Hipertrofia do poder executivo: uma análise do atual modelo de indicação dos ministros do Supremo Tribunal Federal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Magri, Natalia Bárbara Menezes
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do UniCEUB
Texto Completo: https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/11279
Resumo: O Estado Democrático de Direito depende da representatividade do povo no poder e que esse poder seja distribuído em funções estatais harmônicas e independentes entre si. A Constituição é elemento inerente a esse Estado, prevendo princípios e direitos fundamentais, que devem alcançar a todos, inclusive as minorias não representadas. Assim, o Supremo Tribunal Federal, órgão do Poder Judiciário, surge para garantir efetividade a esses princípios e direitos fundamentais, uma vez que funciona como órgão de instância máxima e como guardião da Constituição Federal. No entanto, os protagonistas desse Tribunal são escolhidos livremente pelo chefe do Poder Executivo para exercer um mandato vitalício, enquanto o próprio presidente da República exerce um mandato fixo de 4 (quatro) anos. Pela análise dos modelos de indicação dos ministros no direito alienígena, verifica-se uma atuação mais ativa do Poder Legislativo, seja aprovando ou reprovando as indicações do presidente, seja indicando uma quantidade considerável de juízes aos Tribunais para equilibrar a interpenetração do Executivo. No Brasil, a previsão de sabatina pelo Senado Federal para aprovação dos nomes indicados pelo presidente é ato meramente formal, representando pouquíssimos casos de reprovação na história. Em meio a um cenário de forte crise de representatividade e instabilidade das Instituições do Estado não se pode mais tolerar um modelo que desvirtue a separação de poderes e coloque em risco as atividades jurisdicionais da mais alta Corte do País. A metodologia adotada buscará compreender o fenômeno jurídico e questionar a norma positivada, a fim de propor um debate crítico acerca do tema a título de conclusão.
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Assim, o Supremo Tribunal Federal, órgão do Poder Judiciário, surge para garantir efetividade a esses princípios e direitos fundamentais, uma vez que funciona como órgão de instância máxima e como guardião da Constituição Federal. No entanto, os protagonistas desse Tribunal são escolhidos livremente pelo chefe do Poder Executivo para exercer um mandato vitalício, enquanto o próprio presidente da República exerce um mandato fixo de 4 (quatro) anos. Pela análise dos modelos de indicação dos ministros no direito alienígena, verifica-se uma atuação mais ativa do Poder Legislativo, seja aprovando ou reprovando as indicações do presidente, seja indicando uma quantidade considerável de juízes aos Tribunais para equilibrar a interpenetração do Executivo. No Brasil, a previsão de sabatina pelo Senado Federal para aprovação dos nomes indicados pelo presidente é ato meramente formal, representando pouquíssimos casos de reprovação na história. Em meio a um cenário de forte crise de representatividade e instabilidade das Instituições do Estado não se pode mais tolerar um modelo que desvirtue a separação de poderes e coloque em risco as atividades jurisdicionais da mais alta Corte do País. A metodologia adotada buscará compreender o fenômeno jurídico e questionar a norma positivada, a fim de propor um debate crítico acerca do tema a título de conclusão.Submitted by Gisely Teixeira (gisely.teixeira@uniceub.br) on 2017-11-10T15:12:15Z No. of bitstreams: 1 21207166.pdf: 603087 bytes, checksum: 6684463017b56102eb4bf1bc70c6a4f6 (MD5)Approved for entry into archive by Fernanda Weschenfelder (fernanda.weschenfelder@uniceub.br) on 2017-11-10T18:13:06Z (GMT) No. of bitstreams: 1 21207166.pdf: 603087 bytes, checksum: 6684463017b56102eb4bf1bc70c6a4f6 (MD5)Made available in DSpace on 2017-11-10T18:13:06Z (GMT). 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