Ancestralidade genética e genes de susceptibilidade em portadores de câncer de próstata do Estado da Bahia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Polyanna Carôzo de
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7632
Resumo: O Cancêr de Próstata (CaP) é um dos tipos de neoplasias mais frequentes nos homens em todo o mundo e também na população masculina brasileira. A incidência, mortalidade e agressividade do CaP são maiores em homens negros. De acordo com o IBGE a Bahia é o estado que apresenta a maior porcentagem de população afrodescendente e os indivíduos que moram em Salvador apresentam maior ancestralidade africana que os nascidos no interior do estado. O presente estudo verificou a associação entre maior ancestralidade genética africana e genes de suscetibilidade ao CaP em pacientes do estado da Bahia oriundos do setor particular e público de serviço à saúde. Participaram do estudo 189 homens com CaP, sendo 82 atendidos no serviço privado e 107 no serviço público e 112 homens saudáveis atendidos no serviço público. Foram utilizados 9 marcadores informativos de ancestralidade (AIM) para estimar a ancestralidade genética e quatro genes de suscetibilidade: CYP3A4, CYP17, GSTM1 e GSTT1.No grupo caso houve maior contribuição europeia (47%) e no grupo controle maior contribuição africana (43%). Entre os genes de suscetibilidade, observou-se que o genótipo GG, bem como a associação dos genótipos GG+AG na variante CYP3A4-392 A>G estiveram relacionados ao aumento do risco de CaP tanto de modo global, bem como em indivíduos com maior ancestralidade africana, além de estarem associado positivamente com o aumento da agressividade do tumor para esta população. A variante CYP17-34 T>C não apresentou relação com aumento do risco para o CaP entre casos e controles, mas ao estratificar a população observou-se maior risco associado ao genótipo heterozigoto (TC) em indivíduos com maior contribuição africana, mas não houve relação entre a variante e o aumento da agressividade do tumor. Por fim, o genótipo GSTM1-0 esteve associado ao aumento do risco para o CaP de modo geral, mas não esteve relacionado com o aumento da agressividade do tumor. Estes resultados podem auxiliar estudos de associação entre CaP e maior suscetibilidade de populações afrodescendentes e assim, ajudar na melhoria das estratégias em torno de programas de saúde que visem ampliar a triagem e o diagnóstico precoce para esta populações mais vulneráveis.
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O presente estudo verificou a associação entre maior ancestralidade genética africana e genes de suscetibilidade ao CaP em pacientes do estado da Bahia oriundos do setor particular e público de serviço à saúde. Participaram do estudo 189 homens com CaP, sendo 82 atendidos no serviço privado e 107 no serviço público e 112 homens saudáveis atendidos no serviço público. Foram utilizados 9 marcadores informativos de ancestralidade (AIM) para estimar a ancestralidade genética e quatro genes de suscetibilidade: CYP3A4, CYP17, GSTM1 e GSTT1.No grupo caso houve maior contribuição europeia (47%) e no grupo controle maior contribuição africana (43%). Entre os genes de suscetibilidade, observou-se que o genótipo GG, bem como a associação dos genótipos GG+AG na variante CYP3A4-392 A>G estiveram relacionados ao aumento do risco de CaP tanto de modo global, bem como em indivíduos com maior ancestralidade africana, além de estarem associado positivamente com o aumento da agressividade do tumor para esta população. A variante CYP17-34 T>C não apresentou relação com aumento do risco para o CaP entre casos e controles, mas ao estratificar a população observou-se maior risco associado ao genótipo heterozigoto (TC) em indivíduos com maior contribuição africana, mas não houve relação entre a variante e o aumento da agressividade do tumor. Por fim, o genótipo GSTM1-0 esteve associado ao aumento do risco para o CaP de modo geral, mas não esteve relacionado com o aumento da agressividade do tumor. Estes resultados podem auxiliar estudos de associação entre CaP e maior suscetibilidade de populações afrodescendentes e assim, ajudar na melhoria das estratégias em torno de programas de saúde que visem ampliar a triagem e o diagnóstico precoce para esta populações mais vulneráveis.Prostate cancer (PCa) is one of the most common types of cancer in men worldwide and also in Brazilian male population. The incidence, mortality and PCa aggressiveness are higher in black men. According to the IBGE, Bahia is the state with the highest percentage of people of African descent and people who live in Salvador has the largest African ancestry born in the state. The present study sought to determine the association between African ancestry and greater susceptibility genes in PCa patients of Bahia state from public and private sector health service. The study included 189 men with PCa, 82 served in the private and 107 public service and 112 healthy men served in the public service. We used ancestry informative markers 9 (AIM) to estimate genetic ancestry and 4 susceptibility genes, among them: CYP3A4, CYP17, GSTM1 e GSTT1. The case group was greater European contribution (47%) in the control group and largest African contribution (43%). Between susceptibility genes, it was found that the GG genotype, and the association of the genotypes GG + GA in CYP3A4-392A>G varinatwere associated with an increased risk of PCa so both overall as well as for individuals with higher African ancestry, and are positively associated with increased tumor agressivadade for this population. The variant CYP17-34T>C gene was not associated with increased risk for PCa between cases and controls, but to stratify the population was more strongly associated with the risk genotype (TC) in subjects with higher African contribution, but there was no relationship between the variant and increased tumor aggressiveness. Finally, GSTM1-0 genotype was associated with increased risk for CaP generally, but not correlate with increasing tumor aggressiveness. These results may help studies of association between PCa and greater susceptibility of African descent populations and thus help improve strategies around health programs aimed at increasing screening and early diagnosis for this most vulnerable populations.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz. Salvador, BA, BrasilporCentro de Pesquisas Gonçalo MonizCâncer de próstataSuscetibilidade genéticaGenesProstate CancerGenetic SusceptibilityGenesAncestralidade genética e genes de susceptibilidade em portadores de câncer de próstata do Estado da Bahiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2014Departamento de Vice Diretoria e EnsinoFundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo MonizMestrado AcadêmicoSalvador/BAPrograma de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALPolyanna Carôzo de Oliveira. Ancrestalidade... 2014.pdfPolyanna Carôzo de Oliveira. Ancrestalidade... 2014.pdfapplication/pdf1254857https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7632/1/Polyanna%20Car%c3%b4zo%20de%20Oliveira.%20Ancrestalidade...%202014.pdfe5708eec3bc58766116c313a7e16ea18MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81914https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7632/2/license.txt7d48279ffeed55da8dfe2f8e81f3b81fMD52TEXTPolyanna Carôzo de Oliveira. Ancrestalidade... 2014.pdf.txtPolyanna Carôzo de Oliveira. 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