Epidemiologia molecular de Sporothrix spp. oriundos da epizootia do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Boechat, Jéssica Sepulveda
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50862
Resumo: A esporotricose é causada por espécies patogênicas do gênero Sporothrix, que infectam o ser humano e diferentes espécies animais, principalmente os gatos. Desde 1998 ocorre uma endemia desta micose no Rio de Janeiro. Ao longo da endemia, os isolados provenientes de cães e gatos têm sido formalmente identificados como Sporothrix schenckii e mais recentemente como Sporothrix spp.. Em estudos realizados com isolados de origem humana e felina, provenientes do Rio de Janeiro, por meio de caracterização fenotípica e molecular, foi descrito um predomínio da espécie S. brasiliensis. Entretanto, estudos que envolvam esta caracterização em isolados clínicos de gatos e cães são escassos, bem como a associação das espécies do gênero Sporothrix com as características clínicas e epidemiológicas destes animais. Os objetivos deste estudo foram: caracterizar os isolados clínicos de Sporothrix spp. oriundos de caninos e felinos provenientes da epizootia do Rio de Janeiro em nível de espécie dentro do gênero Sporothrix, e associar as espécies caracterizadas com as características clínicas e epidemiológicas dos animais. Foram incluídos no estudo 166 isolados de Sporothrix spp., sendo 119 provenientes de felinos atendidos no período de 1998 a 2018 e 47 de caninos assistidos no período de 2013 a 2018 no Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatozoonoses em Animais Domésticos (Lapclin-Dermzoo), INI/Fiocruz. Os testes fenotípicos foram realizados apenas nos isolados caninos, sendo estes identificados por meio de suas características morfofisiológicas a 30ºC e a 37ºC, bem como através do perfil de assimilação de carboidratos (sacarose e rafinose) Além disso, tanto para os isolados caninos quanto felinos, foram utilizadas metodologias convencionais aplicadas a ácidos nucléicos, tais como PCR fingerprinting, para caracterização taxonômica, bem como avaliação da similaridade genética entre os isolados, por meio de análise filogenética com a construção de cladogramas. Com relação aos isolados provenientes de cães, nos testes fenotípicos, apenas um isolado foi caracterizado como S. brasiliensis, dois como S. schenckii e 44 não apresentaram perfil compatível com nenhuma espécie patogênica, sendo então classificadas apenas a nível de gênero, como Sporothrix spp. Nos testes genotípicos, após a realização da PCR T3B fingerprinting, 46 isolados foram caracterizados como S. brasiliensis e um isolado foi caracterizado como S. schenckii. Em oito isolados foi possível observar uma pequena variação intraespecífica. Não houve associação entre as variáveis clínicas e epidemiológicas dos cães e as variações fenotípicas e genotípicas encontradas. Os 119 isolados provenientes de gatos foram caracterizados como S. brasiliensis pela técnica da PCR T3B fingerprinting, havendo uma pequena variação intraespecífica em 31 isolados do período 2013 a 2018. Foi possível observar a associação entre os isolados felinos sem variação intraespecífica e as variáveis clínicas bom estado geral e presença de linfadenomegalia. Até o momento, S. brasiliensis foi a única espécie identificada nos casos felinos desde o início da epizootia de esporotricose no Rio de Janeiro. Além disso, S. brasiliensis é o principal agente etiológico da esporotricose em cães, porém outras espécies podem ser identificadas, dessa forma foi relatado o primeiro caso de S. schenckii descrito em cães no Brasil.
id CRUZ_102bd5e35a07306e7af767e038bdf651
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/50862
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Boechat, Jéssica SepulvedaPereira, Sandro AntonioOliveira, Manoel Marques Evangelista de2022-01-24T17:30:14Z2022-01-24T17:30:14Z2020BOECHAT, Jéssica Sepulveda. Epidemiologia molecular de Sporothrix spp. oriundos da epizootia do Rio de Janeiro. 2020. 99f. Tese (Doutorado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas) - Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2020.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50862A esporotricose é causada por espécies patogênicas do gênero Sporothrix, que infectam o ser humano e diferentes espécies animais, principalmente os gatos. Desde 1998 ocorre uma endemia desta micose no Rio de Janeiro. Ao longo da endemia, os isolados provenientes de cães e gatos têm sido formalmente identificados como Sporothrix schenckii e mais recentemente como Sporothrix spp.. Em estudos realizados com isolados de origem humana e felina, provenientes do Rio de Janeiro, por meio de caracterização fenotípica e molecular, foi descrito um predomínio da espécie S. brasiliensis. Entretanto, estudos que envolvam esta caracterização em isolados clínicos de gatos e cães são escassos, bem como a associação das espécies do gênero Sporothrix com as características clínicas e epidemiológicas destes animais. Os objetivos deste estudo foram: caracterizar os isolados clínicos de Sporothrix spp. oriundos de caninos e felinos provenientes da epizootia do Rio de Janeiro em nível de espécie dentro do gênero Sporothrix, e associar as espécies caracterizadas com as características clínicas e epidemiológicas dos animais. Foram incluídos no estudo 166 isolados de Sporothrix spp., sendo 119 provenientes de felinos atendidos no período de 1998 a 2018 e 47 de caninos assistidos no período de 2013 a 2018 no Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatozoonoses em Animais Domésticos (Lapclin-Dermzoo), INI/Fiocruz. Os testes fenotípicos foram realizados apenas nos isolados caninos, sendo estes identificados por meio de suas características morfofisiológicas a 30ºC e a 37ºC, bem como através do perfil de assimilação de carboidratos (sacarose e rafinose) Além disso, tanto para os isolados caninos quanto felinos, foram utilizadas metodologias convencionais aplicadas a ácidos nucléicos, tais como PCR fingerprinting, para caracterização taxonômica, bem como avaliação da similaridade genética entre os isolados, por meio de análise filogenética com a construção de cladogramas. Com relação aos isolados provenientes de cães, nos testes fenotípicos, apenas um isolado foi caracterizado como S. brasiliensis, dois como S. schenckii e 44 não apresentaram perfil compatível com nenhuma espécie patogênica, sendo então classificadas apenas a nível de gênero, como Sporothrix spp. Nos testes genotípicos, após a realização da PCR T3B fingerprinting, 46 isolados foram caracterizados como S. brasiliensis e um isolado foi caracterizado como S. schenckii. Em oito isolados foi possível observar uma pequena variação intraespecífica. Não houve associação entre as variáveis clínicas e epidemiológicas dos cães e as variações fenotípicas e genotípicas encontradas. Os 119 isolados provenientes de gatos foram caracterizados como S. brasiliensis pela técnica da PCR T3B fingerprinting, havendo uma pequena variação intraespecífica em 31 isolados do período 2013 a 2018. Foi possível observar a associação entre os isolados felinos sem variação intraespecífica e as variáveis clínicas bom estado geral e presença de linfadenomegalia. Até o momento, S. brasiliensis foi a única espécie identificada nos casos felinos desde o início da epizootia de esporotricose no Rio de Janeiro. Além disso, S. brasiliensis é o principal agente etiológico da esporotricose em cães, porém outras espécies podem ser identificadas, dessa forma foi relatado o primeiro caso de S. schenckii descrito em cães no Brasil.Sporotrichosis is caused by pathogenic species of the genus Sporothrix, which affects humans and different animal species, especially cats. Since 1998 there is an endemic of this mycosis in Rio de Janeiro. Through phenotypic and molecular characterization, in studies carried out with human and feline isolates from Rio de Janeiro, S. brasiliensis was described as the main etiological agent. However, studies involving this characterization in clinical isolates of cats and dogs are scarce, as well as the association of species of the genus Sporothrix with the clinical and epidemiological characteristics of these animals. The aim of this study were: to characterize the clinical isolates of Sporothrix spp. from canines and felines from the Rio de Janeiro epizooty at the species level within the genus Sporothrix, and associate the species characterized with the clinical and epidemiological characteristics of the animals. One hundred and sixty six isolates from Sporothrix spp. were included in this study, 119 of those came from felines assisted from 1998 to 2018 and 47 from canines assisted at Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatozoonoses em Animais Domésticos (Lapclin-Dermzoo), INI/Fiocruz, from 2013 to 2018. Phenotypic tests were performed only on canine isolates, which were identified through their morphophysiological characteristics at 30ºC and 37ºC, as well as through the carbohydrate assimilation profile (sucrose and raffinose). In addition, conventional methodologies applied to nucleic acids, such as PCR fingerprinting, were used for taxonomic characterization of the species in both canine and feline isolates, as well as evaluation of the genetic similarity among the isolates, through phylogenetic analysis with cladograms The dogs isolates, in phenotypic tests, only one isolate was characterized as S. brasiliensis, two as S. schenckii and 44 showed no phenotypic characteristics compatible with the pathogenic species of the genus Sporothrix. These isolates were classified at the genus level, as Sporothrix spp. In genotypic tests, after performing T3B PCR fingerprinting, 46 isolates were characterized as S. brasiliensis and one isolate was characterized as S. schenckii. In eight isolates, it was possible to observe a small intraspecific variation. No association was found between the clinical and epidemiological variables of the dogs and the phenotypic and genotypic variations. The 119 isolates from cats were characterized as S. brasiliensis by the T3B PCR fingerprinting technique with a small intraspecific variation in 31 isolates from the period 2013 to 2018. It was possible to observe the association between feline isolates without intraspecific variation and the clinical variables good general state and presence of lymphadenomegaly. So far, S. brasiliensis has been the only species identified in feline cases since the beginning of the sporotrichosis epizooty in Rio de Janeiro. In addition, S. brasiliensis is the main etiological agent of canine sporotrichosis, however other species can be identified, thus the first case of S. schenckii described in dogs in Brazil was reported.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porEsporotricoseGatosCãesSporothrixEsporotricoseGatosCãesReação em Cadeia da PolimeraseEpidemiologia MolecularEpidemiologia molecular de Sporothrix spp. oriundos da epizootia do Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2020Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/50862/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINAL000249088.pdfapplication/pdf6206606https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/50862/2/000249088.pdfc7193c224b3646bc8041ce34dbd5d351MD52icict/508622022-01-24 14:30:14.323oai:www.arca.fiocruz.br:icict/50862Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-01-24T17:30:14Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Epidemiologia molecular de Sporothrix spp. oriundos da epizootia do Rio de Janeiro
title Epidemiologia molecular de Sporothrix spp. oriundos da epizootia do Rio de Janeiro
spellingShingle Epidemiologia molecular de Sporothrix spp. oriundos da epizootia do Rio de Janeiro
Boechat, Jéssica Sepulveda
Esporotricose
Gatos
Cães
Sporothrix
Esporotricose
Gatos
Cães
Reação em Cadeia da Polimerase
Epidemiologia Molecular
title_short Epidemiologia molecular de Sporothrix spp. oriundos da epizootia do Rio de Janeiro
title_full Epidemiologia molecular de Sporothrix spp. oriundos da epizootia do Rio de Janeiro
title_fullStr Epidemiologia molecular de Sporothrix spp. oriundos da epizootia do Rio de Janeiro
title_full_unstemmed Epidemiologia molecular de Sporothrix spp. oriundos da epizootia do Rio de Janeiro
title_sort Epidemiologia molecular de Sporothrix spp. oriundos da epizootia do Rio de Janeiro
author Boechat, Jéssica Sepulveda
author_facet Boechat, Jéssica Sepulveda
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Boechat, Jéssica Sepulveda
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Pereira, Sandro Antonio
Oliveira, Manoel Marques Evangelista de
contributor_str_mv Pereira, Sandro Antonio
Oliveira, Manoel Marques Evangelista de
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Esporotricose
Gatos
Cães
topic Esporotricose
Gatos
Cães
Sporothrix
Esporotricose
Gatos
Cães
Reação em Cadeia da Polimerase
Epidemiologia Molecular
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Sporothrix
Esporotricose
Gatos
Cães
Reação em Cadeia da Polimerase
Epidemiologia Molecular
description A esporotricose é causada por espécies patogênicas do gênero Sporothrix, que infectam o ser humano e diferentes espécies animais, principalmente os gatos. Desde 1998 ocorre uma endemia desta micose no Rio de Janeiro. Ao longo da endemia, os isolados provenientes de cães e gatos têm sido formalmente identificados como Sporothrix schenckii e mais recentemente como Sporothrix spp.. Em estudos realizados com isolados de origem humana e felina, provenientes do Rio de Janeiro, por meio de caracterização fenotípica e molecular, foi descrito um predomínio da espécie S. brasiliensis. Entretanto, estudos que envolvam esta caracterização em isolados clínicos de gatos e cães são escassos, bem como a associação das espécies do gênero Sporothrix com as características clínicas e epidemiológicas destes animais. Os objetivos deste estudo foram: caracterizar os isolados clínicos de Sporothrix spp. oriundos de caninos e felinos provenientes da epizootia do Rio de Janeiro em nível de espécie dentro do gênero Sporothrix, e associar as espécies caracterizadas com as características clínicas e epidemiológicas dos animais. Foram incluídos no estudo 166 isolados de Sporothrix spp., sendo 119 provenientes de felinos atendidos no período de 1998 a 2018 e 47 de caninos assistidos no período de 2013 a 2018 no Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatozoonoses em Animais Domésticos (Lapclin-Dermzoo), INI/Fiocruz. Os testes fenotípicos foram realizados apenas nos isolados caninos, sendo estes identificados por meio de suas características morfofisiológicas a 30ºC e a 37ºC, bem como através do perfil de assimilação de carboidratos (sacarose e rafinose) Além disso, tanto para os isolados caninos quanto felinos, foram utilizadas metodologias convencionais aplicadas a ácidos nucléicos, tais como PCR fingerprinting, para caracterização taxonômica, bem como avaliação da similaridade genética entre os isolados, por meio de análise filogenética com a construção de cladogramas. Com relação aos isolados provenientes de cães, nos testes fenotípicos, apenas um isolado foi caracterizado como S. brasiliensis, dois como S. schenckii e 44 não apresentaram perfil compatível com nenhuma espécie patogênica, sendo então classificadas apenas a nível de gênero, como Sporothrix spp. Nos testes genotípicos, após a realização da PCR T3B fingerprinting, 46 isolados foram caracterizados como S. brasiliensis e um isolado foi caracterizado como S. schenckii. Em oito isolados foi possível observar uma pequena variação intraespecífica. Não houve associação entre as variáveis clínicas e epidemiológicas dos cães e as variações fenotípicas e genotípicas encontradas. Os 119 isolados provenientes de gatos foram caracterizados como S. brasiliensis pela técnica da PCR T3B fingerprinting, havendo uma pequena variação intraespecífica em 31 isolados do período 2013 a 2018. Foi possível observar a associação entre os isolados felinos sem variação intraespecífica e as variáveis clínicas bom estado geral e presença de linfadenomegalia. Até o momento, S. brasiliensis foi a única espécie identificada nos casos felinos desde o início da epizootia de esporotricose no Rio de Janeiro. Além disso, S. brasiliensis é o principal agente etiológico da esporotricose em cães, porém outras espécies podem ser identificadas, dessa forma foi relatado o primeiro caso de S. schenckii descrito em cães no Brasil.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-01-24T17:30:14Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-01-24T17:30:14Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv BOECHAT, Jéssica Sepulveda. Epidemiologia molecular de Sporothrix spp. oriundos da epizootia do Rio de Janeiro. 2020. 99f. Tese (Doutorado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas) - Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2020.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50862
identifier_str_mv BOECHAT, Jéssica Sepulveda. Epidemiologia molecular de Sporothrix spp. oriundos da epizootia do Rio de Janeiro. 2020. 99f. Tese (Doutorado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas) - Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2020.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50862
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/50862/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/50862/2/000249088.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
c7193c224b3646bc8041ce34dbd5d351
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324801465483264