Diálogos com adolescentes sobre relações amorosas, cidadania sexual e democracia íntima: proposições para uma Educação em Saúde Emancipatória!
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/32418 |
Resumo: | A saúde sexual de adolescentes se constitui um campo de práticas e investigação em Saúde Coletiva, devido à iniciação sexual desprotegida, baixo uso de métodos de proteção, reduzido uso de preservativos em todas as relações sexuais, gravidez na adolescência, ISTs/AIDS, iniquidades de gênero, dentre outros agravos. Esta pesquisa teve por objetivo compreender os significados e sentidos das vivências afetivo-sexuais e os saberes sobre direitos sexuais entre adolescentes na contemporaneidade para subsidiar propostas educativas emancipatórias que promovam saúde sexual. Este estudo de abordagem qualitativa busca entender os significados e sentidos que os sujeitos atribuem aos fenômenos, as relações que estabelecem, correlacionando-os ao contexto sócio histórico em que se inserem e às teorias que fundamentam as interpretações. O referencial teórico-metodológico é o das representações sociais, entendidas como modalidades de conhecimento prático ou senso comum. O trabalho de campo foi realizado com adolescentes de idade entre 14 a 18 anos, alunos do Ensino Médio de uma escola pública em Belo Horizonte. Na coleta de dados utilizou-se de entrevistas, semiestruturadas e individuais, optou-se pela análise de conteúdo para a interpretação das informações. Os resultados apontam que direitos sexuais são preconizados em legislações nacionais e internacionais como direitos humanos, imprescindíveis para a vivência saudável e segura da sexualidade, entretanto não estão sendo efetivados na prática. Evidenciou-se que a precariedade da vida, iniquidades de gênero, silenciamentos, negação de direitos sexuais, informações qualificadas insuficientes afetam a saúde sexual de adolescentes, além disso, que não há como garantir saúde sexual sem o exercício pleno da cidadania sexual, sem um amplo conhecimento e usufruto dos direitos sexuais. A iniciação sexual vem ocorrendo cada vez mais cedo e tem sido preocupação de profissionais de saúde e de educação. A análise dos dados demonstrou que para a maioria de adolescentes entrevistados os significados atribuídos ao sexo seguro são reduzidos ao medo de pegar doenças e da gravidez, associados à prevenção e ao saber biomédico. Entretanto, para alguns adolescentes o conceito de sexo seguro deve ser ampliado, de modo a incluir maior igualdade entre os parceiros, conscientização crítica sobre sexualidade, equidade de gênero, sexo consensual, livre de coerções e de violências íntimas. Assinalam-se contradições nos relacionamentos amorosos entre adolescentes no mundo contemporâneo que precisam ser compreendidas e explicitadas para favorecer escolhas conscientes e responsáveis. Concluímos que há fatores psicológicos, culturais, sociais e políticos associados à saúde sexual, contudo relações amorosas, direitos sexuais e sexo seguro são temas motivadores e prioritários na promoção da saúde sexual de adolescentes. É indispensável promover o amor e prevenir a violência no namoro. Os direitos sexuais, os direitos humanos, bem como a saúde sexual só serão garantidos na medida em que adolescentes sejam reconhecidos e se reconheçam como portadores de saberes e direitos. Há desafios que precisam ser enfrentados como a implementação da saúde sexual na atenção primária e a educação em sexualidade nas escolas para todos adolescentes. A Educação em Saúde Emancipatória baseada no referencial teórico da Educação para a Consciência Crítica de Paulo Freire e na Justiça Cognitiva de Boaventura de Sousa Santos propicia diálogos criativos entre os saberes científicos e os saberes nãocientíficos, amplia a compreensão dos fenômenos e potencializa ações coletivas de luta por democracia íntima e saúde sexual. |
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Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos nas Sociedades Contemporâneas, 2017.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/32418A saúde sexual de adolescentes se constitui um campo de práticas e investigação em Saúde Coletiva, devido à iniciação sexual desprotegida, baixo uso de métodos de proteção, reduzido uso de preservativos em todas as relações sexuais, gravidez na adolescência, ISTs/AIDS, iniquidades de gênero, dentre outros agravos. Esta pesquisa teve por objetivo compreender os significados e sentidos das vivências afetivo-sexuais e os saberes sobre direitos sexuais entre adolescentes na contemporaneidade para subsidiar propostas educativas emancipatórias que promovam saúde sexual. Este estudo de abordagem qualitativa busca entender os significados e sentidos que os sujeitos atribuem aos fenômenos, as relações que estabelecem, correlacionando-os ao contexto sócio histórico em que se inserem e às teorias que fundamentam as interpretações. 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Assinalam-se contradições nos relacionamentos amorosos entre adolescentes no mundo contemporâneo que precisam ser compreendidas e explicitadas para favorecer escolhas conscientes e responsáveis. Concluímos que há fatores psicológicos, culturais, sociais e políticos associados à saúde sexual, contudo relações amorosas, direitos sexuais e sexo seguro são temas motivadores e prioritários na promoção da saúde sexual de adolescentes. É indispensável promover o amor e prevenir a violência no namoro. Os direitos sexuais, os direitos humanos, bem como a saúde sexual só serão garantidos na medida em que adolescentes sejam reconhecidos e se reconheçam como portadores de saberes e direitos. Há desafios que precisam ser enfrentados como a implementação da saúde sexual na atenção primária e a educação em sexualidade nas escolas para todos adolescentes. A Educação em Saúde Emancipatória baseada no referencial teórico da Educação para a Consciência Crítica de Paulo Freire e na Justiça Cognitiva de Boaventura de Sousa Santos propicia diálogos criativos entre os saberes científicos e os saberes nãocientíficos, amplia a compreensão dos fenômenos e potencializa ações coletivas de luta por democracia íntima e saúde sexual.The sexual health of adolescents constitutes a field of practice and research in Collective Health, due to unprotected sexual initiation, low use of methods of protection, reduced use of condoms in all sexual relations, teenage pregnancy, STIs / AIDS, iniquities of gender, among other diseases. Sexual health has been defined as a field of practice and research that focuses on the understanding of sexuality and has been studied from various points of view because of its complexity and the multifactors that affect people's sexual experiences. This research aimed to understand the meanings of the affective-sexual experiences and knowledge about sexual rights among adolescents in contemporaneity to subsidize educational emancipatory proposals that promote sexual health. This qualitative study seeks to understand the meanings that the subjects attribute to the phenomena, the relationships they establish, correlating them to the socio-historical context in which they are inserted and to the theories that underlie the interpretations. The theoretical-methodological framework that bases this study is the social representations, understood as modalities of practical knowledge or common sense. Fieldwork was carried out with adolescents aged between 14 and 18 years, high school students from a public school in Belo Horizonte. In the data collection we used in-depth, semi-structured and individual interviews, we opted for content analysis to the interpretation of the information. The results indicate that sexual rights are advocated in national and international laws as human rights, essential for the healthy and safe living of sexuality, but are not being implemented in practice. It has been shown that precariousness of life, gender inequities, silencing, denial of sexual rights, insufficient qualified information affect the sexual health of adolescents, and that there is no way to guarantee sexual health without the full exercise of sexual citizenship without a broad knowledge of sexual rights. Sexual initiation has been occurring earlier and has been a concern for health and education professionals. Data analysis has shown that for most adolescents interviewed the meanings attributed to safe sex are reduced to the fear of disease and pregnancy, associated with prevention and biomedical knowledge. However, for some adolescents the concept of safe sex should be broadened to include greater equality among partners, critical awareness of sexuality, gender equity, consensual sex, freedom from coercion and intimate violence. There are contradictions in the love relationships between adolescents in the contemporary world that need to be understood and explained to favour conscious and responsible choices. We conclude that there are psychological, cultural, social and political factors associated with sexual health, but love relationships, sexual rights and safe sex are motivating and priority themes in the promotion of adolescent sexual health. It is essential to promote love and prevent dating violence. Sexual rights, human rights and sexual health will only be guaranteed to the extent that adolescents are recognized as holders of knowledge and rights. There are challenges that need to be addressed such as the implementation of sexual health in primary care and sexual education in schools for all adolescents. The Emancipatory Health Education based on the theoretical reference of Education for the Critical Consciousness of Paulo Freire and on the Cognitive Justice of Boaventura de Sousa Santos provide creative dialogues between scientific knowledge and non-scientific knowledge, broadens the understanding of the phenomena and potentiates collective actions of struggle for intimate democracy and sexual health.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPESFundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.porAdolescenteSaúde SexualSexualidadeDireitos SexuaisEducação em SaúdeAdolescentSexual HealthSexualitySexual RightsHealth EducationPsicologia do AdolescenteSaúde SexualDireitos Sexuais e ReprodutivosSexualidadeEducação em SaúdeDiálogos com adolescentes sobre relações amorosas, cidadania sexual e democracia íntima: proposições para uma Educação em Saúde Emancipatória!info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2017Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René RachouUniversidade de CoimbraBelo Horizonte/MGPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletivainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83082https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/32418/1/license.txt9193a7c197bc67acd023525e72a03240MD51ORIGINALTese_CHSS_Helena Maria Campos.pdfTese_CHSS_Helena Maria Campos.pdfapplication/pdf3997538https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/32418/2/Tese_CHSS_Helena%20Maria%20Campos.pdfdcac240bcb2367ff552e920d78368853MD52TEXTTese_CHSS_Helena Maria Campos.pdf.txtTese_CHSS_Helena Maria Campos.pdf.txtExtracted texttext/plain544310https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/32418/3/Tese_CHSS_Helena%20Maria%20Campos.pdf.txt54599a0715aa5276e3ada7dd022d0ee5MD53icict/324182019-09-09 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Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
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