As fronteiras do pensamento nômade: (i/e)mergir para a teorização epistolográfica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade |
Texto Completo: | http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/557 |
Resumo: | A presente explanação desenvolve-se a partir das (MIGNOLO, 2003) cartas publicadas do escritor mineiro Fernando Sabino: Cartas na mesa (2002), Cartas a um jovem escritor e suas respostas (2003) e Cartas perto do coração (2011). Lidas em conjunto e de forma linear as cartas são (des)locadas de seu lócus (abstrato) original, isto é, o espaço intimo da convivência com os amigos. Tal fato já indica relevante característica do texto epistolar sinalizado no título da explanação, “pensamento nômade”, trata-se de uma metáfora fornecida por Brigitte Diaz em seu livro O gênero epistolar ou o pensamento nômade (2016) e que evoca, de forma apropriada, a natureza andarilha das cartas. Uma outra metáfora necessária e que transcende o texto é a das “teorias itinerantes” (MIGNOLO, 2003), sua presença justifica-se ao provocar reflexões em torno da teorização epistolográfica, visto que várias teorias já viajaram por cartas, como a psicanalise, fato que Jacques Derrida em Mal de arquivo (2001) menciona, e as considerações modernistas presente nas cartas de intelectuais como Mário de Andrade. Mas, e a teoria da carta? Terá ela viajado através do texto epistolar? Ou então foi forçada a, tal como um intruso, viajar a reboque nos espaços liminares da teorias européias? Ou, então, sua viajem foi inviabilizada justamente por ser “teoria” e não teorização?. Leitura essencialmente metafórica está envolta nas considerações de Walter Mignolo em Histórias locais/projetos globais (2003) acerca da dupla natureza da fronteira, geográfica e epistemológica, a fim de sustentar que a teorização epistolar nasce a partir das fronteiras |
id |
CLAEC-1_ff8a60026c0cba5bce12e1bbeffde6e1 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/557 |
network_acronym_str |
CLAEC-1 |
network_name_str |
RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade |
repository_id_str |
|
spelling |
As fronteiras do pensamento nômade: (i/e)mergir para a teorização epistolográficateoria da cartateorizaçãofronteira.A presente explanação desenvolve-se a partir das (MIGNOLO, 2003) cartas publicadas do escritor mineiro Fernando Sabino: Cartas na mesa (2002), Cartas a um jovem escritor e suas respostas (2003) e Cartas perto do coração (2011). Lidas em conjunto e de forma linear as cartas são (des)locadas de seu lócus (abstrato) original, isto é, o espaço intimo da convivência com os amigos. Tal fato já indica relevante característica do texto epistolar sinalizado no título da explanação, “pensamento nômade”, trata-se de uma metáfora fornecida por Brigitte Diaz em seu livro O gênero epistolar ou o pensamento nômade (2016) e que evoca, de forma apropriada, a natureza andarilha das cartas. Uma outra metáfora necessária e que transcende o texto é a das “teorias itinerantes” (MIGNOLO, 2003), sua presença justifica-se ao provocar reflexões em torno da teorização epistolográfica, visto que várias teorias já viajaram por cartas, como a psicanalise, fato que Jacques Derrida em Mal de arquivo (2001) menciona, e as considerações modernistas presente nas cartas de intelectuais como Mário de Andrade. Mas, e a teoria da carta? Terá ela viajado através do texto epistolar? Ou então foi forçada a, tal como um intruso, viajar a reboque nos espaços liminares da teorias européias? Ou, então, sua viajem foi inviabilizada justamente por ser “teoria” e não teorização?. Leitura essencialmente metafórica está envolta nas considerações de Walter Mignolo em Histórias locais/projetos globais (2003) acerca da dupla natureza da fronteira, geográfica e epistemológica, a fim de sustentar que a teorização epistolar nasce a partir das fronteirasEditora CLAEC - Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura2017-12-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/55710.23899/relacult.v3i3.557RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade; v. 3 (2017): Edição Especial - I SEMLACult2525-787010.23899/relacult.v3i3reponame:RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedadeinstname:Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura (CLAEC)instacron:CLAECporhttp://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/557/304Copyright (c) 2017 francine carla de salles cunha rojasinfo:eu-repo/semantics/openAccessrojas, francine carla de salles cunha2019-05-06T01:38:03Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/557Revistahttp://periodicos.claec.org/index.php/relacult/indexONGhttp://periodicos.claec.org/index.php/relacult/oairelacult@claec.org || periodicos@claec.org2525-78702525-7870opendoar:2019-05-06T01:38:03RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade - Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura (CLAEC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
As fronteiras do pensamento nômade: (i/e)mergir para a teorização epistolográfica |
title |
As fronteiras do pensamento nômade: (i/e)mergir para a teorização epistolográfica |
spellingShingle |
As fronteiras do pensamento nômade: (i/e)mergir para a teorização epistolográfica rojas, francine carla de salles cunha teoria da carta teorização fronteira. |
title_short |
As fronteiras do pensamento nômade: (i/e)mergir para a teorização epistolográfica |
title_full |
As fronteiras do pensamento nômade: (i/e)mergir para a teorização epistolográfica |
title_fullStr |
As fronteiras do pensamento nômade: (i/e)mergir para a teorização epistolográfica |
title_full_unstemmed |
As fronteiras do pensamento nômade: (i/e)mergir para a teorização epistolográfica |
title_sort |
As fronteiras do pensamento nômade: (i/e)mergir para a teorização epistolográfica |
author |
rojas, francine carla de salles cunha |
author_facet |
rojas, francine carla de salles cunha |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
rojas, francine carla de salles cunha |
dc.subject.por.fl_str_mv |
teoria da carta teorização fronteira. |
topic |
teoria da carta teorização fronteira. |
description |
A presente explanação desenvolve-se a partir das (MIGNOLO, 2003) cartas publicadas do escritor mineiro Fernando Sabino: Cartas na mesa (2002), Cartas a um jovem escritor e suas respostas (2003) e Cartas perto do coração (2011). Lidas em conjunto e de forma linear as cartas são (des)locadas de seu lócus (abstrato) original, isto é, o espaço intimo da convivência com os amigos. Tal fato já indica relevante característica do texto epistolar sinalizado no título da explanação, “pensamento nômade”, trata-se de uma metáfora fornecida por Brigitte Diaz em seu livro O gênero epistolar ou o pensamento nômade (2016) e que evoca, de forma apropriada, a natureza andarilha das cartas. Uma outra metáfora necessária e que transcende o texto é a das “teorias itinerantes” (MIGNOLO, 2003), sua presença justifica-se ao provocar reflexões em torno da teorização epistolográfica, visto que várias teorias já viajaram por cartas, como a psicanalise, fato que Jacques Derrida em Mal de arquivo (2001) menciona, e as considerações modernistas presente nas cartas de intelectuais como Mário de Andrade. Mas, e a teoria da carta? Terá ela viajado através do texto epistolar? Ou então foi forçada a, tal como um intruso, viajar a reboque nos espaços liminares da teorias européias? Ou, então, sua viajem foi inviabilizada justamente por ser “teoria” e não teorização?. Leitura essencialmente metafórica está envolta nas considerações de Walter Mignolo em Histórias locais/projetos globais (2003) acerca da dupla natureza da fronteira, geográfica e epistemológica, a fim de sustentar que a teorização epistolar nasce a partir das fronteiras |
publishDate |
2017 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2017-12-31 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/557 10.23899/relacult.v3i3.557 |
url |
http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/557 |
identifier_str_mv |
10.23899/relacult.v3i3.557 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/557/304 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2017 francine carla de salles cunha rojas info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2017 francine carla de salles cunha rojas |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Editora CLAEC - Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura |
publisher.none.fl_str_mv |
Editora CLAEC - Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura |
dc.source.none.fl_str_mv |
RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade; v. 3 (2017): Edição Especial - I SEMLACult 2525-7870 10.23899/relacult.v3i3 reponame:RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade instname:Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura (CLAEC) instacron:CLAEC |
instname_str |
Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura (CLAEC) |
instacron_str |
CLAEC |
institution |
CLAEC |
reponame_str |
RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade |
collection |
RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade |
repository.name.fl_str_mv |
RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade - Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura (CLAEC) |
repository.mail.fl_str_mv |
relacult@claec.org || periodicos@claec.org |
_version_ |
1808042488844255232 |