Produção e avaliação de estratégias educacionais para o treinamento de profissionais de saúde de diferentes categorias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Neves, Sonia Maria Ferraz Medeiros
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/19388
Resumo: O presente estudo buscou captar a origem de uma importante lacuna entre o conhecimento teórico dos profissionais de saúde sobre os riscos de infecções existentes no ambiente hospitalar e a aplicação prática das atividades de prevenção e controle das infecções hospitalares (IHs). Nossos objetivos foram: contribuir para o desenvolvimento de forma participativa, de processos de ensino-aprendizagem a serem utilizados nos treinamentos de controle de IH; identificar os principais conceitos e conhecimentos teóricos sobre prevenção e controle das IHs e os motivos aos quais os profissionais atribuem a dificuldade de sua inserção na prática de trabalho; analisar os fatores percebidos pelos trabalhadores como impeditivos para a aplicação do conhecimento; produzir de forma participativa, estratégias educativas sobre as questões de percepção de risco e as práticas de prevenção e controle das IHs. Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa, que partiu da análise inicial de 181 questionários respondidos pelos profissionais de saúde (PS) de diferentes categorias do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas/Fiocruz - Rio de Janeiro que participaram dos treinamentos da Comissão de Controle de IH. Posteriormente, foram selecionados, aleatoriamente, 30 PS para a realização de entrevistas individuais. Utilizamos como práticas educacionais, durante os treinamentos, duas dinâmicas: da tinta guache e incubação de microrganismos das mãos em placas de Petri. Os resultados mostraram que a percepção de risco está intimamente ligada às atividades diárias e ao local de lotação do profissional. Para nossos profissionais, a questão chave residia na mudança de hábitos e comportamentos, apontada com freqüência entre os fatores impeditivos Destacamos a atuação do profissional, enquanto multiplicador das práticas de prevenção e controle das IHs, interessados em atuar na mudança do grupo em que atuam e da comunidade em que vivem. A valorização da imagem para a aprendizagem foi apontada por todas as categorias nos questionários e entrevistas, como responsável pela relação entre teoria e prática. A visualização da presença de microrganismos na mão e/ou da técnica de lavagem das mãos foi citada como contribuição para uma aprendizagem significativa. Classificamos em quatro os fatores percebidos pelos trabalhadores como impeditivos para a aplicação do conhecimento na prática diária de trabalho; foram eles: organização do trabalho; relações de trabalho; condições de trabalho e fatores cognitivos/ comportamentais. Acreditamos que, como educadores e preocupados com o ensino, visamos a integralidade do sujeito, entendendo a educação como um precursor da qualidade de vida. Nessa perspectiva, defendemos que as pessoas não mudam o comportamento apenas por receberem informações, e que a prevenção das IHs só pode ocorrer se houver mudanças culturais e sociais que apoiem a transformação de práticas, hábitos, atitudes e crenças, e essas mudanças não podem ser impostas ou entendidas fora do contexto. Isso nos dá a clareza de que mesmo os melhores programas educativos não vão resolver sozinhos todas estas questões, fatores como aqueles ligados à organização do trabalho, a contribuição dos gestores das Instituições de Saúde são questões centrais a serem consideradas
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Nossos objetivos foram: contribuir para o desenvolvimento de forma participativa, de processos de ensino-aprendizagem a serem utilizados nos treinamentos de controle de IH; identificar os principais conceitos e conhecimentos teóricos sobre prevenção e controle das IHs e os motivos aos quais os profissionais atribuem a dificuldade de sua inserção na prática de trabalho; analisar os fatores percebidos pelos trabalhadores como impeditivos para a aplicação do conhecimento; produzir de forma participativa, estratégias educativas sobre as questões de percepção de risco e as práticas de prevenção e controle das IHs. Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa, que partiu da análise inicial de 181 questionários respondidos pelos profissionais de saúde (PS) de diferentes categorias do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas/Fiocruz - Rio de Janeiro que participaram dos treinamentos da Comissão de Controle de IH. 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A visualização da presença de microrganismos na mão e/ou da técnica de lavagem das mãos foi citada como contribuição para uma aprendizagem significativa. Classificamos em quatro os fatores percebidos pelos trabalhadores como impeditivos para a aplicação do conhecimento na prática diária de trabalho; foram eles: organização do trabalho; relações de trabalho; condições de trabalho e fatores cognitivos/ comportamentais. Acreditamos que, como educadores e preocupados com o ensino, visamos a integralidade do sujeito, entendendo a educação como um precursor da qualidade de vida. Nessa perspectiva, defendemos que as pessoas não mudam o comportamento apenas por receberem informações, e que a prevenção das IHs só pode ocorrer se houver mudanças culturais e sociais que apoiem a transformação de práticas, hábitos, atitudes e crenças, e essas mudanças não podem ser impostas ou entendidas fora do contexto. Isso nos dá a clareza de que mesmo os melhores programas educativos não vão resolver sozinhos todas estas questões, fatores como aqueles ligados à organização do trabalho, a contribuição dos gestores das Instituições de Saúde são questões centrais a serem consideradasThe present study intends to capture the origin of an important void involving the health professionals\2019 theoretical knowledge about the existing risks of infections in the hospital environment and the practical application of nosocomial infections (NIs) prevention and control methods. Our objectives were: to contribute, in a participative manner, to the development of teaching-learning techniques to be used in the trainings of nosocomial infection control; to identify the main concepts and theoretical knowledge about nosocomial infection prevention and control and the reasons why health professionals believe it is difficult to introduce them in their work practice; to analyze the factors perceived by workers as impeditive to the application of knowledge; to produce, in a participative manner, educational strategies about the risk perception issues and the practice of nosocomial infection prevention and control. It is a quanti-qualitative research, that started with the initial analysis of 181 questionnaires answered by health professionals in different areas of the Clinical Research Institute Evandro Chagas / Fiocruz \2013 Rio de Janeiro who participated in the trainings of the Nosocomial Infection Control Commission. Later, 30 healthy professionals were selected randomly to take part in individual interviews. Two approaches were used as educational practices during the trainings: one with gouache paint and one with incubation of hands\2019 microorganisms on Petri dishes. The results showed that risk perception is closely linked to daily activities and the professionals\2019 workplace location. For our professionals, the main concern was the change of habits and behavior, frequently mentioned among the impeditive aspects The professional performance as multiplier of nosocomial infection prevention and control practice, interested in participating in the changes of the group where they work and in the community where they live is highlighted. The value of the image for the learning process was pointed by all the groups in the questionnaires and interviews as the responsible for the relationship between theory and practice. Visualizing the presence of microorganisms on the hand and/or the hand washing technique was referred to as a contributive for a meaningful learning. The aspects identified as impeditive for application of the knowledge in the daily practice by the professionals were classified in four: work organization; work relations; work conditions and cognitive/behavioral aspects. As mentors worried with the learning process we aim at the integrality of the person, understanding education as a precursor of quality of life. In this perspective, we defend that people do not change their behavior only by receiving information, and that nosocomial infection prevention can only occur if cultural and social changes that support the transformation of practices, habits, attitudes and beliefs are made, and these changes cannot be imposed or understood out of their context. It is clear that even the best educational programs will not resolve all these issues alone; aspects like those related to work organization, contribution from the managers of health institutions are core points to be consideredFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporProdução e avaliação de estratégias educacionais para o treinamento de profissionais de saúde de diferentes categoriasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2008-07-29Pós-Graduação em Ensino em Biociências e SaúdeFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Ensino em Biociências e SaúdeInfecção HospitalarDesinfecção das MãosCapacitação de Recursos Humanos em SaúdeEducaçãoEstratégiasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/19388/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALsonia_neves_ioc_dout_2008.pdfapplication/pdf2579557https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/19388/2/sonia_neves_ioc_dout_2008.pdf00190b051bbdab0255efc88a81980596MD52TEXTsonia_neves_ioc_dout_2008.pdf.txtsonia_neves_ioc_dout_2008.pdf.txtExtracted texttext/plain448758https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/19388/3/sonia_neves_ioc_dout_2008.pdf.txt061d45516cca0ba46ed7fac360956c22MD53icict/193882018-08-15 02:44:44.786oai:www.arca.fiocruz.br:icict/19388Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-08-15T05:44:44Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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