Caracterização fenotípica e molecular de isolados clínicos de Sporothrix spp. provenientes de gatos do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Boechat, Jéssica Sepulveda
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25120
Resumo: Esporotricose é uma micose subcutânea, causada por espécies do complexo Sporothrix, que infectam o ser humano e diferentes espécies animais, principalmente os gatos. Desde 1998 ocorre uma epidemia desta micose no Rio de Janeiro que vem acometendo seres humanos, cães e gatos. No período de 1998 a 2012 foram diagnosticados no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI)/Fiocruz aproximadamente 4.000 casos felinos. É a primeira epidemia desta micose sob a forma de zoonose descrita na literatura, cuja transmissão ocorre através da arranhadura, mordedura e/ou contato com gatos doentes, sendo que cerca de 4.000 casos humanos foram diagnosticados no INI até o ano de 2012. Os gatos são muito susceptíveis a essa doença e os principais sinais clínicos observados são a presença de lesões cutâneas ulceradas, que em aproximadamente 40% dos casos são múltiplas e ocorrem em mais de três localizações anatômicas. Os isolados felinos têm sido classificados como Sporothrix schenckii ao longo da epidemia. Em estudos realizados em seres humanos com esporotricose, provenientes do Rio de Janeiro, foram identificadas espécies do complexo Sporothrix, por meio de caracterização fenotípica e molecular, onde foi possível observar um predomínio da espécie S. brasiliensis. Até o momento, apenas 15 isolados clínicos de gatos com esporotricose provenientes do Rio de Janeiro foram caracterizados, sendo todos S. brasiliensis. Entretanto, estudos que envolvam a caracterização dos isolados clínicos felinos e a associação desses com as características clínicas e epidemiológicas dos gatos ainda não haviam sido realizados. Os objetivos deste estudo foram caracterizar os isolados clínicos a nível de espécie dentro do complexo Sporothrix e correlacionar as espécies do complexo Sporothrix com as características clínicas e epidemiológicas dos gatos Foram incluídos no estudo 47 isolados de Sporothrix spp armazenados no Laboratório de Micologia do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI)/Fiocruz e provenientes de gatos participantes de um ensaio clínico realizado no Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatozoonoses em Animais Domésticos (Lapclin-Dermzoo) do INI/Fiocruz, no período de 2006 a 2010. Esses isolados foram identificados através de suas características morfofisiológicas, bem como através do perfil de assimilação de carboidratos (sacarose e rafinose). Também foram utilizadas metodologias aplicadas a ácidos nucléicos, como a PCR fingerprinting. Nos testes fenotípicos 35 isolados foram caracterizados como S. brasiliensis e 12 não apresentaram perfil compatível com nenhuma espécie do complexo, sendo então classificadas como Sporothrix spp. As cepas controle na PCR T3B fingerprinting demonstraram perfis de bandas bastante distintas, o que permitiu que 47 isolados fossem caracterizados como S. brasiliensis. Não houve associação entre as cepas que apresentaram genótipo diferenciado da caracterização molecular, com os sinais clínicos apresentados pelos animais. Concluímos que S. brasiliensis é o agente etiológico dos casos de esporotricose felina no Rio de Janeiro, uma vez que, até o momento foi a única espécie identificada e que é fundamental a utilização de técnicas fenotípicas em conjunto com as técnicas moleculares para caracterização das espécies do complexo Sporothrix
id CRUZ_14338ac091cdfd4e675b2b593e49872f
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/25120
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Boechat, Jéssica SepulvedaPereira, Sandro AntonioPacheco, Tânia Maria Valente2018-03-07T14:17:58Z2018-03-07T14:17:58Z2015BOECHAT, Jéssica Sepulveda. Caracterização fenotípica e molecular de isolados clínicos de Sporothrix spp. provenientes de gatos do Rio de Janeiro. 2015. 59 f. Dissertação (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Rio de Janeiro, 2015.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25120Esporotricose é uma micose subcutânea, causada por espécies do complexo Sporothrix, que infectam o ser humano e diferentes espécies animais, principalmente os gatos. Desde 1998 ocorre uma epidemia desta micose no Rio de Janeiro que vem acometendo seres humanos, cães e gatos. No período de 1998 a 2012 foram diagnosticados no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI)/Fiocruz aproximadamente 4.000 casos felinos. É a primeira epidemia desta micose sob a forma de zoonose descrita na literatura, cuja transmissão ocorre através da arranhadura, mordedura e/ou contato com gatos doentes, sendo que cerca de 4.000 casos humanos foram diagnosticados no INI até o ano de 2012. Os gatos são muito susceptíveis a essa doença e os principais sinais clínicos observados são a presença de lesões cutâneas ulceradas, que em aproximadamente 40% dos casos são múltiplas e ocorrem em mais de três localizações anatômicas. Os isolados felinos têm sido classificados como Sporothrix schenckii ao longo da epidemia. Em estudos realizados em seres humanos com esporotricose, provenientes do Rio de Janeiro, foram identificadas espécies do complexo Sporothrix, por meio de caracterização fenotípica e molecular, onde foi possível observar um predomínio da espécie S. brasiliensis. Até o momento, apenas 15 isolados clínicos de gatos com esporotricose provenientes do Rio de Janeiro foram caracterizados, sendo todos S. brasiliensis. Entretanto, estudos que envolvam a caracterização dos isolados clínicos felinos e a associação desses com as características clínicas e epidemiológicas dos gatos ainda não haviam sido realizados. Os objetivos deste estudo foram caracterizar os isolados clínicos a nível de espécie dentro do complexo Sporothrix e correlacionar as espécies do complexo Sporothrix com as características clínicas e epidemiológicas dos gatos Foram incluídos no estudo 47 isolados de Sporothrix spp armazenados no Laboratório de Micologia do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI)/Fiocruz e provenientes de gatos participantes de um ensaio clínico realizado no Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatozoonoses em Animais Domésticos (Lapclin-Dermzoo) do INI/Fiocruz, no período de 2006 a 2010. Esses isolados foram identificados através de suas características morfofisiológicas, bem como através do perfil de assimilação de carboidratos (sacarose e rafinose). Também foram utilizadas metodologias aplicadas a ácidos nucléicos, como a PCR fingerprinting. Nos testes fenotípicos 35 isolados foram caracterizados como S. brasiliensis e 12 não apresentaram perfil compatível com nenhuma espécie do complexo, sendo então classificadas como Sporothrix spp. As cepas controle na PCR T3B fingerprinting demonstraram perfis de bandas bastante distintas, o que permitiu que 47 isolados fossem caracterizados como S. brasiliensis. Não houve associação entre as cepas que apresentaram genótipo diferenciado da caracterização molecular, com os sinais clínicos apresentados pelos animais. Concluímos que S. brasiliensis é o agente etiológico dos casos de esporotricose felina no Rio de Janeiro, uma vez que, até o momento foi a única espécie identificada e que é fundamental a utilização de técnicas fenotípicas em conjunto com as técnicas moleculares para caracterização das espécies do complexo SporothrixSporotrichosis is a subcutaneous mycosis caused by the Sporothrix species complex, which infect human and several animal species, particularly cats. Since 1998 there is an epidemic of this mycosis in Rio de Janeiro that is affecting humans, dogs and cats. Between 1998-2012 more than 4.000 cases from cats were diagnosed at the National Institute of Infectious Diseases Evandro Chagas (INI)/Fiocruz. It is the first epidemic of this mycosis in the form of zoonosis described in the literature, where the transmission occurs through the scratch, bite and / or contact with sick cats, with more than 4,000 human cases were diagnosed at the INI until 2012. Cats are very susceptible to the infection and the main clinical signs are the presence of ulcerated skin lesions that in approximately 40% of cases are multiple and occur in more than three anatomical locations. Isolates from cats have been classified as Sporothrix schenckii along the epidemic. In studies with human beings, from Rio de Janeiro, Sporothrix complex species were identified by phenotypic and molecular characterization, being possible to observe a predominance of S. brasiliensis species. To date, only one study identified 15 clinical isolates from cats of Rio de Janeiro as S. brasiliensis. However, studies involving the characterization of clinical isolates from cats and the association with the clinical and epidemiological characteristics of the animals have not been realized. The objectives of this study were to characterize the clinical isolates to the species level within the complex Sporothrix and correlating the species of Sporothrix complex with the clinical and epidemiological characteristics of the cats The study included 47 isolates of Sporothrix spp stored in the Mycology Laboratory of National Institute of Infectious Diseases Evandro Chagas (INI)/Fiocruz and from participating cats in a clinical trial conducted at the Clinical Research Laboratory dermatozoonoses in Domestic Animals INI / Fiocruz. These isolates were identified by their morphological and physiological characteristics as well as through the carbohydrate assimilation profile (sucrose and raffinose). Also, methodologies applied to nucleic acids were used, such as the PCR fingerprinting. In phenotypic testing, 35 isolates were characterized as S. brasiliensis, one as S. schenckii and 11 isolates showed no matching profile and then were classified as Sporothrix spp. Control strains in PCR T3B fingerprinting showed very distinct bands allowing that the 47 isolates were characterized as S. brasiliensis. There was no association between the strains with differentiated genotype with the clinical signs presented by the animals. We concluded that S. brasiliensis is the etiologic agent of feline sporotrichosis cases in Rio de Janeiro and that is fundamental the use of phenotyping techniques in conjunction with molecular techniques for the characterization of Sporothrix species complexFundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porSporothrixEsporotricoseGatosReação em Cadeia da PolimeraseFenotipoCaracterização fenotípica e molecular de isolados clínicos de Sporothrix spp. provenientes de gatos do Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2015Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25120/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALjessica_boechat_ini_mest_2015.pdfapplication/pdf1264144https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25120/2/jessica_boechat_ini_mest_2015.pdf3f0d7245e0fedd7898f187dcb4bfdddbMD52TEXTjessica_boechat_ini_mest_2015.pdf.txtjessica_boechat_ini_mest_2015.pdf.txtExtracted texttext/plain151203https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25120/3/jessica_boechat_ini_mest_2015.pdf.txt8e3ceae3eedb047970a38778a6a63d62MD53icict/251202018-08-15 03:00:35.172oai:www.arca.fiocruz.br:icict/25120Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-08-15T06:00:35Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Caracterização fenotípica e molecular de isolados clínicos de Sporothrix spp. provenientes de gatos do Rio de Janeiro
title Caracterização fenotípica e molecular de isolados clínicos de Sporothrix spp. provenientes de gatos do Rio de Janeiro
spellingShingle Caracterização fenotípica e molecular de isolados clínicos de Sporothrix spp. provenientes de gatos do Rio de Janeiro
Boechat, Jéssica Sepulveda
Sporothrix
Esporotricose
Gatos
Reação em Cadeia da Polimerase
Fenotipo
title_short Caracterização fenotípica e molecular de isolados clínicos de Sporothrix spp. provenientes de gatos do Rio de Janeiro
title_full Caracterização fenotípica e molecular de isolados clínicos de Sporothrix spp. provenientes de gatos do Rio de Janeiro
title_fullStr Caracterização fenotípica e molecular de isolados clínicos de Sporothrix spp. provenientes de gatos do Rio de Janeiro
title_full_unstemmed Caracterização fenotípica e molecular de isolados clínicos de Sporothrix spp. provenientes de gatos do Rio de Janeiro
title_sort Caracterização fenotípica e molecular de isolados clínicos de Sporothrix spp. provenientes de gatos do Rio de Janeiro
author Boechat, Jéssica Sepulveda
author_facet Boechat, Jéssica Sepulveda
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Boechat, Jéssica Sepulveda
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Pereira, Sandro Antonio
Pacheco, Tânia Maria Valente
contributor_str_mv Pereira, Sandro Antonio
Pacheco, Tânia Maria Valente
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Sporothrix
Esporotricose
Gatos
Reação em Cadeia da Polimerase
Fenotipo
topic Sporothrix
Esporotricose
Gatos
Reação em Cadeia da Polimerase
Fenotipo
description Esporotricose é uma micose subcutânea, causada por espécies do complexo Sporothrix, que infectam o ser humano e diferentes espécies animais, principalmente os gatos. Desde 1998 ocorre uma epidemia desta micose no Rio de Janeiro que vem acometendo seres humanos, cães e gatos. No período de 1998 a 2012 foram diagnosticados no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI)/Fiocruz aproximadamente 4.000 casos felinos. É a primeira epidemia desta micose sob a forma de zoonose descrita na literatura, cuja transmissão ocorre através da arranhadura, mordedura e/ou contato com gatos doentes, sendo que cerca de 4.000 casos humanos foram diagnosticados no INI até o ano de 2012. Os gatos são muito susceptíveis a essa doença e os principais sinais clínicos observados são a presença de lesões cutâneas ulceradas, que em aproximadamente 40% dos casos são múltiplas e ocorrem em mais de três localizações anatômicas. Os isolados felinos têm sido classificados como Sporothrix schenckii ao longo da epidemia. Em estudos realizados em seres humanos com esporotricose, provenientes do Rio de Janeiro, foram identificadas espécies do complexo Sporothrix, por meio de caracterização fenotípica e molecular, onde foi possível observar um predomínio da espécie S. brasiliensis. Até o momento, apenas 15 isolados clínicos de gatos com esporotricose provenientes do Rio de Janeiro foram caracterizados, sendo todos S. brasiliensis. Entretanto, estudos que envolvam a caracterização dos isolados clínicos felinos e a associação desses com as características clínicas e epidemiológicas dos gatos ainda não haviam sido realizados. Os objetivos deste estudo foram caracterizar os isolados clínicos a nível de espécie dentro do complexo Sporothrix e correlacionar as espécies do complexo Sporothrix com as características clínicas e epidemiológicas dos gatos Foram incluídos no estudo 47 isolados de Sporothrix spp armazenados no Laboratório de Micologia do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI)/Fiocruz e provenientes de gatos participantes de um ensaio clínico realizado no Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatozoonoses em Animais Domésticos (Lapclin-Dermzoo) do INI/Fiocruz, no período de 2006 a 2010. Esses isolados foram identificados através de suas características morfofisiológicas, bem como através do perfil de assimilação de carboidratos (sacarose e rafinose). Também foram utilizadas metodologias aplicadas a ácidos nucléicos, como a PCR fingerprinting. Nos testes fenotípicos 35 isolados foram caracterizados como S. brasiliensis e 12 não apresentaram perfil compatível com nenhuma espécie do complexo, sendo então classificadas como Sporothrix spp. As cepas controle na PCR T3B fingerprinting demonstraram perfis de bandas bastante distintas, o que permitiu que 47 isolados fossem caracterizados como S. brasiliensis. Não houve associação entre as cepas que apresentaram genótipo diferenciado da caracterização molecular, com os sinais clínicos apresentados pelos animais. Concluímos que S. brasiliensis é o agente etiológico dos casos de esporotricose felina no Rio de Janeiro, uma vez que, até o momento foi a única espécie identificada e que é fundamental a utilização de técnicas fenotípicas em conjunto com as técnicas moleculares para caracterização das espécies do complexo Sporothrix
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-03-07T14:17:58Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-03-07T14:17:58Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv BOECHAT, Jéssica Sepulveda. Caracterização fenotípica e molecular de isolados clínicos de Sporothrix spp. provenientes de gatos do Rio de Janeiro. 2015. 59 f. Dissertação (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Rio de Janeiro, 2015.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25120
identifier_str_mv BOECHAT, Jéssica Sepulveda. Caracterização fenotípica e molecular de isolados clínicos de Sporothrix spp. provenientes de gatos do Rio de Janeiro. 2015. 59 f. Dissertação (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Rio de Janeiro, 2015.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25120
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25120/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25120/2/jessica_boechat_ini_mest_2015.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25120/3/jessica_boechat_ini_mest_2015.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
3f0d7245e0fedd7898f187dcb4bfdddb
8e3ceae3eedb047970a38778a6a63d62
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324860116533248