A patente farmacêutica nos países em desenvolvimento: os efeitos do TRIPS na política brasileira de combate ao HIV

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Antunes, Paula Cureau de Bessa
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do UniCEUB
Texto Completo: https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/5622
Resumo: O trabalho tem como objetivo discutir as conseqüências da imposição de patente farmacêutica nos países em desenvolvimento. Para tanto, fez-se uma análise sobre o instituto da patente, estudando os benefícios do direito de exclusividade assim como todas suas limitações. Em seguida, passou-se ao General Agreement on Tariffs and Trade (GATT) para se chegar à Rodada Uruguai em que foi criada a OMC (Organização Mundial do Comécio) e instituído o Acordo TRIPS (Agreement on Trade Related Aspects of Intellectual Property Rights). O Acordo foi emblemático, pois impôs a todos os membros da Organização uma mesma regra de patentes, criando divergências entre os países desenvolvidos e aqueles em desenvolvimento. O foco do estudo foi a patente farmacêutica por ter conseqüência direta nas vidas das populações de Estados mais pobres e ser avidamente defendida pelos grandes laboratórios que alegavam, dentre outros motivos, que sem ela não haveria mais pesquisas para novos medicamentos por não haver uma garantia mínima de lucro. Assim, é um dos aspectos mais controversos da propriedade intelectual. Portanto, foram analisados os argumentos da indústria farmacêutica assim como os contrários à proteção, até se chegar à Declaração de Doha, uma tentativa de relativizar os possíveis efeitos nefastos da exclusividade na área da saúde. Ao final, realizou-se um estudo de caso sobre os efeitos do TRIPS na política brasileira de combate ao HIV a fim de entender as medidas tomadas pelo país, que o colocaram em posição de evidência na esfera internacional, e verificar como as demais nações em desenvolvimento - que enfrentam as mesmas dificuldades que o Brasil - poderiam proceder a fim de resguardar a saúde de suas populações e seu desenvolvimento nacional.
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O foco do estudo foi a patente farmacêutica por ter conseqüência direta nas vidas das populações de Estados mais pobres e ser avidamente defendida pelos grandes laboratórios que alegavam, dentre outros motivos, que sem ela não haveria mais pesquisas para novos medicamentos por não haver uma garantia mínima de lucro. Assim, é um dos aspectos mais controversos da propriedade intelectual. Portanto, foram analisados os argumentos da indústria farmacêutica assim como os contrários à proteção, até se chegar à Declaração de Doha, uma tentativa de relativizar os possíveis efeitos nefastos da exclusividade na área da saúde. Ao final, realizou-se um estudo de caso sobre os efeitos do TRIPS na política brasileira de combate ao HIV a fim de entender as medidas tomadas pelo país, que o colocaram em posição de evidência na esfera internacional, e verificar como as demais nações em desenvolvimento - que enfrentam as mesmas dificuldades que o Brasil - poderiam proceder a fim de resguardar a saúde de suas populações e seu desenvolvimento nacional.Submitted by Haia Cristina Rebouças de Almeida (haia.almeida@uniceub.br) on 2014-09-25T18:43:59Z No. of bitstreams: 1 20963043.pdf: 877183 bytes, checksum: c61042ad463ba1d6ebf7a2423b1a8f4f (MD5)Made available in DSpace on 2014-09-25T18:43:59Z (GMT). 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