Estratégias de controle da malária em São Tomé e Príncipe: 1946-2002
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5198 |
Resumo: | O presente trabalho analisa as estratégias de controle da malária em São Tomé e Príncipe, de 1946 aos dias atuais buscando identificar os limites e potencialidades para viabilizar e manter uma situação de controle sustentado ou erradicação. Características geográficas sócio- econômicas e conjunturais fazem de São Tomé e Príncipe um espaço endêmico, propício à produção e transmissão da malária. De acordo com este estudo, no período colonial recente, a redução dos níveis de endemicidade esteve sempre vinculada ao grau de eficácia das estratégias e a sustentabilidade das ações desenvolvidas. Estratégias baseadas na dedetização e na cloroquinazação produziram resultados mais relevantes reduzindo a mortalidade e o nível de endemicidade de hiper-holoendêmico para mesoendêmico. O mesmo estudo revela que após a independência, a implementação de estratégias de erradicação baseadas na pulverização intradomiciliar de DDT e na busca ativa e tratamento de casos tiveram resultados encorajadores. Porém, ambientes institucionais vulneráveis, ações não sustentadas no tempo, mudança no comportamento epidemiológico do vetor, resistência ao inseticida empregue, diminuição da sensibilidade do parasita à cloroquina, não foram capazes de propiciar um controle efetivo nem uma atuação sobre as condições ambientais, impedindo a circulação de parasitos e consequentemente a transmissão da doença. A transmissão da malária colocada em equilíbrio instável antes de se conseguir a interrupção da transmissão, influenciou, de forma negativa a receptividade levando a morbidade e a mortalidade a se instalarem em patamares mais altos. O recrudescimento revelou-se desastroso abrindo caminhos à novas vulnerabilidades. A malária continua sendo a primeira causa de morte e de morbidade em São Tomé e Príncipe. Mobiliza custos enormes com o tratamento e proteção e constitui um sério bloqueio ao progresso econômico do país. Considerando as forças e as fraquezas identificadas no decorrer deste estudo, as particularidades geográfico-ambientais, a complexidade dos fatores epidemiológicos e sócio-econômicos assim como os elementos técnicos em que se baseiam a estratégia mundial, o trabalho discute as estratégias que poderiam viabilizar um controle com sucesso. |
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Carvalho, Arlindo Vicente de AssunçãoCzeresnia, Dina2012-09-06T01:12:11Z2012-09-06T01:12:11Z2005CARVALHO, Arlindo Vicente de Assunção. Estratégias de controle da malária em São Tomé e Príncipe: 1946-2002. 2005. 147 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2005.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5198O presente trabalho analisa as estratégias de controle da malária em São Tomé e Príncipe, de 1946 aos dias atuais buscando identificar os limites e potencialidades para viabilizar e manter uma situação de controle sustentado ou erradicação. Características geográficas sócio- econômicas e conjunturais fazem de São Tomé e Príncipe um espaço endêmico, propício à produção e transmissão da malária. De acordo com este estudo, no período colonial recente, a redução dos níveis de endemicidade esteve sempre vinculada ao grau de eficácia das estratégias e a sustentabilidade das ações desenvolvidas. Estratégias baseadas na dedetização e na cloroquinazação produziram resultados mais relevantes reduzindo a mortalidade e o nível de endemicidade de hiper-holoendêmico para mesoendêmico. O mesmo estudo revela que após a independência, a implementação de estratégias de erradicação baseadas na pulverização intradomiciliar de DDT e na busca ativa e tratamento de casos tiveram resultados encorajadores. Porém, ambientes institucionais vulneráveis, ações não sustentadas no tempo, mudança no comportamento epidemiológico do vetor, resistência ao inseticida empregue, diminuição da sensibilidade do parasita à cloroquina, não foram capazes de propiciar um controle efetivo nem uma atuação sobre as condições ambientais, impedindo a circulação de parasitos e consequentemente a transmissão da doença. 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Considerando as forças e as fraquezas identificadas no decorrer deste estudo, as particularidades geográfico-ambientais, a complexidade dos fatores epidemiológicos e sócio-econômicos assim como os elementos técnicos em que se baseiam a estratégia mundial, o trabalho discute as estratégias que poderiam viabilizar um controle com sucesso.The present work analyzes the strategies of control of malaria in Sao Tome and Principe, since 1946 to the current days looking to identify the limits and potentialities to make possible and to maintain a situation of sustained control or eradication. Geographical social, economical and conjuntural characteristics make Sao Tome and Principe, a favorable space to the production and transmission of the malaria. According to this study, in the recent colonial period, the reduction of the endemicity levels was linked always to the degree of effectiveness of the control strategies and the sustainability of the developed actions. Strategies based in the indoor pulverization of DDT and in the cloroquinazação produced more relevant results reducing the mortality and the level of endemicity at hiper-holoendêmic to mesoendêmic. The study reveals that after the independence, the implementation of eradication strategies based in the indoor pulverization of DDT and in the search it activates and treatment of cases had encouraging results. However, vulnerable institutional atmospheres, actions no sustained in the time, change in the epidemic behavior of the vector, resistance to the insecticide uses, decrease of the sensibility of the parasite to the cloroquina, were not capable to propitiate an effective control nor a performance about the environmental conditions, impeding the circulation of parasites and consequently the transmission of the disease. The process of transmission of the malaria put in unstable balance before getting the interruption, it influenced, in a negative way the receptivity taking the morbosity and the mortality the if they install in higher landings. The worsening was revealed disastrous making ways to new vulnerabilities. The malaria continues being the first death and morbosity causes in Sao Tome and Principee. It mobilizes enormous costs with the treatment and protection and it constitutes a serious blockade to the economical progress of the country. Considering the forces and the identified weaknesses in elapsing of this study, the geographical-environmental particularities, the complexity of the epidemic and socioeconomic factors as well as the technical elements in that you/they are based the world strategy, the work discusses the strategies that could make possible a control with success.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAvaliação de Programa de Controle da MaláriaEndemicidade da MaláriaMalária em São Tomé e PríncipeErradicação e Controle da MaláriaLocal StrategiesMalariaProgram EvaluationEndemic DiseasesSao Tome and PrincipeDisease EradicationMaláriaEstratégias LocaisAvaliação de Programas e Projetos de SaúdeDoenças EndêmicasSão Tomé e PríncipeErradicação de DoençasEstratégias de controle da malária em São Tomé e Príncipe: 1946-2002Strategies of control of the malaria in São Tomé and Príncipe: 1946-2002info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.MestreRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5198/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALarlindo_carvalho_ensp_mest_2005.pdfapplication/pdf2928255https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5198/2/arlindo_carvalho_ensp_mest_2005.pdf15489b76b7b88813b29a6ca49efc8425MD52TEXT745.pdf.txt745.pdf.txtExtracted texttext/plain271313https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5198/5/745.pdf.txtac8d5065798fdb75b8a84c03d47dd20dMD55arlindo_carvalho_ensp_mest_2005.pdf.txtarlindo_carvalho_ensp_mest_2005.pdf.txtExtracted texttext/plain271313https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5198/6/arlindo_carvalho_ensp_mest_2005.pdf.txtac8d5065798fdb75b8a84c03d47dd20dMD56THUMBNAIL745.pdf.jpg745.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1388https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5198/4/745.pdf.jpg21c8dfdfef1b7c465fd29047d0359b1eMD54icict/51982023-01-17 14:34:58.622oai:www.arca.fiocruz.br:icict/5198Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-17T17:34:58Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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