Determinação Social das Infecções por Parasitas Intestinais na Estratégia de Saúde da Família: uma Contribuição para a Humanização do Serviço

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ignacio, Caroline Ferraz
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23569
Resumo: Introdução: As infecções por parasitoses intestinais (IPIs) são doenças transmitidas por protozoários ou helmintos, consideradas \201Cdoenças negligenciadas da pobreza\201D, que continuam inibindo melhorias em qualidade de vida de aproximadamente uma em cada quatro pessoas, apesar dos avanços biomédicos. Sua persistência destaca o papel das atribuições sociais, políticas, econômicas e culturais, além de biomédicas, que envolvem as IPIs. Existem instrumentos de políticas públicas para o enfrentamento destas doenças, diretamente e indiretamente, através de ações sob as condições promotoras da doença. Porém, a sua gestão ocorre principalmente no âmbito da Atenção Básica (AB) do Sistema Único de Saúde (SUS). No Complexo de Manguinhos, Rio de Janeiro, a AB é organizada pela Estratégia de Saúde da Família (ESF). Por isso, o objetivo do estudo foi analisar o processo de gestão do autocuidado relacionado às doenças negligenciadas da pobreza com foco nas parasitoses intestinais, no Complexo de Manguinhos, RJ, a fim de contribuir para a humanização dos serviços no SUS, no âmbito do plano \201CBrasil Sem Miséria\201D (BSM). Material e Métodos: Por ser orientado através da busca de resultados aplicáveis que visam ser aplicados na transformação de um problema, esse estudo se situou no âmbito de pesquisa ativista qualiquantitativa. A sua metodologia foi desenvolvida ao longo do estudo de acordo com a necessidade de aprofundar os achados levantados na aplicação dos questionários de Conhecimentos, Atitudes e Práticas (QCAP) (n=58 profissionais de saúde, n=571 moradores), questionário socioeconômico e habitacional (QSEH) (n=318) e do levantamento epidemiológico das parasitoses intestinais através da realização de exames coproparasitológicos através do método de sedimentação espontânea (n=595 amostras) Foram incluídas entrevistas semiabertas, uma sessão técnica, oficina e levantamento bibliográfico realizado com fontes acadêmicas e não acadêmicas. Indicadores foram desenvolvidos a partir das observações e dos resultados obtidos ao longo da pesquisa e validados em apresentação na comunidade. Resultados: A prevalência de IPIs foi de 29,4% com a predominância dos protozoários. Em relação aos conhecimentos, atitudes e práticas, foi detectada familiarização e banalização das IPIs. As falas não conectaram o conhecimento geral sobre as IPIs com formas de prevenção. Esses resultados levaram à realização de uma sessão técnica sobre as IPIs no CM com os profissionais de saúde. Essa sessão técnica, somada com as entrevistas aos moradores e a oficina com os Agentes Comunitários de Saúde, contribuíram para identificar complexos processos de vulnerabilização da saúde no território que vão além de questões biomédicas e construir a matriz de indicadores. Essa matriz foi validada como ferramenta de educação permanente na ESF. Conclusão: Os resultados evidenciam a necessidade de incorporar avaliações dos processos na educação permanente que visa à humanização. A matriz pode contribuir para a inclusão da discussão sobre os processos socioambientais do território e sobre o papel do conhecimento dos profissionais da ESF no seu papel como gestores do autocuidado no CM.
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Existem instrumentos de políticas públicas para o enfrentamento destas doenças, diretamente e indiretamente, através de ações sob as condições promotoras da doença. Porém, a sua gestão ocorre principalmente no âmbito da Atenção Básica (AB) do Sistema Único de Saúde (SUS). No Complexo de Manguinhos, Rio de Janeiro, a AB é organizada pela Estratégia de Saúde da Família (ESF). Por isso, o objetivo do estudo foi analisar o processo de gestão do autocuidado relacionado às doenças negligenciadas da pobreza com foco nas parasitoses intestinais, no Complexo de Manguinhos, RJ, a fim de contribuir para a humanização dos serviços no SUS, no âmbito do plano \201CBrasil Sem Miséria\201D (BSM). Material e Métodos: Por ser orientado através da busca de resultados aplicáveis que visam ser aplicados na transformação de um problema, esse estudo se situou no âmbito de pesquisa ativista qualiquantitativa. A sua metodologia foi desenvolvida ao longo do estudo de acordo com a necessidade de aprofundar os achados levantados na aplicação dos questionários de Conhecimentos, Atitudes e Práticas (QCAP) (n=58 profissionais de saúde, n=571 moradores), questionário socioeconômico e habitacional (QSEH) (n=318) e do levantamento epidemiológico das parasitoses intestinais através da realização de exames coproparasitológicos através do método de sedimentação espontânea (n=595 amostras) Foram incluídas entrevistas semiabertas, uma sessão técnica, oficina e levantamento bibliográfico realizado com fontes acadêmicas e não acadêmicas. Indicadores foram desenvolvidos a partir das observações e dos resultados obtidos ao longo da pesquisa e validados em apresentação na comunidade. Resultados: A prevalência de IPIs foi de 29,4% com a predominância dos protozoários. Em relação aos conhecimentos, atitudes e práticas, foi detectada familiarização e banalização das IPIs. As falas não conectaram o conhecimento geral sobre as IPIs com formas de prevenção. Esses resultados levaram à realização de uma sessão técnica sobre as IPIs no CM com os profissionais de saúde. Essa sessão técnica, somada com as entrevistas aos moradores e a oficina com os Agentes Comunitários de Saúde, contribuíram para identificar complexos processos de vulnerabilização da saúde no território que vão além de questões biomédicas e construir a matriz de indicadores. Essa matriz foi validada como ferramenta de educação permanente na ESF. Conclusão: Os resultados evidenciam a necessidade de incorporar avaliações dos processos na educação permanente que visa à humanização. A matriz pode contribuir para a inclusão da discussão sobre os processos socioambientais do território e sobre o papel do conhecimento dos profissionais da ESF no seu papel como gestores do autocuidado no CM.Introduction: Intestinal parasitic infections (IPIs) are diseases transmitted by protozoan and helminths, considered neglected diseases of poverty, which continue to inhibit improvements in quality of life for one in four people, despite biomedical advances. Their persistence highlights the role of social, political, economic and cultural attributions, in addition to biomedical, which involve IPIs. There are instruments of Public Policy for tackling these diseases directly or indirectly by acting on the promotors of disease. However, the management of IPIs occurs mostly in the realm of primary health care (PC) in the Unified Health System (SUS). In the Complexo de Manguinhos, Rio de Janeiro, PC is organized by the Family Health Strategy (FHS). Therefore, the objective of this study was to analyze the self-care management process related to the neglected diseases of poverty with a focus on intestinal parasites, in the Complexo de Manguinhos, RJ, to contribute to humanizing health care in SUS, in the realm of the Brazil Without Extreme Poverty Plan. Methods: Guided by a search for results that can be applied to solve a real problem, this study is in the realm of quali-quantitative activist research. The methodology was developed throughout the study according to the need to further investigate the preliminary results of the Knowledge, Attitudes and Practices Surveys (KAPS) (n=59 health care providers, n=571 residents), the Socioeconomic Survey (n=318), and the epidemiological survey of intestinal parasites through parasitological analysis using the spontaneous sedimentation method (n=595 samples) Semi-structured interviews, a technical session, workshop and a review of academic and non-academic literature. Results: The prevalence of IPIs was 29.4% with a predominance of protozoan infections. Regarding knowledge, attitudes and practices, a familiarity and banalization of IPIs was noted. The answers did not show a link between general knowledge regarding IPIs and prevention. These results led to the realization of a technical session regarding IPIs in the CM with the health professionals. This technical session, in addition to the interviews with the residents and the workshop with the Community Health Workers, contributed to the identification of complex processes of vulnerabilization of health which go beyond biomedical issues and construct the indicator matrix. The matrix was validated as a tool for permanent education within the FHS. Conclusion: The results show a need for incorporating process evaluations in permanent education promoting humanization. The matrix can contribute to the inclusion of discussion regarding the socioenvironmental processes of the territory and the role of the knowledge of health professional of the FHS on their role as self-care managers in the CM.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porSaúde da População UrbanaAtenção Primária à SaúdeIndicadores Básicos de SaúdeDoenças NegligenciadasEducação ContinuadaDeterminação Social das Infecções por Parasitas Intestinais na Estratégia de Saúde da Família: uma Contribuição para a Humanização do Serviçoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2017Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Medicina Tropicalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/23569/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALcaroline_ignacio_ioc_dout_2017.pdfapplication/pdf35444015https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/23569/2/caroline_ignacio_ioc_dout_2017.pdf02cbc149df4df52e93af9cc59698887bMD52TEXTcaroline_ignacio_ioc_dout_2017.pdf.txtcaroline_ignacio_ioc_dout_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain451589https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/23569/3/caroline_ignacio_ioc_dout_2017.pdf.txt013db1fc59c623857d898672c6e80410MD53icict/235692023-09-04 11:49:29.065oai:www.arca.fiocruz.br:icict/23569Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-09-04T14:49:29Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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