RADIS: Comunicação e Saúde, número 184, janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24044
Resumo: O jornalista americano Robert Whitaker, que investiga estratégias mercadológicas da indústria de medicamentos, aponta que o aumento do diagnóstico de distúrbios e do uso de drogas psiquiátricas não levou à redução da carga de doenças mentais. “No passado, crianças consideradas ‘difíceis’ eram parte da vida. Agora temos um novo padrão, em que todos temos que estar felizes o tempo todo”, critica. Padronização de comportamentos, patologização e medicalização da vida foram temas do seminário “A Epidemia de Drogas Psiquiátricas: Causas, Danos e Alternativas”, na Fiocruz.Chamou atenção o tratamento da psicose aguda e outros transtornos psiquiátricos na região da Lapônia, Finlândia, relatado pelo professor Jaakko Seikkula, da Universidade de Jyvãskyä. A abordagem adotada, “Diálogo Aberto”, se baseia no uso mínimo de medicação psicótica e na atuação permanente de equipes multiprofissionais de saúde junto com a família e outras redes sociais de cada paciente. Nos momentos de crise, a atenção é intensificada, mas mantém o foco no diálogo com a pessoa e não nos sintomas. Mais de 80% dos indivíduos tratados assim não apresentaram sintomas de psicose nos cinco anos subsequentes ao tratamento, e 85% dos pacientes retomaram sua atividade profissional.Enquanto isso, no Brasil, o Ministério da Saúde pactuou com representantes de gestores de estados e municípios a edição de Portarias para beneficiar financeiramente clínicas e hospitais privados contrários às políticas de saúde mental estabelecidas pela legislação vigente, baseada nos princípios de humanização da Reforma Psiquiátrica.Outro destaque nesta edição é a tuberculose, com reportagem de Liseane Morosini sobre a 48ª Conferência Internacional da União contra a Tuberculose e Doenças Pulmonares, realizada no México. Segundo dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2015, a doença afetou cerca de 10,4 milhões de pessoas no planeta, provocando 1,5 milhão de mortes. Sua redução é um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável pactuados na ONU e tem metas estabelecidas pela OMS, com a participação do Brasil.Especialistas indicam que a estruturação multidisciplinar da atenção básica e investimentos em atenção especializada e inovação tecnológica, associados à melhoria nas condições de vida da população, são determinantes para o combate à tuberculose. Não investir na prevenção gera um custo oito vezes maior, calculam. Mas, com o desmonte do SUS, a fragilização da formação em saúde e a redução dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, para favorecer interesses do mercado, seguimos no sentido oposto.O ataque à produção do conhecimento científico é o mais novo passo na escalada de pensamento e ação, de viés fascista, que nubla aceleradamente a democracia no país, com perseguição a ativistas e movimentos sociais e atos de obscurantismo e censura contra a expressão cultural e artística. Em novembro, um prefeito e dezenas de jagunços impediram de forma ilegal e violenta um seminário na Universidade Federal do Pará, que tornava público estudos sobre impactos socioambientais provocados pela mineradora canadense Belo Sun, na região da hidrelétrica Belo Monte. Em dezembro, a Federação da Agricultura do Estado do Ceará interpelou judicialmente um pesquisador da Fiocruz, por utilizar o termo “veneno”, para se referir aos agrotóxicos consumidos em larga e abusiva escala no Brasil, em detrimento da sustentabilidade ambiental e da saúde humana.Na história, a prática fascista da intimidação, perseguição e segregação de pessoas e grupos populacionais, sob vista grossa ou acobertada pelos poderes que deveriam zelar pelo Estado de direito, construiu regimes de exceção e processos de extermínio.
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A abordagem adotada, “Diálogo Aberto”, se baseia no uso mínimo de medicação psicótica e na atuação permanente de equipes multiprofissionais de saúde junto com a família e outras redes sociais de cada paciente. Nos momentos de crise, a atenção é intensificada, mas mantém o foco no diálogo com a pessoa e não nos sintomas. Mais de 80% dos indivíduos tratados assim não apresentaram sintomas de psicose nos cinco anos subsequentes ao tratamento, e 85% dos pacientes retomaram sua atividade profissional.Enquanto isso, no Brasil, o Ministério da Saúde pactuou com representantes de gestores de estados e municípios a edição de Portarias para beneficiar financeiramente clínicas e hospitais privados contrários às políticas de saúde mental estabelecidas pela legislação vigente, baseada nos princípios de humanização da Reforma Psiquiátrica.Outro destaque nesta edição é a tuberculose, com reportagem de Liseane Morosini sobre a 48ª Conferência Internacional da União contra a Tuberculose e Doenças Pulmonares, realizada no México. Segundo dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2015, a doença afetou cerca de 10,4 milhões de pessoas no planeta, provocando 1,5 milhão de mortes. Sua redução é um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável pactuados na ONU e tem metas estabelecidas pela OMS, com a participação do Brasil.Especialistas indicam que a estruturação multidisciplinar da atenção básica e investimentos em atenção especializada e inovação tecnológica, associados à melhoria nas condições de vida da população, são determinantes para o combate à tuberculose. Não investir na prevenção gera um custo oito vezes maior, calculam. Mas, com o desmonte do SUS, a fragilização da formação em saúde e a redução dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, para favorecer interesses do mercado, seguimos no sentido oposto.O ataque à produção do conhecimento científico é o mais novo passo na escalada de pensamento e ação, de viés fascista, que nubla aceleradamente a democracia no país, com perseguição a ativistas e movimentos sociais e atos de obscurantismo e censura contra a expressão cultural e artística. 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