Avaliação da imunoproteção induzida pelas proteínas recombinantes Sm29 e Sm22.6 de Schistosoma mansoni em camundongos primoinfectados e tratados
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12309 |
Resumo: | O desenvolvimento de uma vacina para a esquistossomose, juntamente com a quimioterapia, seria de grande impacto para o controle e eliminação da doença. Nesse sentido, vários antígenos do parasito já foram testados a fim de avaliar a capacidade dos mesmos em induzirem proteção contra a infecção pelo Schistosoma mansoni. Porém, apesar de alguns antígenos apresentarem bons resultados na proteção contra a infecção, esses nunca foram testados em modelos experimentais previamente expostos a antígenos do parasito. No caso da esquistossomose, isso seria importante já que os moradores de áreas endêmicas, população alvo de uma vacina para a doença, passam por repetidas infecções ao longo de suas vidas. Diante dessa necessidade, duas proteínas de tegumento de Schistosoma mansoni, Sm22.6 e Sm29, merecem destaque já que têm sido associadas à resistência à infecção e reinfeção em moradores de áreas endêmicas, e por terem induzido proteção parcial em ensaios envolvendo a imunização de camundongos C57BL/6 naïve. Portanto, este trabalho objetivou avaliar a habilidade das proteínas recombinantes, Sm22.6 e Sm29, em induzirem proteção em animais BALB/c que já tenham sido previamente infectados e tratados. Nós também avaliamos a capacidade das proteínas Sm22.6r e Sm29r em induzirem proteção em camundongos BALB/c naïve, já que nos trabalhos anteriores essas foram testadas em animais da linhagem C57BL/6. Nossos resultados demonstraram que, diferentemente dos trabalhos anteriores, a imunização de animais BALB/c naïve com Sm22.6r ou Sm29r não foi capaz de induzir proteção. Apesar disso, através de um ensaio de imunofluorescência, foi possível observar que os anticorpos produzidos, em resposta à imunização com Sm22.6r ou Sm29r, foram capazes de reconhecer a forma nativa dessas proteínas, na superfície do parasito. A imunização de animais, infectados e tratados, com Sm22.6r+Freund, embora tenha desencadeado uma resposta imune robusta, também não foi capaz de conferir imunidade protetora. Por outro lado, camundongos, infectados/tratados, imunizados com Sm29r+Freund apresentaram significativa redução da carga parasitária (proteção de 26%-48%) após três doses da vacina. Esta formulação vacinal induziu uma produção significativa das citocinas IL-2, IFN-γ, IL-17 e IL-4; uma resposta humoral vigorosa com produção de IgG, IgG1, IgG2a e IgE específicos; e um aumento significativo no percentual de células TCD4+ de memória central. Os adjuvantes Alum e MPL também foram formulados juntamente com a Sm29r. Os resultados demonstraram que somente a formulação vacinal Sm29r+Alum foi capaz de conferir proteção (29%-37%), desencadeando uma produção significativa de IL-2, IL-17 e IL-10, e um aumento do percentual de células TCD4+ produtoras de IFN-γ. Além disso, esses animais apresentaram níveis significativos de anticorpos específicos IgG, IgG1, IgG2a e IgE e um aumento significativo no percentual de células B de memória. Nossos resultados confirmam o papel imunoprotetor da proteína Sm29r, reforçando seu potencial como candidata vacinal. |
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Alves, Clarice CarvalhoOliveira, Sérgio CostaFonseca, Cristina ToscanoOliveira, Sérgio CostaCarvalho, Andrea Teixeira deJangola, Soraya Torres GazeGeiger, Stefan MichaelCorrêa, Deborah Aparecida NegrãoPereira, Rosiane Aparecida da SilvaFonseca, Cristina Toscano2015-11-23T13:09:40Z2015-11-23T13:09:40Z2015ALVES, Clarice Carvalho. Avaliação da imunoproteção induzida pelas proteínas recombinantes Sm29 e Sm22.6 de Schistosoma mansoni em camundongos primoinfectados e tratados. 2015. 96 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde com Concentração em Biologia Molecular e Celular)-Centro de Pesquisa René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2015.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12309O desenvolvimento de uma vacina para a esquistossomose, juntamente com a quimioterapia, seria de grande impacto para o controle e eliminação da doença. Nesse sentido, vários antígenos do parasito já foram testados a fim de avaliar a capacidade dos mesmos em induzirem proteção contra a infecção pelo Schistosoma mansoni. Porém, apesar de alguns antígenos apresentarem bons resultados na proteção contra a infecção, esses nunca foram testados em modelos experimentais previamente expostos a antígenos do parasito. No caso da esquistossomose, isso seria importante já que os moradores de áreas endêmicas, população alvo de uma vacina para a doença, passam por repetidas infecções ao longo de suas vidas. Diante dessa necessidade, duas proteínas de tegumento de Schistosoma mansoni, Sm22.6 e Sm29, merecem destaque já que têm sido associadas à resistência à infecção e reinfeção em moradores de áreas endêmicas, e por terem induzido proteção parcial em ensaios envolvendo a imunização de camundongos C57BL/6 naïve. Portanto, este trabalho objetivou avaliar a habilidade das proteínas recombinantes, Sm22.6 e Sm29, em induzirem proteção em animais BALB/c que já tenham sido previamente infectados e tratados. Nós também avaliamos a capacidade das proteínas Sm22.6r e Sm29r em induzirem proteção em camundongos BALB/c naïve, já que nos trabalhos anteriores essas foram testadas em animais da linhagem C57BL/6. Nossos resultados demonstraram que, diferentemente dos trabalhos anteriores, a imunização de animais BALB/c naïve com Sm22.6r ou Sm29r não foi capaz de induzir proteção. Apesar disso, através de um ensaio de imunofluorescência, foi possível observar que os anticorpos produzidos, em resposta à imunização com Sm22.6r ou Sm29r, foram capazes de reconhecer a forma nativa dessas proteínas, na superfície do parasito. A imunização de animais, infectados e tratados, com Sm22.6r+Freund, embora tenha desencadeado uma resposta imune robusta, também não foi capaz de conferir imunidade protetora. Por outro lado, camundongos, infectados/tratados, imunizados com Sm29r+Freund apresentaram significativa redução da carga parasitária (proteção de 26%-48%) após três doses da vacina. Esta formulação vacinal induziu uma produção significativa das citocinas IL-2, IFN-γ, IL-17 e IL-4; uma resposta humoral vigorosa com produção de IgG, IgG1, IgG2a e IgE específicos; e um aumento significativo no percentual de células TCD4+ de memória central. Os adjuvantes Alum e MPL também foram formulados juntamente com a Sm29r. Os resultados demonstraram que somente a formulação vacinal Sm29r+Alum foi capaz de conferir proteção (29%-37%), desencadeando uma produção significativa de IL-2, IL-17 e IL-10, e um aumento do percentual de células TCD4+ produtoras de IFN-γ. Além disso, esses animais apresentaram níveis significativos de anticorpos específicos IgG, IgG1, IgG2a e IgE e um aumento significativo no percentual de células B de memória. Nossos resultados confirmam o papel imunoprotetor da proteína Sm29r, reforçando seu potencial como candidata vacinal.The development of a vaccine against schistosomiasis together with chemotherapy would have a great impact in the disease control and elimination. In this sense, several parasite antigens have been tested in order to assess its ability to induce protection against Schistosoma mansoni infection. Despite the great results observed after mice immunization with those antigens, they have never been tested in mice previously exposed to the parasite antigens. In the case of schistosomiasis, this is an important assessment to be done, since the residents of endemic areas, target population of a schistosomiasis vaccine, are exposed to several infections through life. In this context, two parasite tegument proteins, Sm22.6 and Sm29, are promising candidates, that have been associated with resistance to infection and reinfection in individuals living in endemic areas, and also induce partial protection against schistosomiasis in immunization trials using C57BL/6 naïve mice. Therefore, this work aimed to evaluate Sm22.6r and Sm29r ability to induce protection in BALB/c mice previously infected with S. mansoni and treated with Praziquantel. We also evaluated the Sm22.6r and Sm29r ability to induce protection in BALB/c naïve mice, since, previous studies were performed in C57BL/6 strain. Unlike previous works, our results showed that neither immunization with Sm29r nor immunization with Sm22.6r induced reduction in parasite burden in BALB/c naïve mice. Nevertheless, an immunofluorescence staining assay demonstrated that antibodies produced in response to mice immunization with rSm22.6 or rSm29 were able to recognize the native proteins in the parasite surface. In infected and treated mice, the immunization with Sm22.6r plus Freund failed to induce protection, despite the robust immune response observed. In the other hand, infected and treated mice, immunized with Sm29r+Freund, presented a significant reduction in parasite burden (26%- 48% of protection). This immunization trial induced a significant production of IL-2, IFN-γ, IL-17 and IL-4 cytokines; a vigorous humoral response with a production of increased levels of specific IgG, IgG1, IgG2a and IgE antibodies; and a significant increase in the percentage of TCD4+ memory cells. Sm29r were also formulated with Alum and MPL adjuvants. The results of trials using these formulations demonstrated that only Sm29r+Alum vaccine formulation was able to confer protection (29%-37%), inducing a significant production of IL-2, IL-17 and IL-10 cytokines, and an increase in the percentage of TCD4+ IFN-γ + cells. Moreover, these animals produced higher levels of specific IgG, IgG1, IgG2a and IgE, and a significant increase in the percentage of B memory cells. Our results demonstrated that Sm29r retains its ability to induce protection in previously infected/treated mice, reinforcing its potential as a vaccine candidate.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.porEsquistossomose mansoniVacinasImunologiaParasitologiaUso terapêuticoAvaliação da imunoproteção induzida pelas proteínas recombinantes Sm29 e Sm22.6 de Schistosoma mansoni em camundongos primoinfectados e tratadosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2015Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René RachouBelo Horizonte/MGPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82991https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12309/1/license.txt5a560609d32a3863062d77ff32785d58MD51ORIGINALTese_BCM_ClariceCarvalhoAlves.pdfTese_BCM_ClariceCarvalhoAlves.pdfapplication/pdf3366605https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12309/2/Tese_BCM_ClariceCarvalhoAlves.pdf500faa250a99b7c383180d2bec4de2e8MD52TEXTTese_BCM_ClariceCarvalhoAlves.pdf.txtTese_BCM_ClariceCarvalhoAlves.pdf.txtExtracted texttext/plain211282https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12309/3/Tese_BCM_ClariceCarvalhoAlves.pdf.txt1c66cb7a7f169fea080d6e9205658ae5MD53icict/123092019-09-09 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