Mecanismos de Morte e Função Ventricular na Fase Crônica da Doença de Chagas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Xavier, Sergio Salles
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Sousa, Andrea Silvestre de, Carvalho Filho, Hecio Affonso de, Holanda, Marcelo Teixeira de, Hasslocher-Moreno, Alejandro Marcel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-437133
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55392
Resumo: Objetivo: Avaliar mecanismos de morte na doença de Chagas (DC) correlacionando com a função ventricular. Métodos: Estudo prospectivo, longitudinal em coorte de 1053 pacientes com DC no período de 03/1990 a 03/2003. Todos foram submetidos a exame clínico, ECG, RX tórax e ECO na admissão. Os óbitos de causa cardíaca decorreram de morte súbita (MS), insuficiência cardíaca (IC) ou evento cardioembólico (AVE). Na análise estatística, utilizaram-se os testes qui-quadrado, t de Student e ANOVA (correção de Bonferroni). Resultados: O tempo médio de acompanhamento foi de 66±43 meses (seguimento completo de 84%). Ocorreram 93 óbitos, 78 (83%) de causa cardíaca: 53 MS, 20 IC e 5 AVE. Ocorreram 6 óbitos (causa nãocardíaca) quando o ECG foi normal e 87 quando foi anormal, 78 de causa cardíaca. MS foi o mecanismo mais freqüente de óbito em todas as faixas de fração de ejeção (FE). Morte por IC só ocorreu na FE <35% com 83% dos óbitos na classe funcional III ou IV com tratamento clínico otimizado. A FE média foi de 25±7% nos que faleceram de IC, 38±16% naqueles com MS; 51±19% naqueles com AVE embólico e de 56±14% nos pacientes com morte não-cardíaca (p<0,0001). Conclusões: Morte cardíaca ocorreu em 83% dos óbitos. MS foi o mecanismo geral de morte mais freqüente em qualquer faixa de FE. Morte por IC só ocorreu na FE <35% em classe funcional III ou IV com tratamento clínico otimizado. AVE presumivelmente embólico foi um mecanismo de morte significativo nos pacientes com função sistólica preservada ou levemente deprimida.
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spelling Xavier, Sergio SallesSousa, Andrea Silvestre deCarvalho Filho, Hecio Affonso deHolanda, Marcelo Teixeira deHasslocher-Moreno, Alejandro Marcel2022-10-27T15:20:30Z2022-10-27T15:20:30Z2006XAVIER, Sergio Salles et al. Mecanismos de Morte e Função Ventricular na Fase Crônica da Doença de Chagas. A Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro, v. 19, n. 3, p. 239-246, 2006.0104-0758https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-437133https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55392Objetivo: Avaliar mecanismos de morte na doença de Chagas (DC) correlacionando com a função ventricular. Métodos: Estudo prospectivo, longitudinal em coorte de 1053 pacientes com DC no período de 03/1990 a 03/2003. Todos foram submetidos a exame clínico, ECG, RX tórax e ECO na admissão. Os óbitos de causa cardíaca decorreram de morte súbita (MS), insuficiência cardíaca (IC) ou evento cardioembólico (AVE). Na análise estatística, utilizaram-se os testes qui-quadrado, t de Student e ANOVA (correção de Bonferroni). Resultados: O tempo médio de acompanhamento foi de 66±43 meses (seguimento completo de 84%). Ocorreram 93 óbitos, 78 (83%) de causa cardíaca: 53 MS, 20 IC e 5 AVE. Ocorreram 6 óbitos (causa nãocardíaca) quando o ECG foi normal e 87 quando foi anormal, 78 de causa cardíaca. MS foi o mecanismo mais freqüente de óbito em todas as faixas de fração de ejeção (FE). Morte por IC só ocorreu na FE <35% com 83% dos óbitos na classe funcional III ou IV com tratamento clínico otimizado. A FE média foi de 25±7% nos que faleceram de IC, 38±16% naqueles com MS; 51±19% naqueles com AVE embólico e de 56±14% nos pacientes com morte não-cardíaca (p<0,0001). Conclusões: Morte cardíaca ocorreu em 83% dos óbitos. MS foi o mecanismo geral de morte mais freqüente em qualquer faixa de FE. Morte por IC só ocorreu na FE <35% em classe funcional III ou IV com tratamento clínico otimizado. AVE presumivelmente embólico foi um mecanismo de morte significativo nos pacientes com função sistólica preservada ou levemente deprimida.Objective: To evaluate death mechanisms in Chagas disease correlating them with ventricular function. Methods: Prospective longitudinal study of a cohort of 1053 Chagas disease patients between March 1990 and March 2003 submitted to clinical examination, ECG, chest X-ray and Echocardiogram on admission. The deaths by cardiac cause were due to sudden death (SD), cardiac insufficiency (CI) or a cardio embolic event. Statistical analysis employed the chi square test, Student’s T-test, and ANOVA (Bonferroni correction). Results: Mean time of follow-up was 66±43 months, (complete follow-up rate of 84%) during which there were 93 deaths: 78 (83%) from cardiac cause: 53 SD, 20 CI, and 5 deaths from encephalic vascular accident (stroke); 6 deaths (non-cardiac cause) occurred among patients with normal electrocardiograms and in 87 patients with abnormal electrocardiograms; 78 of which from cardiac causes. SD was the most frequent death mechanism in all considered ejection fraction (EF) ranges. Death from CI occurred only in patients with EF <35% with 83% of the mortality in functional class III or IV after optimized clinical treatment. Mean ejection fraction was 25±7% in the patients who died from CI, 38±16% in those with SD, 51±19% in those with embolic stroke, and 56±14% in the patients with non-cardiac death (p<0.0001). Conclusions: Cardiac death caused 83% of the deaths. SD was the most frequent death mechanism for any given ejection fraction. Death from CI only occurred in EF <35% in functional class III or IV after optimized clinical treatment. Presumably embolic stroke was a significant death mechanism among the patients with either preserved or slightly depressed systolic function.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal do Rio de Janeiro. Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porDoença de ChagasMecanismo de morteFração de ejeçãoChagas diseaseDeath mechanismEjection fractionMecanismos de Morte e Função Ventricular na Fase Crônica da Doença de ChagasDeath Mechanisms and Ventricular Function in the Chronic Stage of Chagas Diseaseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82991https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/55392/1/license.txt5a560609d32a3863062d77ff32785d58MD51ORIGINALMecanismos de Morte e Função Ventricular na Fase Crônica da Doença de Chagas.pdfMecanismos de Morte e Função Ventricular na Fase Crônica da Doença de Chagas.pdfMain 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