Trabalhadores da saúde no Brasil: formas de organização do trabalho dos agentes de combate às endemias nos séculos XX e XXI

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Velasques, Muza Clara Chaves
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38494
Resumo: Estudo da reconfiguração, reestruturação nos processos de trabalho dos Agentes de Combate às Endemias (ACE), trabalhadores da saúde que atravessaram os séculos XX e XXI empreendendo ações a partir da vigilância sanitária, sob o comando do Ministério da Saúde e os poderes municipal e estadual na suas diferentes dimensões com o capital. Nas experiências de trabalho: analisar o alcance do controle impeditivo do avanço das transformações do trabalho dos ACEs, tendo o Estado como agente determinante;analisar a relação trabalhadores/Estado/Capital e as formas de luta dos ACEs. Parto de duas frentes de investigação empírica.A primeira resulta da pesquisa coletiva, Processo de Trabalho dos Técnicos em Saúde na perspectiva dos saberes, práticas e competências,do Observatório dos Técnicos em Saúde da EPSJV/Fiocruz, que estudou os trabalhadores técnicos das Equipes de Saúde da Família do modelo de atenção básica da saúde existente no país. Foram entrevistados Agentes de Endemias em quase todos os estados da federação. Outra frente teve como objeto de investigação os processos de trabalho dos Guardas Sanitários das primeiras décadas do século XX no Distrito Federal e explorou os arquivos da extinta Delegacia de Saúde existente no Arquivo Nacional. Privilegiando o estudo comparativo(Séc. XX e XXI),percebemos a manutenção das antigas formas de trabalho e precarização dos ACEs pelas instituições do Estado brasileiro.A visão da saúde/prevenção através do controle sempre foram impeditivos para a autonomia do trabalhador e o avanço dos seus processos de trabalho e formação. Mantendo a hierarquização do trabalho a partir da gestão e o negligenciamento do Estado no cuidado com a saúde do trabalhador, percebemos a pactuação do Estado com o Capital na disputa com o trabalho/trabalhadores. A observação dos fracos vínculos empregatícios e a metamorfose das formas de luta reforçam o resultado de nossas análises. As tensões e conflitos no Mundo do Trabalho na saúde dos trabalhadores das categorias técnicas e auxiliares, com destaque para a atenção básica, são fortemente marcadas pelo conservadorismo da concepção de saúde/controle e das práticas de atuação do Estado traduzidas na hierarquização da gestão do trabalho e ausência de autonomia dos trabalhadores.
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Nas experiências de trabalho: analisar o alcance do controle impeditivo do avanço das transformações do trabalho dos ACEs, tendo o Estado como agente determinante;analisar a relação trabalhadores/Estado/Capital e as formas de luta dos ACEs. Parto de duas frentes de investigação empírica.A primeira resulta da pesquisa coletiva, Processo de Trabalho dos Técnicos em Saúde na perspectiva dos saberes, práticas e competências,do Observatório dos Técnicos em Saúde da EPSJV/Fiocruz, que estudou os trabalhadores técnicos das Equipes de Saúde da Família do modelo de atenção básica da saúde existente no país. Foram entrevistados Agentes de Endemias em quase todos os estados da federação. Outra frente teve como objeto de investigação os processos de trabalho dos Guardas Sanitários das primeiras décadas do século XX no Distrito Federal e explorou os arquivos da extinta Delegacia de Saúde existente no Arquivo Nacional. Privilegiando o estudo comparativo(Séc. 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Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial. 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