Etnografia em cuidados paliativos: experiências de profissionais de saúde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do UniCEUB |
Texto Completo: | https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/5473 |
Resumo: | A área de cuidados paliativos é entendida pela Organização Mundial da Saúde como uma abordagem com o foco na melhora da qualidade de vida de pacientes que se encontram ameaçados de vida pela sua condição de saúde. Este estudo etnográfico no Hospital de Apoio de Brasília investiga o cotidiano de profissionais que trabalham na unidade de cuidados paliativos e como lidam com a morte no contexto de sua atividade profissional, bem como a relação entre equipe, família e paciente. No trabalho de campo no Hospital, percebeu-se uma interação cooperativa e um trabalho compartilhado constantemente entre os profissionais, classificando o trabalho em equipe como interdisciplinar. A pesquisa teve duração de 2 meses, compreendendo 3 ou mais visitas durante a semana, por um turno. Foram entrevistados: 15 profissionais de saúde (7 técnicos em enfermagem, 7 enfermeiros, 1 assistente social, 1 fisioterapeuta), e totalizou-se 25 participantes (técnicos em enfermagem, enfermeiros, médicos, residentes, psicóloga, assistente social, terapeuta ocupacional, estagiárias de terapia ocupacional, nutricionista, e fisioterapeuta). Durante esse período, faço uma reflexão a respeito da interdisciplinariedade em equipe que foi ressaltada a partir de minha vivência em campo e a partir das narrativas dos participantes. As demais relações com pacientes só são trabalhosas quando esses têm dificuldades em aceitar o cuidado paliativista, e os acompanhantes que muitas vezes terminam por exigir demasiadamente dos profissionais. Além disso, a morte por ser frequente nesse ambiente, demanda do profissional equilíbrio emocional e psíquico constantes, que poderia ser maximizado com a possibilidade de programas institucionais voltados ao cuidado do cuidador. O presente trabalho contribui para reflexões contemporâneas e específicas sobre o funcionamento de uma unidade de cuidados paliativos, tendo-se um campo vasto ainda a ser pesquisado com enfoques similares para aprofundar o conhecimento aqui mostrado ou até mesmo pesquisas diferentes para expressar outras perspectivas. |
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Foram entrevistados: 15 profissionais de saúde (7 técnicos em enfermagem, 7 enfermeiros, 1 assistente social, 1 fisioterapeuta), e totalizou-se 25 participantes (técnicos em enfermagem, enfermeiros, médicos, residentes, psicóloga, assistente social, terapeuta ocupacional, estagiárias de terapia ocupacional, nutricionista, e fisioterapeuta). Durante esse período, faço uma reflexão a respeito da interdisciplinariedade em equipe que foi ressaltada a partir de minha vivência em campo e a partir das narrativas dos participantes. As demais relações com pacientes só são trabalhosas quando esses têm dificuldades em aceitar o cuidado paliativista, e os acompanhantes que muitas vezes terminam por exigir demasiadamente dos profissionais. Além disso, a morte por ser frequente nesse ambiente, demanda do profissional equilíbrio emocional e psíquico constantes, que poderia ser maximizado com a possibilidade de programas institucionais voltados ao cuidado do cuidador. O presente trabalho contribui para reflexões contemporâneas e específicas sobre o funcionamento de uma unidade de cuidados paliativos, tendo-se um campo vasto ainda a ser pesquisado com enfoques similares para aprofundar o conhecimento aqui mostrado ou até mesmo pesquisas diferentes para expressar outras perspectivas.Submitted by Haia Cristina Rebouças de Almeida (haia.almeida@uniceub.br) on 2014-09-10T14:00:03Z No. of bitstreams: 1 20944612.pdf: 1122502 bytes, checksum: cb873d7b29779fd06ba3de8de158bf4c (MD5)Made available in DSpace on 2014-09-10T14:00:03Z (GMT). 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A área de cuidados paliativos é entendida pela Organização Mundial da Saúde como uma abordagem com o foco na melhora da qualidade de vida de pacientes que se encontram ameaçados de vida pela sua condição de saúde. Este estudo etnográfico no Hospital de Apoio de Brasília investiga o cotidiano de profissionais que trabalham na unidade de cuidados paliativos e como lidam com a morte no contexto de sua atividade profissional, bem como a relação entre equipe, família e paciente. No trabalho de campo no Hospital, percebeu-se uma interação cooperativa e um trabalho compartilhado constantemente entre os profissionais, classificando o trabalho em equipe como interdisciplinar. A pesquisa teve duração de 2 meses, compreendendo 3 ou mais visitas durante a semana, por um turno. Foram entrevistados: 15 profissionais de saúde (7 técnicos em enfermagem, 7 enfermeiros, 1 assistente social, 1 fisioterapeuta), e totalizou-se 25 participantes (técnicos em enfermagem, enfermeiros, médicos, residentes, psicóloga, assistente social, terapeuta ocupacional, estagiárias de terapia ocupacional, nutricionista, e fisioterapeuta). Durante esse período, faço uma reflexão a respeito da interdisciplinariedade em equipe que foi ressaltada a partir de minha vivência em campo e a partir das narrativas dos participantes. As demais relações com pacientes só são trabalhosas quando esses têm dificuldades em aceitar o cuidado paliativista, e os acompanhantes que muitas vezes terminam por exigir demasiadamente dos profissionais. Além disso, a morte por ser frequente nesse ambiente, demanda do profissional equilíbrio emocional e psíquico constantes, que poderia ser maximizado com a possibilidade de programas institucionais voltados ao cuidado do cuidador. O presente trabalho contribui para reflexões contemporâneas e específicas sobre o funcionamento de uma unidade de cuidados paliativos, tendo-se um campo vasto ainda a ser pesquisado com enfoques similares para aprofundar o conhecimento aqui mostrado ou até mesmo pesquisas diferentes para expressar outras perspectivas. |
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