Três análises de linguagem no autismo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moro,Michele Paula
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Souza,Ana Paula Ramos de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista CEFAC (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462011000500020
Resumo: TEMA: Linguagem no Autismo. OBJETIVOS: analisar, comparativamente, dados de linguagem obtidos por meio de dois protocolos, um da interação mãe-criança e outro de atos comunicativos da criança entre si e com a análise dialógica da díade mãe-filho. Outro objetivo foi discutir as implicações de tais análises para o planejamento terapêutico. MÉTODO: a amostra constou de três sujeitos na faixa etária de 2 anos e 1 mês a 4 anos e 6 meses, com diagnóstico de distúrbio de linguagem secundário ao espectro autístico. A coleta foi realizada por meio da filmagem de sessões de interação lúdica, de 30 minutos, dos sujeitos com suas mães. Os procedimentos de análise foram: a transcrição das filmagens, conferência das mesmas, aplicação de dois protocolos, um de análise da interação mãe-filho e outro de comportamentos comunicativos da criança, e uma análise qualitativa da atividade dialógica da díade. RESULTADOS: Os resultados do protocolo de interação mãe-filho demonstraram freqüência similar de categorias dos comportamentos das três mães, com elevado número de perguntas e de diretividade intrusiva. No mesmo protocolo, as crianças demonstraram brincar exploratório e funcional, estereotipias verbais e não verbais, fato também observado no protocolo de pragmática. O protocolo de interação permite observar melhor que os comportamentos infantis e maternos possuem relações, mas apenas a análise qualitativa possibilita identificar a natureza dialética de tais relações. CONCLUSÃO: O protocolo que analisa a interação provê informações fundamentais ao planejamento terapêutico, adicionais ao protocolo de foco exclusivo no conhecimento pragmático do sujeito. Aquele protocolo, em conjunto com a análise qualitativa, permite uma seleção mais qualificada das estratégias de intervenção em cada caso.
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