica.emnuvens.com.br/revista/article/view/330 |
Resumo: | O VO2máx é parte fundamental da aptidão física e um excelente indicador da saúde cardiovascular de um indivíduo. Sua medida, porém, é de difícil realização pelo alto custo do equipamento e pela dificuldade do teste ser aplicado em grandes efetivos. Daí a existência de protocolos de campo que o avaliam indiretamente, tais como o Teste de Cooper (TC) e o Teste da Universidade de Montreal (TUM). O objetivo deste estudo foi comparar e correlacionar o VO2máx, medido diretamente em laboratório, com o estimado por meio dos testes de Cooper e da Universidade de Montreal. Foram avaliados 29 homens, voluntários para a pesquisa, fisicamente ativos, com idades entre 23 e 29 anos. Os testes foram realizados dentro de um período de 40 dias e na seguinte ordem: 1) avaliação do VO2máx através do TC, realizado em pista de atletismo; 2) medida direta do VO2máx realizado no laboratório em esteira, utilizando o protocolo de rampa; e 3) avaliação do VO2máx através do TUM. Houve um intervalo superior a uma semana entre os testes e, nas 48 horas precedentes aos mesmos, houve a orientação para a não realização de atividades físicas. Durante as três avaliações, a freqüência cardíaca foi monitorada, a fim de se comprovar o esforço máximo de cada indivíduo. Foram obtidos os seguintes resultados (média ± desvio padrão) de VO2máx: em laboratório, 49,97 ± 4,18 mlO2.kg-1.min-1; no TC, 57,30 ± 4,20 mlO2.kg-1.min-1; no TUM, 59,6 ± 4,11 mlO2.kg-1.min-1.Através daANOVA one way e o post hoc de Tukey, foram verificadas diferenças significativas entre os testes de campo e o laboratorial (p=0,000), mas não houve diferença entre os testes de campo (p=0,096). Foi, ainda, verificado que a correlação de Pearson entre TC e a medida direta foi r = 0, 548, com p = 0,002 e entre o TUM e o consumo direto foi r = 0,618 com p=0,000. Para a amostra em questão, os resultados indicaram diferenças significativas entre os testes de campo e o de laboratório. As correlações entre os testes de campo e o de laboratório, apesar de significativas, apresentaram-se abaixo do que os artigos originais sugerem. Recomenda-se que sejam realizados estudos mais amplos, com uma amostra maior e mais heterogênea no que diz respeito à idade, ao gênero e, principalmente, à condição física, a fim de verificar a aplicabilidade de ambos os testes. |
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COMPARAÇÃO DOS TESTES DE COOPER E DA UNIVERSIDADE DE MONTREAL COM O TESTE DE MEDIDA DIRETA DE CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIOAptidão FísicaVO2máxTeste de CooperTeste da Universidade de MontrealO VO2máx é parte fundamental da aptidão física e um excelente indicador da saúde cardiovascular de um indivíduo. Sua medida, porém, é de difícil realização pelo alto custo do equipamento e pela dificuldade do teste ser aplicado em grandes efetivos. Daí a existência de protocolos de campo que o avaliam indiretamente, tais como o Teste de Cooper (TC) e o Teste da Universidade de Montreal (TUM). O objetivo deste estudo foi comparar e correlacionar o VO2máx, medido diretamente em laboratório, com o estimado por meio dos testes de Cooper e da Universidade de Montreal. Foram avaliados 29 homens, voluntários para a pesquisa, fisicamente ativos, com idades entre 23 e 29 anos. Os testes foram realizados dentro de um período de 40 dias e na seguinte ordem: 1) avaliação do VO2máx através do TC, realizado em pista de atletismo; 2) medida direta do VO2máx realizado no laboratório em esteira, utilizando o protocolo de rampa; e 3) avaliação do VO2máx através do TUM. Houve um intervalo superior a uma semana entre os testes e, nas 48 horas precedentes aos mesmos, houve a orientação para a não realização de atividades físicas. Durante as três avaliações, a freqüência cardíaca foi monitorada, a fim de se comprovar o esforço máximo de cada indivíduo. Foram obtidos os seguintes resultados (média ± desvio padrão) de VO2máx: em laboratório, 49,97 ± 4,18 mlO2.kg-1.min-1; no TC, 57,30 ± 4,20 mlO2.kg-1.min-1; no TUM, 59,6 ± 4,11 mlO2.kg-1.min-1.Através daANOVA one way e o post hoc de Tukey, foram verificadas diferenças significativas entre os testes de campo e o laboratorial (p=0,000), mas não houve diferença entre os testes de campo (p=0,096). Foi, ainda, verificado que a correlação de Pearson entre TC e a medida direta foi r = 0, 548, com p = 0,002 e entre o TUM e o consumo direto foi r = 0,618 com p=0,000. Para a amostra em questão, os resultados indicaram diferenças significativas entre os testes de campo e o de laboratório. As correlações entre os testes de campo e o de laboratório, apesar de significativas, apresentaram-se abaixo do que os artigos originais sugerem. Recomenda-se que sejam realizados estudos mais amplos, com uma amostra maior e mais heterogênea no que diz respeito à idade, ao gênero e, principalmente, à condição física, a fim de verificar a aplicabilidade de ambos os testes.Exército Brasileiro2017-08-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistadeeducacaofisica.emnuvens.com.br/revista/article/view/330Journal of Physical Education; Vol. 76 No. 136 (2007)Revista de Educação Física / Journal of Physical Education; v. 76 n. 136 (2007)2447-89460102-846410.37310/ref.v76i136reponame:Revista de Educação Físicainstname:Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEX)instacron:CCFEXporhttps://revistadeeducacaofisica.emnuvens.com.br/revista/article/view/330/359Copyright (c) 2017 REVISTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA / JOURNAL OF PHYSICAL EDUCATIONinfo:eu-repo/semantics/openAccessSpeck, Leonardo MaurmannMacedo, Hélio Gonçalves Chagas deCarvalho, Guilherme BottrelNeto, Sylvio R. NunesBarbosa Jr, Antonio C. da SilvaForquim Jr, Wilmar MarconggineAlves, Thiago RodriguesAndrade Jr, José LuizRodrigues, André Valentim Siqueira2020-11-24T16:30:44Zoai:ojs.revistadeeducacaofisica.emnuvens.com.br:article/330Revistahttps://revistadeeducacaofisica.emnuvens.com.br/revistaPUBhttps://revistadeeducacaofisica.emnuvens.com.br/revista/oai||revistaef.ccfex@gmail.com2447-89460102-8464opendoar:2020-11-24T16:30:44Revista de Educação Física - Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEX)false |
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Journal of Physical Education; Vol. 76 No. 136 (2007) Revista de Educação Física / Journal of Physical Education; v. 76 n. 136 (2007) 2447-8946 0102-8464 10.37310/ref.v76i136 reponame:Revista de Educação Física instname:Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEX) instacron:CCFEX |
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