Percepção dos riscos e vitimização de presos do Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Melo, Paulo Henrique Mauricio de
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20619
Resumo: Objetivo: Investigar as condições de saúde e de vida relacionadas à percepção de risco e vitimização de presos sentenciados e custodiados do sistema prisional do Estado do Rio de Janeiro. Material e Método: Foram utilizadas as informações do Estudo das Condições de Saúde e Qualidade de Vida dos Presos e das Condições Ambientais das Unidades Prisionais do Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pelo Departamento de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz (CLAVES/ENSP/FIOCRUZ) realizado em 2012. Definiu-se a percepção de risco e a vitimização como variáveis dicotômicas: se o presidiário se sente em risco em pelo menos uma das opções propostas ou se foi vítima em alguma situação listada, foi considerado, respectivamente, como em risco e vitimizado. Para estudar os fatores associados ao risco e à vitimização foram utilizados modelos logísticos e foi incorporado o desenho amostral utilizado no estudo para ser respeitada a representatividade da pesquisa. Resultados: Após o processo de criação de um modelo logístico para cada desfecho, encontrou-se que o modelo final para o desfecho sobre a sensação de correr risco foi composto pelas variáveis: cor/raça, frequência das visitas, ser tratado de forma inferior por funcionários do presídio por conta de sua condição social, ter filhos, situação conjugal e faixa de idade. Já o modelo final para o desfecho sobre ter sofrido algum tipo de agressão no interior do presídio apresentou as seguintes variáveis: sexo, escolaridade, idade, ser tratado de forma inferior por funcionários do presídio por conta de sua condição de detento, ser tratado de forma inferior por outros detentos do presídio por conta do tipo de crime cometido e cor/raça. Conclusão: Pôde-se observar que há diferença entre as variáveis que compõem e são determinantes para os dois modelos. A principal diferença percebida foi que no primeiro, que trata de uma percepção, a maioria das variáveis que tiveram forte relação com o desfecho, ao longo da análise, estão relacionadas à vida do preso fora do presídio, como por exemplo o fato de ter ou não ter filho, ou seja, situações que mexem com o sentimento e que não estão presentes nas situações que ocorrem no seu dia a dia. Já o segundo modelo, que afere vitimização, é baseado em variáveis que tratam de acontecimentos e fatos da realidade do detento, como ser inferiorizado por outros detentos ou funcionários. Outra diferença encontrada foi em relação a variável sexo, que foi determinante sobre sofrer algum tipo de agressão e não a respeito da sensação de risco.
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spelling Melo, Paulo Henrique Mauricio deAssis, Simone Gonçalves deSilva, Cosme Marcelo Furtado Passos da2017-08-15T14:30:00Z2017-08-15T14:30:00Z2016MELO, Paulo Henrique Mauricio de. Percepção dos riscos e vitimização de presos do Estado do Rio de Janeiro. 2016. 68 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2016.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20619Objetivo: Investigar as condições de saúde e de vida relacionadas à percepção de risco e vitimização de presos sentenciados e custodiados do sistema prisional do Estado do Rio de Janeiro. Material e Método: Foram utilizadas as informações do Estudo das Condições de Saúde e Qualidade de Vida dos Presos e das Condições Ambientais das Unidades Prisionais do Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pelo Departamento de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz (CLAVES/ENSP/FIOCRUZ) realizado em 2012. Definiu-se a percepção de risco e a vitimização como variáveis dicotômicas: se o presidiário se sente em risco em pelo menos uma das opções propostas ou se foi vítima em alguma situação listada, foi considerado, respectivamente, como em risco e vitimizado. Para estudar os fatores associados ao risco e à vitimização foram utilizados modelos logísticos e foi incorporado o desenho amostral utilizado no estudo para ser respeitada a representatividade da pesquisa. Resultados: Após o processo de criação de um modelo logístico para cada desfecho, encontrou-se que o modelo final para o desfecho sobre a sensação de correr risco foi composto pelas variáveis: cor/raça, frequência das visitas, ser tratado de forma inferior por funcionários do presídio por conta de sua condição social, ter filhos, situação conjugal e faixa de idade. Já o modelo final para o desfecho sobre ter sofrido algum tipo de agressão no interior do presídio apresentou as seguintes variáveis: sexo, escolaridade, idade, ser tratado de forma inferior por funcionários do presídio por conta de sua condição de detento, ser tratado de forma inferior por outros detentos do presídio por conta do tipo de crime cometido e cor/raça. Conclusão: Pôde-se observar que há diferença entre as variáveis que compõem e são determinantes para os dois modelos. A principal diferença percebida foi que no primeiro, que trata de uma percepção, a maioria das variáveis que tiveram forte relação com o desfecho, ao longo da análise, estão relacionadas à vida do preso fora do presídio, como por exemplo o fato de ter ou não ter filho, ou seja, situações que mexem com o sentimento e que não estão presentes nas situações que ocorrem no seu dia a dia. Já o segundo modelo, que afere vitimização, é baseado em variáveis que tratam de acontecimentos e fatos da realidade do detento, como ser inferiorizado por outros detentos ou funcionários. Outra diferença encontrada foi em relação a variável sexo, que foi determinante sobre sofrer algum tipo de agressão e não a respeito da sensação de risco.Objective: To investigate the health and living conditions related to risk perception and victimization of sentenced and custody prisoners of the prison system of the State of Rio de Janeiro. Methods: Were used the information from the Study of Health Status and Life Quality of Prisoners and Environmental Conditions of Prison Units of the State of Rio de Janeiro, developed by the Department of Studies on Violence and Jorge Careli, the National School of Public Health Sergio Arouca , the Oswaldo Cruz Foundation (CLAVES / ENSP / FIOCRUZ) carried out in 2012. It defined the risk perception and victimization as dichotomic variables: if the prisoner feels at risk in at least one of the proposed options or if they be the victim in some listed situations was considered respectively as at risk and victimized. To study the factors associated with risk and victimization was used logistic regressions and was incorporated into the sample design used in the study to respect the representativeness of the survey. Results: After the process of creating a logistic model for each outcome, it was found that the final model for the outcome of the feeling at risk included the variables: race / color, frequency of visits, be treated less so by prison officers because of their social status, having children, marital status and age range. Already the final model for the outcome of having suffered some type of aggression inside the prison showed the following variables: gender, education, age, be treated less so by prison officers on account of their detainee status, be treated so lower by other inmates of the prison because of the crime type and color / race. Conclusion: It was observed that there are differences between the variables that compose and are decisive for the two models. The main perceived difference was that in the first, which is a perception, most of the variables that had a strong relationship with the outcome, are related to the life of the prisoner out of prison, such as the fact of having or not having children, circumstances that deal with the feelings that are not present in situations that occur in their day to day. The second model, which measures victimization is based on variables that deal with events and facts of the reality of the prisioner, as being abashed by other inmates or staff. Another difference was found in relation to gender who was crucial to have some kind of aggression and not about the feeling of risk.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porRiscoVitimizaçãoPresídioModelo LogísticoAmostra ComplexaRiskVictimizationPrisonLogistic RegressionComplex SampleVítimas de CrimePrisõesRiscoModelos LogísticosCondições SociaisNível de SaúdeQualidade de VidaPercepção dos riscos e vitimização de presos do Estado do Rio de JaneiroPerception of risks and victimization of prisoners in the State of Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/20619/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALpaulo_henrique_mauricio_melo_ensp_mest_2016.pdfapplication/pdf1475000https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/20619/2/paulo_henrique_mauricio_melo_ensp_mest_2016.pdfb84c99b46abd90936d1ef15b73a92b9fMD52TEXT4.pdf.txt4.pdf.txtExtracted texttext/plain133171https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/20619/3/4.pdf.txt80a5e9bdc2d5f774eec2617690728a92MD53paulo_henrique_mauricio_melo_ensp_mest_2016.pdf.txtpaulo_henrique_mauricio_melo_ensp_mest_2016.pdf.txtExtracted texttext/plain133171https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/20619/4/paulo_henrique_mauricio_melo_ensp_mest_2016.pdf.txt80a5e9bdc2d5f774eec2617690728a92MD54icict/206192023-08-23 12:59:45.934oai:www.arca.fiocruz.br:icict/20619Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-08-23T15:59:45Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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