Avaliação da imunoproteção induzida em camundongos pelo tegumento de esquistossômulo do Schistosoma mansoni
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34601 |
Resumo: | Segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO), atualmente 200 milhões de pessoas estão infectadas por espécies do gênero Schistosoma em 76 países do mundo causando 250.000 mortes por ano. No Brasil, o Schistosoma mansoni é o responsável pela infecção de aproximadamente 5.48% da população. Uma vacina como uma medida profilática, administrada sozinha ou em combinação com drogas anti-helmínticas, seria importante para o controle da esquistossomose. Um antígeno potencial para compor uma vacina anti-esquistossomótica é o tegumento de esquistossômulo do S. mansoni. O tegumento representa a interface parasito-hospedeiro e o esquistossômulo é o primeiro estágio a entrar em contato com o sistema imune do hospedeiro, e o mais susceptível. Recentemente, nosso grupo demonstrou que o tegumento de esquistossômulo do S. mansoni é capaz de ativar células dendríticas levando a um aumento na expressão de CD40 e CD86 e na produção de IL-12 e TNF-α. O presente trabalho avaliou a imunoproteção induzida em camundongos pelo tegumento de esquistossômulos do S. mansoni. Foram vacinados dez camundongos no grupo experimental e 10 camundongos no grupo controle. De 15 em 15 dias, o sangue desses animais foi retirado para avaliar, por ELISA, a produção de anticorpos específicos. Trinta dias após a terceira dose os camundongos foram infectados com 100 cercárias do S. mansoni e 50 dias após a infecção desafio, os animais foram perfundidos para avaliar o nível de proteção induzida pela imunização. Dois dias antes da perfusão realizou-se o exame de fezes utilizando-se duas metodologias: HPJ e Eclosão de Miracídios. O intestino e fígado dos camundongos imunizados foram retirados após a perfusão, pesados e digeridos com KOH 10% e o número de ovos presentes nestes órgãos foi determinado por microscopia óptica. Para avaliar a interferência da vacinação na patologia da esquistossomose, foram realizadas análises do número de granulomas/mm2 e das áreas dos granulomas exsudativo-produtivo hepáticos. E para observar a morfologia e o comportamento dos casais de vermes bem como a viabilidade dos ovos foi realizado um estudo in vitro, no qual, casais de vermes foram corados com a sonda Hoechst 33258 ou colocados em cultura por sete dias para observação da oviposição. Para observar o perfil de resposta imune induzido pelas imunizações, camundongos imunizados foram eutanasiados e o baço foi retirado para cultura de esplenócitos, foram dosadas as citocinas IFN-, TNF-α, IL-10 e IL-4 no sobrenadante de cultura e intracitoplasmáticas por marcação de CD4+ e CD8+. A imunização com Smteg resultou na produção de níveis significativos de IgG, IgG1 e IgG2c específicos a partir da segunda dose da vacina. Os níveis destes anticorpos se mantiveram elevados até 50 dias após a infecção desafio. No grupo de camundongos imunizados com Smteg observou-se uma redução de 43% a 48% no número de vermes adultos; 64% no número de ovos/grama de fígado e intestino, 59% a 60% (HPJ); 72%- 73% (eclosão de miracídio) no número de ovos/grama de fezes e de 41% no número de granuloma no fígado e intestino em relação ao grupo inoculado com PBS +CFA/IFA. Não foi observado nenhum efeito da imunização com Smteg sobre a fecundidade da fêmea do S. mansoni, nem sobre a área do granuloma hepático. Em um experimento, ex vivo, os vermes provenientes de camundongos vacinados com Smteg + CFA/IFA apresentaram danos no tegumento, além de uma interferência na oviposição com baixo número de ovos, os mesmos mortos ou inviáveis. Os camundongos imunizados com Smteg produziram níveis significativos de INF- e IL-10 em relação aos camundongos inoculados com PBS, demonstrando que a imunização induz um perfil de resposta predominantemente Th1. Esses resultados indicam que o tegumento do esquistossômulo do S. mansoni é um forte candidato vacinal. |
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Melo, Tatiane Teixeira deCoelho, Paulo Marcos ZechFonseca, Cristina ToscanoPaulo Marcos Zech, CoelhoCarvalho, Andréa Teixeira deFujiwara, Ricardo ToshioFonseca, Cristina Toscano2019-08-05T13:06:06Z2019-08-05T13:06:06Z2010MELO, Tatiane Teixeira. Avaliação da imunoproteção induzida em camundongos pelo tegumento de esquistossomulo do Schistosoma mansoni. 2010. 120 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Centro de Pesquisa Rene Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2010.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34601Segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO), atualmente 200 milhões de pessoas estão infectadas por espécies do gênero Schistosoma em 76 países do mundo causando 250.000 mortes por ano. No Brasil, o Schistosoma mansoni é o responsável pela infecção de aproximadamente 5.48% da população. Uma vacina como uma medida profilática, administrada sozinha ou em combinação com drogas anti-helmínticas, seria importante para o controle da esquistossomose. Um antígeno potencial para compor uma vacina anti-esquistossomótica é o tegumento de esquistossômulo do S. mansoni. O tegumento representa a interface parasito-hospedeiro e o esquistossômulo é o primeiro estágio a entrar em contato com o sistema imune do hospedeiro, e o mais susceptível. Recentemente, nosso grupo demonstrou que o tegumento de esquistossômulo do S. mansoni é capaz de ativar células dendríticas levando a um aumento na expressão de CD40 e CD86 e na produção de IL-12 e TNF-α. O presente trabalho avaliou a imunoproteção induzida em camundongos pelo tegumento de esquistossômulos do S. mansoni. Foram vacinados dez camundongos no grupo experimental e 10 camundongos no grupo controle. De 15 em 15 dias, o sangue desses animais foi retirado para avaliar, por ELISA, a produção de anticorpos específicos. Trinta dias após a terceira dose os camundongos foram infectados com 100 cercárias do S. mansoni e 50 dias após a infecção desafio, os animais foram perfundidos para avaliar o nível de proteção induzida pela imunização. Dois dias antes da perfusão realizou-se o exame de fezes utilizando-se duas metodologias: HPJ e Eclosão de Miracídios. O intestino e fígado dos camundongos imunizados foram retirados após a perfusão, pesados e digeridos com KOH 10% e o número de ovos presentes nestes órgãos foi determinado por microscopia óptica. Para avaliar a interferência da vacinação na patologia da esquistossomose, foram realizadas análises do número de granulomas/mm2 e das áreas dos granulomas exsudativo-produtivo hepáticos. E para observar a morfologia e o comportamento dos casais de vermes bem como a viabilidade dos ovos foi realizado um estudo in vitro, no qual, casais de vermes foram corados com a sonda Hoechst 33258 ou colocados em cultura por sete dias para observação da oviposição. Para observar o perfil de resposta imune induzido pelas imunizações, camundongos imunizados foram eutanasiados e o baço foi retirado para cultura de esplenócitos, foram dosadas as citocinas IFN-, TNF-α, IL-10 e IL-4 no sobrenadante de cultura e intracitoplasmáticas por marcação de CD4+ e CD8+. A imunização com Smteg resultou na produção de níveis significativos de IgG, IgG1 e IgG2c específicos a partir da segunda dose da vacina. Os níveis destes anticorpos se mantiveram elevados até 50 dias após a infecção desafio. No grupo de camundongos imunizados com Smteg observou-se uma redução de 43% a 48% no número de vermes adultos; 64% no número de ovos/grama de fígado e intestino, 59% a 60% (HPJ); 72%- 73% (eclosão de miracídio) no número de ovos/grama de fezes e de 41% no número de granuloma no fígado e intestino em relação ao grupo inoculado com PBS +CFA/IFA. Não foi observado nenhum efeito da imunização com Smteg sobre a fecundidade da fêmea do S. mansoni, nem sobre a área do granuloma hepático. Em um experimento, ex vivo, os vermes provenientes de camundongos vacinados com Smteg + CFA/IFA apresentaram danos no tegumento, além de uma interferência na oviposição com baixo número de ovos, os mesmos mortos ou inviáveis. Os camundongos imunizados com Smteg produziram níveis significativos de INF- e IL-10 em relação aos camundongos inoculados com PBS, demonstrando que a imunização induz um perfil de resposta predominantemente Th1. Esses resultados indicam que o tegumento do esquistossômulo do S. mansoni é um forte candidato vacinal.According to the World Health Organization (WHO), currently 200 million people are infected by Schistosoma species in 76 countries wo rldwide, causing 250.000 deaths per year. In Brazil, 5,48% of the population are infected by Schistosoma mansoni. The vaccination as a prophylactic measure, administered alone or with anti-helminthic drugs in association, would be important for the control schistosomiasis. A potential antigen to compose a vaccine is the S. mansoni schistossomula tegument. The tegument represent the parasite-host interface and schistosomula is the first stage to be come in contact with the host immune system and the most susceptible life stage. Recently, our group demonstrated that the schistosomula tegument of S. mansoni is able to activate dendritic cells leading to an increase in expression of CD40 and CD86 molecules on DC surface and production of IL-12 and TNF-α. The present work evaluated the immuneprotection induced by Schistosoma mansoni schistosomules tegument immunization in mice. Ten mice of the experimental group were vaccinated, as well as 10 mice of the control group. During the entire immunization protocol with a 15-days interval, blood samples of these animals was collected in order to evaluate the production of specific antibodies by ELISA. Thirty days after the third dose, mice were infected with 100 S. mansoni cercariae, and 50 days after challenge infection the animals were perfused for accessment of the level of protection by immunization. Two days before perfusion, a stool examination was carried out using two methodologies: HPJ and Miracidia Eclosion. The intestine and liver of the immunized mice were collected after perfusion, weighed and digeste d with 10% KOH, and the number of eggs present in these organs was determined under optical microscopy. In order to determine the interference of vaccination in the schistosomiasis pathology, analyses of the number of granuloma/mm2 and of the areas of hepatic exsudative-productive granuloma were performed. To access the morphology and the behavior of the worm pairs, as well as eggs viability, an in vitro study was carried out. In this study, the worm pairs were stained with Hoechst 33258 probe, or cultured for 7 days to observe oviposition. To analyse the profile of immune response induced by Smteg, immunized mice were euthanized and the spleen removed for culture of plenocytes. IFN-, TNF-α, IL-10 and IL-4 production were measured in the culture supernatant and intracytoplasmic by cytokine staining in CD4+ and CD8+ cells. Immunization with Smteg elicited significant production of specific IgG, IgG1 and IgG2c since the second dose of the vaccine. Significantly levels of specific antibodies were detected in Smteg immunization group until to 50 days after challenge infection. In the group of mice immunized with Smteg, a reduction of 43% a 48% in the number of adult; 64% in the number of eggs/g in the liver and intestine; 59%- 60% (HPJ); 72%-73% (Ecosion of Miracidia) in the number of eggs/miracidia of feces, and 64% in the number of granuloma in the liver was observed compared to control groups. We did not observe any effect of Smteg immunization fecundity female or on the area of the hepatic granuloma. In an ex vivo analyse, the worms obtained from mice immunization with Smteg + CFA /IFA presented tegumental damages, and an empaired oviposition with low numbers of eggs dead or non viables. Mice immunized with Smteg produced significant IFN-g and IL-10 levels compared to mice inoculated with PBS, demonstrating that immunization induces a predominantly Th1 profile of immune responses. These results indicated S. mansoni schistosomula tegument as a potential candidate to be used in a future vaccine formulation.FIOCRUZ, FAPEMIG e CNPqFundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.porEsquistossomose mansoniEsquistossomose mansoni/ImunologiaSchistosoma mansoni/ParasitologiaVacinas/ImunologiaAvaliação da imunoproteção induzida em camundongos pelo tegumento de esquistossômulo do Schistosoma mansoniinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2010Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Rene Rachou. Belo Horizonte, MG, BrasilUniversidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG, BrasilMestrado AcadêmicoBelo Horizonte/MGFundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa René Rachou. Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83082https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34601/1/license.txt9193a7c197bc67acd023525e72a03240MD51ORIGINALD_Tatiane Teixeira de Melo.pdfD_Tatiane Teixeira de Melo.pdfapplication/pdf1105731https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34601/2/D_Tatiane%20Teixeira%20de%20Melo.pdfc90cea2972391e41310699aa98cfae25MD52TEXTD_Tatiane Teixeira de Melo.pdf.txtD_Tatiane Teixeira de Melo.pdf.txtExtracted texttext/plain176900https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34601/3/D_Tatiane%20Teixeira%20de%20Melo.pdf.txt6b3e03f2694f100cf0f78db141b2ebb4MD53icict/346012019-09-09 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Esquistossomose mansoni/Imunologia Schistosoma mansoni/Parasitologia Vacinas/Imunologia |
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Segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO), atualmente 200 milhões de pessoas estão infectadas por espécies do gênero Schistosoma em 76 países do mundo causando 250.000 mortes por ano. No Brasil, o Schistosoma mansoni é o responsável pela infecção de aproximadamente 5.48% da população. Uma vacina como uma medida profilática, administrada sozinha ou em combinação com drogas anti-helmínticas, seria importante para o controle da esquistossomose. Um antígeno potencial para compor uma vacina anti-esquistossomótica é o tegumento de esquistossômulo do S. mansoni. O tegumento representa a interface parasito-hospedeiro e o esquistossômulo é o primeiro estágio a entrar em contato com o sistema imune do hospedeiro, e o mais susceptível. Recentemente, nosso grupo demonstrou que o tegumento de esquistossômulo do S. mansoni é capaz de ativar células dendríticas levando a um aumento na expressão de CD40 e CD86 e na produção de IL-12 e TNF-α. O presente trabalho avaliou a imunoproteção induzida em camundongos pelo tegumento de esquistossômulos do S. mansoni. Foram vacinados dez camundongos no grupo experimental e 10 camundongos no grupo controle. De 15 em 15 dias, o sangue desses animais foi retirado para avaliar, por ELISA, a produção de anticorpos específicos. Trinta dias após a terceira dose os camundongos foram infectados com 100 cercárias do S. mansoni e 50 dias após a infecção desafio, os animais foram perfundidos para avaliar o nível de proteção induzida pela imunização. Dois dias antes da perfusão realizou-se o exame de fezes utilizando-se duas metodologias: HPJ e Eclosão de Miracídios. O intestino e fígado dos camundongos imunizados foram retirados após a perfusão, pesados e digeridos com KOH 10% e o número de ovos presentes nestes órgãos foi determinado por microscopia óptica. Para avaliar a interferência da vacinação na patologia da esquistossomose, foram realizadas análises do número de granulomas/mm2 e das áreas dos granulomas exsudativo-produtivo hepáticos. E para observar a morfologia e o comportamento dos casais de vermes bem como a viabilidade dos ovos foi realizado um estudo in vitro, no qual, casais de vermes foram corados com a sonda Hoechst 33258 ou colocados em cultura por sete dias para observação da oviposição. Para observar o perfil de resposta imune induzido pelas imunizações, camundongos imunizados foram eutanasiados e o baço foi retirado para cultura de esplenócitos, foram dosadas as citocinas IFN-, TNF-α, IL-10 e IL-4 no sobrenadante de cultura e intracitoplasmáticas por marcação de CD4+ e CD8+. A imunização com Smteg resultou na produção de níveis significativos de IgG, IgG1 e IgG2c específicos a partir da segunda dose da vacina. Os níveis destes anticorpos se mantiveram elevados até 50 dias após a infecção desafio. No grupo de camundongos imunizados com Smteg observou-se uma redução de 43% a 48% no número de vermes adultos; 64% no número de ovos/grama de fígado e intestino, 59% a 60% (HPJ); 72%- 73% (eclosão de miracídio) no número de ovos/grama de fezes e de 41% no número de granuloma no fígado e intestino em relação ao grupo inoculado com PBS +CFA/IFA. Não foi observado nenhum efeito da imunização com Smteg sobre a fecundidade da fêmea do S. mansoni, nem sobre a área do granuloma hepático. Em um experimento, ex vivo, os vermes provenientes de camundongos vacinados com Smteg + CFA/IFA apresentaram danos no tegumento, além de uma interferência na oviposição com baixo número de ovos, os mesmos mortos ou inviáveis. Os camundongos imunizados com Smteg produziram níveis significativos de INF- e IL-10 em relação aos camundongos inoculados com PBS, demonstrando que a imunização induz um perfil de resposta predominantemente Th1. Esses resultados indicam que o tegumento do esquistossômulo do S. mansoni é um forte candidato vacinal. |
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MELO, Tatiane Teixeira. Avaliação da imunoproteção induzida em camundongos pelo tegumento de esquistossomulo do Schistosoma mansoni. 2010. 120 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Centro de Pesquisa Rene Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2010. |
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