Estudo da semântica e estrutura da linguagem na síndrome de Williams

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mayrink, Maria Luciana de Siqueira
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6654
Resumo: A linguagem desempenha um papel fundamental no desenvolvimento, é através da linguagem que a criança adquire novos conceitos sobre si mesma, objetos e o contexto socio-afetivo. Assim se constituindo como sujeito, socializa-se, integra-se à sua cultura, desenvolve o aprendizado e, posteriormente,vai para o mercado de trabalho. Todavia, existem alguns fatores que podem causar desvios na aquisição da linguagem. Entender por que e como os distúrbios de linguagem ocorrem não é tarefa de fácil. Como não é possível desenvolver homólogos de linguagem em outras espécies, o entendimento de suas habilidades e distúrbios ocorrem através das observações e estudos de indivíduos que apresentam comprometimento no desenvolvimento da linguagem5. Assim, os estudos das síndromes genéticas despertam interesse entre os pesquisadores, pois possuem características específicas e recorrentes que proporcionam o entendimento da organização funcional das alterações que expressam. A Síndrome de Williams é uma desordem genética que tem, como uma de suas características, déficits nos comportamento cognitivo e de linguagem. A partir do ano 2000, pesquisas demonstram que os indivíduos com Síndrome de Williams apresentam alteração no desenvolvimento de todas as habilidades de linguagem. Este trabalho tem como objetivo investigar as alterações no desenvolvimento da semântica e da estrutura da linguagem na Sindrome de Willians. Inicialmente aplicamos uma bateria de testes padronizados composta pelo Clinical Evaluation Language Fundamentals Revided – CELF-R, Avaliação do Desenvolvimento da Linguagem – ADL e Peabody Picture Vocabulary Test – Revised – PPVT -R em uma população de 7 sujeitos (2 meninas feminino; 5 do sexo masculino) com faixa etária entre 7 a 16 anos. Os resultados da bateria de testes mostraram que os sujeitos, na aquisição semântica, alcançaram mediana de idade no desenvolvimento da linguagem bem abaixo da sua idade cronológica e que, na aquisição de conceitos de substantivos e verbos avaliada pelo PPVT -R, apresentaram uma mediana de idade superior ao ADL que avaliou a aquisição, também, dos conceitos de adjetivos, de relação espacial, de quantidade e de relação temporal. Procuramos investigar a sintaxe, aplicando o subteste Formulação de Sentença da bateria de testes do CEFL-R que identifica aspectos da formulação oral da sentença relacionados à capacidade em compreender o significado da palavra-chave e formular uma frase gramatical e semanticamente adequada. A análise das frases demonstrou que só 4 sujeitos utilizaram a palavra chave da categoria substantivo e 3 sujeitos da categoria verbo para formular sentenças com sintaxe e semântica adequadas, que são as primeiras categorias semânticas alcançadas no desenvolvimento típico da linguagem. Nossos dados sugerem que o nível de aquisição semântica está associado à habilidade para formulação de sentenças.
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Como não é possível desenvolver homólogos de linguagem em outras espécies, o entendimento de suas habilidades e distúrbios ocorrem através das observações e estudos de indivíduos que apresentam comprometimento no desenvolvimento da linguagem5. Assim, os estudos das síndromes genéticas despertam interesse entre os pesquisadores, pois possuem características específicas e recorrentes que proporcionam o entendimento da organização funcional das alterações que expressam. A Síndrome de Williams é uma desordem genética que tem, como uma de suas características, déficits nos comportamento cognitivo e de linguagem. A partir do ano 2000, pesquisas demonstram que os indivíduos com Síndrome de Williams apresentam alteração no desenvolvimento de todas as habilidades de linguagem. Este trabalho tem como objetivo investigar as alterações no desenvolvimento da semântica e da estrutura da linguagem na Sindrome de Willians. Inicialmente aplicamos uma bateria de testes padronizados composta pelo Clinical Evaluation Language Fundamentals Revided – CELF-R, Avaliação do Desenvolvimento da Linguagem – ADL e Peabody Picture Vocabulary Test – Revised – PPVT -R em uma população de 7 sujeitos (2 meninas feminino; 5 do sexo masculino) com faixa etária entre 7 a 16 anos. Os resultados da bateria de testes mostraram que os sujeitos, na aquisição semântica, alcançaram mediana de idade no desenvolvimento da linguagem bem abaixo da sua idade cronológica e que, na aquisição de conceitos de substantivos e verbos avaliada pelo PPVT -R, apresentaram uma mediana de idade superior ao ADL que avaliou a aquisição, também, dos conceitos de adjetivos, de relação espacial, de quantidade e de relação temporal. Procuramos investigar a sintaxe, aplicando o subteste Formulação de Sentença da bateria de testes do CEFL-R que identifica aspectos da formulação oral da sentença relacionados à capacidade em compreender o significado da palavra-chave e formular uma frase gramatical e semanticamente adequada. A análise das frases demonstrou que só 4 sujeitos utilizaram a palavra chave da categoria substantivo e 3 sujeitos da categoria verbo para formular sentenças com sintaxe e semântica adequadas, que são as primeiras categorias semânticas alcançadas no desenvolvimento típico da linguagem. Nossos dados sugerem que o nível de aquisição semântica está associado à habilidade para formulação de sentenças.The language plays a fundamental role in the individual development. It is through the language that children acquire new concepts about themselves, objects and social -affective context. Thus, as persons, they socialize, integrate to their own culture, develop the learning and later go to labor market. However, there are some factors that may cause deviation in the language acquisition. Understanding why and how language disorder occur is not an easy task. As it is not possible to develop language homologos in other species, the understanding of their abilities and disturbances occur through observations and studies of individuals who show language development disorder . Thus, genetic syndrome studies arouse interest among scientists, because they have specific and repetitive characteristics that provide functional organization understanding of alterations they express. Williams Syndrome is a genetic disorder which presents as one of its characteristics, language and cognitive behavior deficits. From year 2000 and on, researches show that Williams Syndrome individuals exhibit development alterations in all languages abilities. This work aims to investigate semantic development and language structure alterations in Williams Syndrome. Initially a battery of standardized tests is applied comprising Clinical Evaluation Language Fundamentals Revised – CELF-R, Language Development Evaluation – ADL and Peabody Picture Vocabulary Test – Revised – PPVT -R in a population of 7 people (2 female; 5 male) aged between 7 and 16 years old. The battery of tests results showed that individuals, regarding semantic acquisition, reached age median language development well bellow of chronological age and that verbs and substantives concept acquisition evaluated by PPVT -R show an age median above when compared to ADL, which also evaluates the acquisition of adjective concepts, spatial relation, quantity and time relation. The syntax was investigated by applying Sentence Formulation subtest of CEFL-R battery which identify aspects of oral sentence formulation related to the ability to comprehend the key-word meaning and construct a grammatical phrase using proper semantic. The phrases analysis showed that only 4 individuals employed the substantive category keyword and 3 individuals employed verb category to construct sentences with proper semantic and syntax, which are the first semantic categories obtained in the typical language development. The data suggest that the level of semantic acquisition is associated to the abilities of sentence formulation.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporInstituto Fernandes FigueiraFonoaudiologiaPatologia da Fala e da LinguagemTranstorno de LinguagemSíndrome de WilliamsCriançasAdolescentesSpeech TherapyLanguage and Hearing SciencesLanguage DisorderWilliams SyndromeChildren and AdolescentsSíndrome de WilliamsTranstornos da LinguagemPatologia da Fala e LinguagemEstudo da semântica e estrutura da linguagem na síndrome de Williamsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2012-03Departamento de EnsinoFundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes FigueiraMestrado AcadêmicoRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulherinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81914https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6654/1/license.txt7d48279ffeed55da8dfe2f8e81f3b81fMD51ORIGINALMaria Luciana Mayrink.pdfMaria Luciana Mayrink.pdfapplication/pdf5548939https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6654/2/Maria%20Luciana%20Mayrink.pdf5274ed2341bf891d3cedecabeefbf325MD52TEXTMaria Luciana Mayrink.pdf.txtMaria Luciana Mayrink.pdf.txtExtracted texttext/plain176713https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6654/5/Maria%20Luciana%20Mayrink.pdf.txtef2eb91de322ad9ccb6ee18aad3a91d0MD55THUMBNAILMaria Luciana Mayrink.pdf.jpgMaria Luciana Mayrink.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1245https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6654/4/Maria%20Luciana%20Mayrink.pdf.jpg4da1f19a28b0d9f38fd73f4b776e6426MD54icict/66542019-01-09 16:13:35.071oai:www.arca.fiocruz.br:icict/6654TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBlIGFjZWl0YXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSB2b2PDqiAoYXV0b3Igb3UgZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzKToKCmEpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zDrXRpY2EgZGUgY29weXJpZ2h0IGRhIGVkaXRvcmEgZG8gc2V1IGRvY3VtZW50by4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgZSBhY2VpdGEgYXMgRGlyZXRyaXplcyBwYXJhIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgRnVuZGHDp8OjbyBPc3dhbGRvIENydXogKEZJT0NSVVopLgoKYykgQ29uY2VkZSDDoCBGSU9DUlVaIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSBhcnF1aXZhciwgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGEgc2VndWlyKSwgY29tdW5pY2FyCiAKZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBkYSBGSU9DUlVaLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgCgpwb3IgcXVhbHF1ZXIgb3V0cm8gbWVpby4KCmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgRklPQ1JVWiBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgCgpwYXJhIHF1YWxxdWVyIGZvcm1hdG8gZGUgYXJxdWl2bywgbWVpbyBvdSBzdXBvcnRlLCBwYXJhIGVmZWl0b3MgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgcHJlc2VydmHDp8OjbyAoYmFja3VwKSBlIGFjZXNzby4KCmUpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIHN1Ym1ldGlkbyDDqSBvIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyAKCmNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBEZWNsYXJhIHRhbWLDqW0gcXVlIGEgZW50cmVnYSBkbyBkb2N1bWVudG8gbsOjbyBpbmZyaW5nZSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIAoKaXJyZXN0cml0YSBkbyByZXNwZWN0aXZvIGRldGVudG9yIGRlc3NlcyBkaXJlaXRvcywgcGFyYSBjZWRlciBhIEZJT0NSVVogb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0YSBMaWNlbsOnYSBlIGF1dG9yaXphciBhIAoKdXRpbGl6w6EtbG9zIGxlZ2FsbWVudGUuIERlY2xhcmEgdGFtYsOpbSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIAoKbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZS4KCmcpIFNFIE8gRE9DVU1FTlRPIEVOVFJFR1VFIMOJIEJBU0VBRE8gRU0gVFJBQkFMSE8gRklOQU5DSUFETyBPVSBBUE9JQURPIFBPUiBPVVRSQSBJTlNUSVRVScOHw4NPIFFVRSBOw4NPIEEgRklPQ1JVWiwgREVDTEFSQSBRVUUgQ1VNUFJJVSAKClFVQUlTUVVFUiBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUEVMTyBSRVNQRUNUSVZPIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4gQSBGSU9DUlVaIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgYXV0b3IoZXMpIGRvcyAKCmRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-01-09T18:13:35Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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