Identidades profissionais dos agentes de combate às endemias no contexto da dengue
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38231 |
Resumo: | A dengue e outras arboviroses, como Chikungunya, Zika e febre amarela são hoje, doenças endêmicas que constituem problemas grave de saúde pública no Brasil. As atividades de prevenção e controle das arboviroses tem como ator central o Agente de Combate às Endemias (ACE). No entanto, há poucos estudos que se debruçam sobre a questão identitária e de formação com relação aos ACE. Compreender como são construídas as identidades profissionais dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) que atuam na prevenção e controle da dengue em um distrito sanitário de Contagem/Minas Gerais. A pesquisa é analítica e de abordagem qualitativa. Participaram todos os 30 ACE atuantes no Distrito Sanitário de Eldorado. A pesquisa de campo foi realizada no ano de 2016 com a equipe de zoonoses do Distrito Sanitário Eldorado/Contagem/MG. Foram realizados 05 grupos focais, com, em média, 06 ACE por grupo. Os grupos focais foram transcritos e analisados conforme análise de conteúdo. Utilizou-se também a fundamentação teórica dos conceitos de qualificação e identidade profissional para a análise do material. A partir desse referencial foram estabelecidas três categorias de análise, a saber: trajetória de formação no contexto da dengue; reconhecimento pelo outro e, reconhecimento de si. Dos ACE pesquisados, 77% são do sexo feminino, 80% com idade entre 30 e 49 anos e 60% possuíam o Ensino Médio completo.. Há entre eles uma diferenciação do tempo de trabalho na função: os novatos, com menos de 01 ano de experiência; e os mais antigos, com até 17 anos na função. A partir das análises das falas dos ACE e da literatura que a precariedade na formação e a dificuldade na legitimação de seus saberes traduzem um processo individualizado de aquisição de conhecimentos, sendo adquiridos e construídos a partir do senso comum, no cotidiano de trabalho. Assim, sem a devida qualificação, o ACE estrutura sua identidade profissional comprometendo seu reconhecimento por si e pelo outro. Os ACE deste estudo construíram e reconstruíram suas identidades profissionais em um “Eldorado endêmico”, no contexto da dengue. Isso, em precárias condições de trabalho, sem crachá, com um aprendizado via “telefone sem fio” e, portanto, sem uma formação profissional inicial e continuada necessária à sua prática de trabalho. Formação esta estruturante do reconhecimento de si e do reconhecimento pelos outros, ou seja, das identidades. |
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Compreender como são construídas as identidades profissionais dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) que atuam na prevenção e controle da dengue em um distrito sanitário de Contagem/Minas Gerais. A pesquisa é analítica e de abordagem qualitativa. Participaram todos os 30 ACE atuantes no Distrito Sanitário de Eldorado. A pesquisa de campo foi realizada no ano de 2016 com a equipe de zoonoses do Distrito Sanitário Eldorado/Contagem/MG. Foram realizados 05 grupos focais, com, em média, 06 ACE por grupo. Os grupos focais foram transcritos e analisados conforme análise de conteúdo. Utilizou-se também a fundamentação teórica dos conceitos de qualificação e identidade profissional para a análise do material. A partir desse referencial foram estabelecidas três categorias de análise, a saber: trajetória de formação no contexto da dengue; reconhecimento pelo outro e, reconhecimento de si. Dos ACE pesquisados, 77% são do sexo feminino, 80% com idade entre 30 e 49 anos e 60% possuíam o Ensino Médio completo.. Há entre eles uma diferenciação do tempo de trabalho na função: os novatos, com menos de 01 ano de experiência; e os mais antigos, com até 17 anos na função. A partir das análises das falas dos ACE e da literatura que a precariedade na formação e a dificuldade na legitimação de seus saberes traduzem um processo individualizado de aquisição de conhecimentos, sendo adquiridos e construídos a partir do senso comum, no cotidiano de trabalho. Assim, sem a devida qualificação, o ACE estrutura sua identidade profissional comprometendo seu reconhecimento por si e pelo outro. Os ACE deste estudo construíram e reconstruíram suas identidades profissionais em um “Eldorado endêmico”, no contexto da dengue. Isso, em precárias condições de trabalho, sem crachá, com um aprendizado via “telefone sem fio” e, portanto, sem uma formação profissional inicial e continuada necessária à sua prática de trabalho. Formação esta estruturante do reconhecimento de si e do reconhecimento pelos outros, ou seja, das identidades.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. 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