Ancilostomíase e outras Parasitoses Intestinais na Região dos CarnaubaisEstudo Transversal no Município de Nossa Senhora de Nazaré, Piauí

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reis, Elis Regina Chaves dos
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14738
Resumo: As estratégias brasileiras de controle das geohelmintíases têm sido alinhadas àquelas propostas pela Organização Mundial da Saúde, o tratamento periódico coletivo de crianças em idade escolar com drogas anti-helmínticas. Esta estratégia potencialmente leva a um desconhecimento dos cenários epidemiológicos regionais. O presente estudo visou estimar a prevalência e a distribuição das parasitoses intestinais em um município da Região dos Carnaubais, no estado do Piauí. Foi realizado um estudo transversal incluindo 81 famílias e 298 pessoas. As técnicas parasitológicas utilizadas foram o Ritchie, Faust, Kato-Katz e Baerman-Moraes. As prevalências dos diferentes parasitas intestinais foram as seguintes: ancilostomídeos, 14,1% (42/298); Strongyloides stercoralis, 0,34% (1/298), Enterobius vermiculares, 3% (9/298) e Rodentolepis nana, 0,34% (1/298), Giardia intestinalis, 8,4% (25/298) e E. histolytica/E.dispar, 1,3% (4/298). Dos participantes positivos, 76,3% (87/114) estavam monoparasitados e 23,6% (27/114) apresentavam dois agentes parasitários ou mais. Entre as 42 pessoas com ancilostomíase, foi possível determinar a carga parasitária de 27 (64,3%). Entre estas, 24 (89%) tinham infecções de baixa intensidade caracterizadas por carga parasitária inferior a 2.000 ovos por grama (opg) de fezes, com média de 318 ± 348 opg. Observaram-se 3 pessoas (11,1%) com infecções de média intensidade (2.000 a 3.999 opg). Há uma tendência de aumento da intensidade da infecção com a redução da idade (R = -0,26), porém sem significância estatística (p = 0,195). Foram medidos 17 exemplares de ovos de ancilostomídeos O comprimento dos ovos variou entre 53,52 \03BCm e 65,7 \03BCm, com média de 61 ± 3,4 \03BCm. A largura variou entre 37,32 \03BCm e 43,15 \03BCm, com média de 40,29 ± 1,94 \03BCm. Desta forma, o comprimento e a largura de todos os ovos é compatível com ancilostomídeos, Observaram-se casos de ancilostomíase em quase todas as localidades pesquisadas. Observou-se que a taxa de positividade para ancilostomíase das famílias que praticam evacuação a céu aberto é significativamente superior (10/32 [31,2%]) àquela apresentada pelas famílias que possuem latrina (6/49 [12,2%]), p = 0,035. A ancilostomíase é a única geohelmintíase presente na região, estando associada com hábitos de defecação, sendo mais frequente em localidades com solo arenoso
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O presente estudo visou estimar a prevalência e a distribuição das parasitoses intestinais em um município da Região dos Carnaubais, no estado do Piauí. Foi realizado um estudo transversal incluindo 81 famílias e 298 pessoas. As técnicas parasitológicas utilizadas foram o Ritchie, Faust, Kato-Katz e Baerman-Moraes. As prevalências dos diferentes parasitas intestinais foram as seguintes: ancilostomídeos, 14,1% (42/298); Strongyloides stercoralis, 0,34% (1/298), Enterobius vermiculares, 3% (9/298) e Rodentolepis nana, 0,34% (1/298), Giardia intestinalis, 8,4% (25/298) e E. histolytica/E.dispar, 1,3% (4/298). Dos participantes positivos, 76,3% (87/114) estavam monoparasitados e 23,6% (27/114) apresentavam dois agentes parasitários ou mais. Entre as 42 pessoas com ancilostomíase, foi possível determinar a carga parasitária de 27 (64,3%). 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Observou-se que a taxa de positividade para ancilostomíase das famílias que praticam evacuação a céu aberto é significativamente superior (10/32 [31,2%]) àquela apresentada pelas famílias que possuem latrina (6/49 [12,2%]), p = 0,035. A ancilostomíase é a única geohelmintíase presente na região, estando associada com hábitos de defecação, sendo mais frequente em localidades com solo arenosoAbstract: Brazilian strategies for soil transmitted helminthiases (STH) control have been aligned to those proposed by the World Health Organization, the collective and periodic treatment of school children with anthelmintic drugs. This strategy potentially leads to a lack of regional epidemiological scenarios. The present study aimed to estimate the prevalence and distribution of STHs in the state of Piaui. A cross-sectional study including 81 families and 298 subjects was conducted. Parasitological techniques used were Ritchie, Faust, Kato-Katz and Baerman-Moraes. The prevalence of different intestinal parasites were: hookworms, 14.1% (42/298); Strongyloides stercoralis, 0.34% (1/298), Enterobius vermicularis, 3% (9/298), Rodentolepis nana, 0.34% (1/298), Giardia intestinalis, 8.4% (25/298) and E. histolytica / E.dispar, 1.3% (4/298). Among positive participants, 76.3% (87/114) had one parasite and 23.6% (27/114) had two or more parasitic organisms. Among 42 subjects with hookworms, we determined the parasite load of 27 (64.3%). Among these, 24 (89%) had low intensity infections characterized by parasitic load below 2,000 eggs per gram (EPG) of feces, averaging 318 ± 348 epg. Three persons were observed (11.1%) with moderate intensity of infection (2000-3999 epg). There is a trend of increasing intensity of infection with decreasing age (R = -0.26), but without statistical significance (p = 0.195). 17 samples of hookworm eggs were measured. The length of the eggs ranged between 53.52 m and 65.7 \03BCm averaging 61 ± 3.4 \03BCm The width varied between 37.32 \03BCm and 43.15 \03BCm averaging 40.29 ± 1.94 \03BCm. Thus, the length and width of all eggs is compatible with hookworms. Cases of hookworm infection were observed in almost all studied locations. It was observed that the positivity rate for hookworm in families who practice open evacuation is significantly higher (10/32 [31.2 %]) that among households owning latrine (6/49 [12.2%] ), p = 0.035. The hookworms are the only STH present in the region and is associated with defecation habits, being more frequent in places with sandy soil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Teresina, PI, BrasilporAncilostomíase e outras Parasitoses Intestinais na Região dos CarnaubaisEstudo Transversal no Município de Nossa Senhora de Nazaré, Piauíinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2015-Jul-08Pós-Graduação em Medicina TropicalFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzTeresina/PIPrograma de Pós-Graduação em Medicina TropicalAncilostomíaseCriançaInfecçãoSaúde PúblicaEstudos Transversaisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZTEXTelis_reis_ioc_mest_2015.pdf.txtelis_reis_ioc_mest_2015.pdf.txtExtracted texttext/plain233798https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14738/4/elis_reis_ioc_mest_2015.pdf.txtc351f72ee11865d25cae1c3338c435afMD54LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14738/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52ORIGINALelis_reis_ioc_mest_2015.pdfapplication/pdf2910285https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14738/3/elis_reis_ioc_mest_2015.pdf839216952c697064e362d24367d02592MD53icict/147382023-09-04 11:49:12.83oai:www.arca.fiocruz.br:icict/14738Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-09-04T14:49:12Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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