Payout incremental e o modelo de três fatores de Fama e French

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves Confessor, Kliver Lamarthine
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Santos, Joséte Florencio dos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Revista Catarinense da Ciência Contábil (Online)
Texto Completo: https://revista.crcsc.org.br/index.php/CRCSC/article/view/2906
Resumo: Este artigo buscou investigar se o modelo adaptado de Fama e French com a inclusão do fator Payout (F&F com Payout) permitiria melhor compreensão dos retornos das carteiras de companhias listadas na Brasil, Bolsa, Balcão entre o período de 2004 e 2018 do que o modelo de três fatores de Fama e French. O prêmio pelo fator Payout obtido pela diferença dos retornos entre as companhias que pagaram e aquelas que não pagaram Payout Incremental. Dessa forma, o modelo de quatro fatores é definido pela adição deste fator aos fatores prêmio pelo risco de mercado (RM-RF), prêmio pelo fator tamanho da companhia (SMB), definido pelo valor de mercado do patrimônio líquido, e o prêmio pelo fator Book-to-market (HML), que é um índice definido pela relação valor contábil e valor de mercado do patrimônio líquido. Esse modelo de quatro fatores teve seu poder explicativo testado pelo retorno de doze carteiras criadas a partir da ortogonalização de seus fatores de risco. Os resultados sugerem que o modelo de quatro fatores foi mais eficiente do que o modelo de três fatores em explicar o retorno de oito das carteiras formuladas, com destaque para uma capacidade explicativa de mais de 70% para as carteiras de menor valor (small) que não pagam dividendos e que pagam dividendos incrementais. Portanto assume um papel relevante para as decisões de investimentos em carteiras de ações que possuem distribuição de dividendos extremas. Além disso, o fator Payout foi significativo em nove das doze carteiras. Nas carteiras em que não houve pagamento de dividendos, seu impacto foi negativo, implicando dizer que quanto maior o retorno destas carteiras, menor é a probabilidade de existir um prêmio pelo fator Payout. Por sua vez, para as carteiras que pagaram dividendos mínimos e incrementais, existe relação direta com o retorno das carteias. Isto posto, esta pesquisa corrobora com as teorias da relevância dos dividendos de Lintner (1956) e Gordon (1959), na medida em que o modelo desenvolvido é relevante para os estudos de avaliação de portfólios.
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Dessa forma, o modelo de quatro fatores é definido pela adição deste fator aos fatores prêmio pelo risco de mercado (RM-RF), prêmio pelo fator tamanho da companhia (SMB), definido pelo valor de mercado do patrimônio líquido, e o prêmio pelo fator Book-to-market (HML), que é um índice definido pela relação valor contábil e valor de mercado do patrimônio líquido. Esse modelo de quatro fatores teve seu poder explicativo testado pelo retorno de doze carteiras criadas a partir da ortogonalização de seus fatores de risco. Os resultados sugerem que o modelo de quatro fatores foi mais eficiente do que o modelo de três fatores em explicar o retorno de oito das carteiras formuladas, com destaque para uma capacidade explicativa de mais de 70% para as carteiras de menor valor (small) que não pagam dividendos e que pagam dividendos incrementais. Portanto assume um papel relevante para as decisões de investimentos em carteiras de ações que possuem distribuição de dividendos extremas. Além disso, o fator Payout foi significativo em nove das doze carteiras. Nas carteiras em que não houve pagamento de dividendos, seu impacto foi negativo, implicando dizer que quanto maior o retorno destas carteiras, menor é a probabilidade de existir um prêmio pelo fator Payout. Por sua vez, para as carteiras que pagaram dividendos mínimos e incrementais, existe relação direta com o retorno das carteias. Isto posto, esta pesquisa corrobora com as teorias da relevância dos dividendos de Lintner (1956) e Gordon (1959), na medida em que o modelo desenvolvido é relevante para os estudos de avaliação de portfólios.This article sought to investigate whether the model adapted from Fama and French with the inclusion of the Payout factor (F&F with Payout) would allow a better understanding of the returns of the portfolios of companies listed in Brazil, Bolsa, Balcão between 2004 and 2018 than the model of three factors from Fama and French. The Payout factor Award is obtained by calculating the difference in return between the companies that paid and those that did not pay Incremental Payout. Thus, this four-factor model is defined by the addition of this factor to the factors Award for market risk (RM-RF), Award for the size factor of the company (MbS), defined by the market value of equity, and the Premium by the Book-to-market factor ( HML), which is an index defined by the accounting value and market value ratio of equity. This 4-Factor model had its explanatory power tested by the return of 12 portfolios created from the orthogonalization of their risk factors and it was more efficient than the three-factor model in explaining the return of eight of the portfolios formulated, with emphasis on an explanatory capacity of more than 70% for the lower value (small) portfolios that do not pay dividends and pay incremental dividends, therefore assuming a relevant role for the investment decisions in portfolios that have extreme dividend distribution. In addition, the results show that the Payout factor was significant in nine of the twelve portfolios. In portfolios where there was no dividend payment, their impact was negative, implying that the higher the return of these portfolios, the lower the probability of a premium for the Payout factor. In turn, for the portfolios that paid minimum and incremental dividends, there is a direct relationship with the return of the cards. Thus, this study corroborates the theories concerning the relevance of dividends by Lintner (1956) and Gordon (1959).Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina2020-04-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfapplication/octet-streamhttps://revista.crcsc.org.br/index.php/CRCSC/article/view/290610.16930/2237-766220202906Revista Catarinense da Ciência Contábil; v. 19 (2020): RCCC2237-76621808-3781reponame:Revista Catarinense da Ciência Contábil (Online)instname:Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC)instacron:CRCSCporenghttps://revista.crcsc.org.br/index.php/CRCSC/article/view/2906/2160https://revista.crcsc.org.br/index.php/CRCSC/article/view/2906/2161https://revista.crcsc.org.br/index.php/CRCSC/article/view/2906/2165Copyright (c) 2020 REVISTA CATARINENSE DA CIÊNCIA CONTÁBILinfo:eu-repo/semantics/openAccessAlves Confessor, Kliver LamarthineSantos, Joséte Florencio dos2021-05-23T04:00:32Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/2906Revistahttp://www.atena.org.br/revista/ojs-2.2.3-06/index.php/crcscPRIhttp://revista.crcsc.org.br/revista/ojs-2.2.3-06/index.php/CRCSC/oai||revista@crcsc.org.br2237-76621808-3781opendoar:2021-05-23T04:00:32Revista Catarinense da Ciência Contábil (Online) - Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC)false
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