Situação de Trabalho e Multimorbidade na população economicamente ativa Brasileira em 2019
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/61140 |
Resumo: | A multimorbidade é uma circunstância em que indivíduos sofrem de múltiplas condições crônicas de longa duração, sem que nenhuma condição seja considerada como primária. Impacta a qualidade de vida, a produtividade e modifica o padrão de utilização dos serviços de saúde pela população, configura-se como importante problema de Saúde Pública. A presente tese envolveu o desenvolvimento de um artigo que estimou a prevalência de multimorbidade na população brasileira economicamente ativa (18-59 anos) e avaliou sua associação com a situação de trabalho e fatores sociodemográficos com dados secundários da PNS-2019. Além do artigo, foram explorados os principais padrões de multimorbidade, a qual foi mensurada a partir do diagnóstico médico autorreferido de 14 condições crônicas físicas e mentais (> 2 condições crônicas). Para a população total e por sexo foram estimadas as prevalências de multimorbidade e as razões de chances (OR) com os respectivos intervalos de confiança (95%), utilizando-se modelos de regressão logística múltipla. Em todas as estimativas foram consideradas o efeito do desenho. No total, analisaram-se 65.065 entrevistas correspondendo à população de 123,4 milhões de brasileiros. Os resultados mostraram que a prevalência geral de multimorbidade foi 22,6% (IC95%: 22,0 - 23,2). A população ocupada apresentou a prevalência de 20,9% (IC95%:20,2-21,5), desempregados 18,3% (IC95%:16,8- 20,0) e a fora da força de trabalho 38,0% (IC95%:35,8-40,2). Na população total as prevalências foram maiores nas mulheres, em todas as variáveis e a chance de multimorbidade em mulheres duas vezes a chance em homens. Foi observada maior prevalência de multimorbidade entre os extremos de escolaridade na população total e por sexo; os indivíduos menos escolarizados apresentaram chance 20% maior do que aqueles mais escolarizados. Além disso, houve um gradiente ascendente da prevalência de multimorbidade com o aumento da idade. Por situação de trabalho, homens e mulheres fora do mercado de trabalho (OR=3,3 IC95%: 2,8-3,9; OR=1,6 IC95%: 1,4-1,9, respectivamente) tiveram maiores chances de que homens e mulheres ocupados. Mulheres com baixa escolaridade apresentaram chance de multimorbidade 40% maior que mulheres de escolaridade alta. Na população total, as condições crônicas de maior prevalência foram dor crônica, hipertensão arterial, colesterol alto, depressão, doença mental. Em homens ocupados e desempregados o padrão de morbidade foi semelhante ao da população total; destaca-se entre as mulheres ocupadas o aumento da prevalência da depressão e outras doenças mentais. As populações fora do mercado de trabalho – tanto em homens quanto em mulheres – apresentaram prevalências elevadas para as principais condições e, entre as mulheres, a depressão e outras doenças mentais mantiveram-se em níveis elevados. O estudo revelou alta prevalência de multimorbidade na população adulta brasileira; a prevalência foi maior nas mulheres e um contingente expressivo da população trabalhadora convive com uma carga significativa de múltiplas morbidades, constatando-se desigualdades por posição socioeconômica e no acesso ao diagnóstico entre regiões geográficas e na zona rural. |
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Silva, Diorlene Oliveira daTeixeira, Liliane ReisCunha, Geraldo Marcelo2023-11-08T23:26:41Z2023-11-08T23:26:41Z2023SILVA, Diorlene Oliveira da. Situação de Trabalho e Multimorbidade na população economicamente ativa Brasileira em 2019. 2023. 126 f. Tese (Doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2023.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/61140A multimorbidade é uma circunstância em que indivíduos sofrem de múltiplas condições crônicas de longa duração, sem que nenhuma condição seja considerada como primária. Impacta a qualidade de vida, a produtividade e modifica o padrão de utilização dos serviços de saúde pela população, configura-se como importante problema de Saúde Pública. A presente tese envolveu o desenvolvimento de um artigo que estimou a prevalência de multimorbidade na população brasileira economicamente ativa (18-59 anos) e avaliou sua associação com a situação de trabalho e fatores sociodemográficos com dados secundários da PNS-2019. Além do artigo, foram explorados os principais padrões de multimorbidade, a qual foi mensurada a partir do diagnóstico médico autorreferido de 14 condições crônicas físicas e mentais (> 2 condições crônicas). Para a população total e por sexo foram estimadas as prevalências de multimorbidade e as razões de chances (OR) com os respectivos intervalos de confiança (95%), utilizando-se modelos de regressão logística múltipla. Em todas as estimativas foram consideradas o efeito do desenho. No total, analisaram-se 65.065 entrevistas correspondendo à população de 123,4 milhões de brasileiros. Os resultados mostraram que a prevalência geral de multimorbidade foi 22,6% (IC95%: 22,0 - 23,2). 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Na população total, as condições crônicas de maior prevalência foram dor crônica, hipertensão arterial, colesterol alto, depressão, doença mental. Em homens ocupados e desempregados o padrão de morbidade foi semelhante ao da população total; destaca-se entre as mulheres ocupadas o aumento da prevalência da depressão e outras doenças mentais. As populações fora do mercado de trabalho – tanto em homens quanto em mulheres – apresentaram prevalências elevadas para as principais condições e, entre as mulheres, a depressão e outras doenças mentais mantiveram-se em níveis elevados. O estudo revelou alta prevalência de multimorbidade na população adulta brasileira; a prevalência foi maior nas mulheres e um contingente expressivo da população trabalhadora convive com uma carga significativa de múltiplas morbidades, constatando-se desigualdades por posição socioeconômica e no acesso ao diagnóstico entre regiões geográficas e na zona rural.Multimorbidity is a circumstance in which individuals suffer from multiple long-lasting chronic conditions, with no condition being considered as primary. It impacts the quality of life, productivity and modifies the pattern of use of health services by the population, becoming an important Public Health matter. This thesis involved the development of an article that estimated the prevalence of multimorbidity in the economically active Brazilian population (18- 59 years) and evaluated its association with the work situation and sociodemographic factors with secondary data from the PNS-2019. In addition to the article, the main patterns of multimorbidity were explored, measured from the self-reported medical diagnosis of 14 chronic physical and mental conditions (> 2 chronic conditions). For the total population and by gender, the prevalence of multimorbidity and odds ratios (OR) with the respective confidence intervals (95%) were estimated using multiple logistic regression models. In all estimates, the effect of the design was considered. In total, 65,065 interviews were analyzed, corresponding to the population of 123.4 million Brazilians. The results showed that the overall prevalence of multimorbidity was of 22.6% (95% CI: 22.0 - 23.2). The employed population had a prevalence of 20.9% (95% CI:20.2-21.5), unemployed 18.3% (95% CI: 16.8-20.0) and those outside the labor force 38.0% (95% CI:35.8-40.2). In the total population, prevalence was higher in women, in all variables, and the chance of multimorbidity in women was twice that of men. A higher prevalence of multimorbidity was observed among the extremes of schooling in the total population and by gender; individuals with lower education were 20% more likely than those with more schooling. In addition, there was an upward gradient in the prevalence of multimorbidity with increasing age. In work situation, men and women outside the labor market (OR=3.3 95% CI: 2.8-3.9; OR=1.6 95% CI: 1.4-1.9, respectively) were more likely than employed men and women. Women with lower schooling had a 40% more chance of multimorbidity than those with higher schooling. In the total population, the most prevalent chronic conditions were chronic pain, hypertension, high cholesterol, depression, mental illness. In employed and unemployed men, the pattern of morbidity was similar to that of the total population; among employed women, the increased prevalence of depression and other mental illnesses stands out. Populations outside the labor market – both men and women – showed a high prevalence for the main conditions and, among women, depression and other mental illnesses remained at high levels. The study revealed a high prevalence of multimorbidity in the Brazilian adult population; prevalence was higher in women and a considerable contingent of the working population lives with a significant load of multiple morbidities, with inequalities verified due to socioeconomic position and in the access to diagnosis between geographic regions and in rural areas.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porDoenças Crônicas Não TransmissíveisMultimorbidadeSaúde do TrabalhadorEpidemiologiaSituação de TrabalhoChronic Non-Communicable DiseasesMultimorbidityWorker's HealthEpidemiologyLabor SituationSaúde OcupacionalDoenças não TransmissíveisMultimorbidadeEpidemiologiaEstudos TransversaisEntrevistaSituação de Trabalho e Multimorbidade na população economicamente ativa Brasileira em 2019Work Status and Multimorbidity in the Brazilian economically active population in 2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2023-03-17Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/61140/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALdiorlene_oliveira_silva_ensp_dout_2023.pdfapplication/pdf2416142https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/61140/2/diorlene_oliveira_silva_ensp_dout_2023.pdf3366b1c6763e00a8f1f926a34f88760aMD52icict/611402023-11-08 20:26:41.914oai:www.arca.fiocruz.br:icict/61140Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-11-08T23:26:41Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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