Trombocitose como fator prognóstico no câncer colorretal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bonardi,Renato de Araújo
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Graciosa,Katia, Melchioretto,Eduardo Felipe, Furlani,Lizandro Frainer, Sartor,Maria Cristina, Baldin Jr,Antônio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Coloproctologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-98802010000200002
Resumo: Objetivos - Investigar o significado prognóstico da trombocitose nos pacientes com câncer colorretal. Método - Trata-se de estudo retrospectivo, com análise de 243 prontuários de pacientes submetidos a operações por câncer colorretal. Foram comparados os dados do estadiamento, recidiva tumoral e óbitos por câncer com a ocorrência de trombocitose no pré-operatório. O grupo controle foi composto de 50 pacientes submetidos à herniorrafia. A média da contagem de plaquetas no pré-operatório destes pacientes foi utilizada para dividir os pacientes em dois grupos: grupo 1, pacientes com contagem de plaquetas abaixo dessa média e grupo 2, pacientes com contagem de plaquetas acima dessa média. Resultados - A média da contagem plaquetária foi 317000/ìl entre os pacientes com câncer e de 267000 entre os pacientes do grupo controle. A prevalência da trombocitose no câncer colorretal foi 32,1%. Dentre os óbitos por câncer, 56,7% ocorreram em pacientes com trombocitose e 32% em pacientes com plaquetas normais (p=0,001). Utilizando a média do grupo controle, a diferença foi ainda mais significativa (p=0,0004). Quanto à recidiva tumoral, 40% dos pacientes do grupo 2 tiveram recidiva e 17,9% do grupo 1 (p=0,003). Com relação ao estadiamento T, no grupo 1, 14,1% eram T1 e 8,4% T4. No grupo 2, 2,2% eram T1 e 19,5% T4 (p=0.0005). Metástases à distância foram encontradas em 9,4% dos pacientes do grupo 1 contra 21,8% do grupo 2 (p=0.02). No que diz respeito ao estadiamento TNM, no grupo 1, 24,6% eram estadio 1 e 11% estadio 4. No grupo 2, 9,6% eram estadio 1 e 22,8% estadio 4 (p=0,02). Conclusão - A contagem de plaquetas no pré-operatório parece ser útil em identificar pacientes com prognóstico desfavorável.
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