Hantavírus em Mato Grossosituação atual com ênfase em populações vulneráveis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Terças, Ana Cláudia Pereira
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/17722
Resumo: O estado de Mato Grosso ocupa o terceiro lugar em número de casos da síndrome pulmonar por hantavírus (SPH) no Brasil, com uma taxa de letalidade média de 42,8% em duas regiões distintas onde atividades agrícolas e de desmatamento são predominantes. Desde 2010 uma alteração no perfil dos pacientes vem sendo observada, com expansão da SPH para populações vulneráveis que até então não eram acometidas. A finalidade deste estudo é investigar a presença de infecção por hantavírus em populações vulneráveis de Mato Grosso, visando, consequentemente, propor medidas de prevenção que sejam adequadas à realidade socioambiental dessas comunidades. Assim, foram conduzidos estudos com crianças, garimpeiros e indígenas. Na análise envolvendo crianças foi utilizada estratégia descritiva e retrospectiva com base de dados secundários, na qual foi possível descrever 32 crianças mato-grossenses com SPH tanto em áreas de desmatamento como de atividade agrícola, sem predominância de sexo, acometendo tanto crianças indígenas e não indígenas (34,3%). O domicílio foi o local provável de infecção mais encontrado (84,4%). Febre (75%), dispneia (59,4%), tosse (46,9%), cefaleia (43,7%) e dor abdominal (43,7%) foram as manifestações clínicas mais frequentes com uma letalidade de 34,4%. É apresentado também o primeiro caso de SPH em criança no bioma do Pantanal mato-grossense. Em relação aos garimpeiros foi possível confirmar os primeiros casos da SPH nessa população com a identificação do genótipo Castelo dos Sonhos Adicionalmente, a partir de amostras do monitoramento de malária em uma região de garimpo em 2012, encontrou-se uma soroprevalência para hantavírus de 3,57% com um dos quatro garimpeiros sororreativos para hantavírus com infecção simultânea por P. falciparum, confirmada por gota espessa. Um inquérito sorológico, utilizando teste imunoenzimático com antígeno Araraquara para detecção de anticorpos anti-hantavírus da classe IgG foi realizado na comunidade indígena Haliti-Paresí com 301 indivíduos, 92,04% da população total, com uma abordagem prospectiva a partir de duas coortes, uma em 2014 e a segunda, em 2015. Com uma soroprevalência global de 11,62% (35/301), a avaliação prospectiva de 110 amostras de soro pareadas, que foram coletadas em 2014 e 2015, possibilitou a identificação de quatro indígenas sem anticorpos anti-hantavírus da classe IgG em 2014 que soroconverteram durante o estudo. Todos os indígenas que apresentaram anticorpos anti-hantavírus da classe IgG foram submetidos à pesquisa de anticorpos IgM e todos foram negativos. Em adição, foi realizada uma expedição para captura de animais silvestres na qual foram capturados dois roedores silvestres - Cerradomys scotti e Calomys tener - que foram soronegativos. Por fim, visando ampliar os conhecimentos necessários sobre a etnia e sua relação com a SPH e, assim, contribuir com produtos que possam auxiliar na redução do risco de adoecer por hantavírus e melhorar o seu nível de vida, foi construído um relato de experiência sobre a coleta de dados, além de uma revisão de literatura sobre a demografia Paresí, uma análise sobre o conhecimento das crianças indígenas sobre a hantavirose, além da produção de material educativo trilíngue
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A finalidade deste estudo é investigar a presença de infecção por hantavírus em populações vulneráveis de Mato Grosso, visando, consequentemente, propor medidas de prevenção que sejam adequadas à realidade socioambiental dessas comunidades. Assim, foram conduzidos estudos com crianças, garimpeiros e indígenas. Na análise envolvendo crianças foi utilizada estratégia descritiva e retrospectiva com base de dados secundários, na qual foi possível descrever 32 crianças mato-grossenses com SPH tanto em áreas de desmatamento como de atividade agrícola, sem predominância de sexo, acometendo tanto crianças indígenas e não indígenas (34,3%). O domicílio foi o local provável de infecção mais encontrado (84,4%). Febre (75%), dispneia (59,4%), tosse (46,9%), cefaleia (43,7%) e dor abdominal (43,7%) foram as manifestações clínicas mais frequentes com uma letalidade de 34,4%. É apresentado também o primeiro caso de SPH em criança no bioma do Pantanal mato-grossense. 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Por fim, visando ampliar os conhecimentos necessários sobre a etnia e sua relação com a SPH e, assim, contribuir com produtos que possam auxiliar na redução do risco de adoecer por hantavírus e melhorar o seu nível de vida, foi construído um relato de experiência sobre a coleta de dados, além de uma revisão de literatura sobre a demografia Paresí, uma análise sobre o conhecimento das crianças indígenas sobre a hantavirose, além da produção de material educativo trilíngueThe state of Mato Grosso has the third highest number of Hantavirus Pulmonary Syndrome (HPS) cases in Brazil, with an average fatality rate of 42.8% in two distinct regions where agriculture and deforestation activities are prevalent. Since 2010, there has been a change in the profile of patients, expanding HPS to previously unaffected vulnerable populations. The purpose of this study is to investigate the presence of hantavirus infection in vulnerable populations of Mato Grosso, objectifying, therefore, to propose preventive measures according to the social and environmental reality of these communities. Thus, studies were conducted with children, miners and indigenous. In the analysis involving children, a descriptive and retrospective strategy with secondary database was used, in which it was possible to describe 32 children from Mato Grosso with HPS, both in deforested as agriculture areas, without predominance of gender, affecting both indigenous as non-indigenous (34.3%). The most common site of infection was the home (84.4%). Fever (75%), dyspnea (59.4%), cough (46.9%), headache (43.7%) and abdominal pain (43.7%) were the most common clinical manifestations with a mortality of 34, 4%. It also presents the first case of HPS in children in the Pantanal biome. Regarding the miners, there was confirmation of the first cases of HPS in this population, with the identification of the Castelo dos Sonhos genotype In addition, from the malaria monitoring samples in a mining region in 2012, there was hantavirus serum prevalence of 3.57%, with one of the four miners serum-reactive for hantavirus with simultaneous P. falciparum infection, confirmed by thick blood smear. There was a serological survey using enzyme immunoassay with Araraquara antigen to detect anti-hantavirus IgG antibodies of the IgG in Haliti-Paresí indigenous community with 301 individuals, 92.04% of the total population, with a forward-looking approach from two cohorts, one in 2014 and the second in 2015. With an overall serum prevalence of 11.62% (35/301), the prospective evaluation of 110 samples paired serum, collected in 2014 and 2015, allowed the identification of four indigenous without anti-hantavirus IgG antibodies in 2014 who seroconverted during the study. All indigenous who had anti-hantavirus IgG antibodies underwent IgM antibodies tests and all were negative. An expedition to capture wild animals was also developed, which resulted in the capture of two wild rodents - Cerradomys scotti and Calomys tener - that were serum negative. Finally, aiming to expand the necessary knowledge of ethnicity and its relationship with HPS and, thus, contribute with products that can help reduce the risk of hantavirus disease and improve their standard of living, an experience report was built on data collection, as well as a literature review on Paresí demographics, analysis of indigenous children\2019s knowledge about hantavirus and a trilingual educational materialFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporHantavírus em Mato Grossosituação atual com ênfase em populações vulneráveisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2016-09-29Pós-Graduação em Medicina TropicalFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Medicina TropicalSíndrome Pulmonar por HantavirusVulnerabilidade em SaúdeDoenças TransmissíveisEpidemiologiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/17722/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALana_tercas_ioc_dout_2016.pdfapplication/pdf9353426https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/17722/2/ana_tercas_ioc_dout_2016.pdf7b9af39715ebdc6470b73d0dea6c058eMD52TEXTana_tercas_ioc_dout_2016.pdf.txtana_tercas_ioc_dout_2016.pdf.txtExtracted texttext/plain663920https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/17722/3/ana_tercas_ioc_dout_2016.pdf.txtbfa6e28c5bd57016187e1f464684cb0cMD53icict/177222023-09-04 11:49:22.797oai:www.arca.fiocruz.br:icict/17722Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-09-04T14:49:22Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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