Cultura, Saúde Mental e Educação Popular: Uma Relação Dialógica na Produção de Cuidado Coletivo entre Mulheres

• Autor(a) principal: Oliveira, Paula Érica Batista de
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/52617
• topic: Cultura; Saúde Mental; Educação Popular; Cuidado; Mulheres; Palavra; Culture; Mental health; Popular Education; Care; Women; Word.

O Brasil do ano 2020 está submerso num processo de perdas imensuráveis decorrentes da pandemia da COVID-19 e que têm impactado diretamente nas populações em situação de maior vulnerabilidade social. Engendrado como nunca numa conjuntura política com práticas genocidas, excludentes e violentas, o cenário brasileiro está propício para a retomada da cultura manicomial, nos impelindo a pensar em novas formas de cuidado no campo da saúde mental. O trabalho aqui apresentado com o tema “Cultura, saúde mental e Educação Popular: uma relação dialógica na produção de cuidado coletivo entre mulheres” trata-se de uma narrativa autobiográfica, simbolizada poeticamente através da palavra (oral e escrita), reproduzida nos diálogos realizados em terapias grupais e individuais entre mulheres atendidas no Espaço Terapics, espaço de cuidado em práticas integrativas e populares em saúde, localizado no município de Currais Novos/RN. Trago como objetivo geral, identificar os impactos da interlocução entre saúde mental, cultura e educação popular no processo de construção do cuidado coletivo de um grupo de mulheres, e como objetivos específicos identificar como as experiências de cuidado dialogam com a cultura e a educação popular, analisar como as práticas de cuidado desenvolvidas contribuem para o protagonismo das mulheres atendidas e analisar como o uso da palavra, em suas mais variadas expressões, contribuiu na promoção do cuidado em saúde dessas mulheres. Através da sistematização realizada, as práticas de cuidado, realizadas por meio de círculos de cultura, foram se desenrolando num bordado delicado, individual e coletivo, onde cada subir e descer da linha seguia o mesmo ritmo, transformando-nos, e provocando um processo libertador de mudança e de protagonismo.