Valor Prognóstico Independente da Taquicardia Ventricular Não-Sustentada na Fase Crônica da Doença de Chagas
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Data de Publicação: | 2007 |
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Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-478386 https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55409 |
Resumo: | Fundamentos: O valor prognóstico da taquicardia ventricular não sustentada(TVNS) na fase crônica da doença de Chagas(DC) permanece indefinido. Objetivo: Avaliar o valor prognóstico da TVNS na fase crônica da DC. Métodos: Estudo observacional de coorte constituída por 262 pacientes portadores de DC submetidos à avaliação clínica, ECG, ecocardiograma, RX de tórax e Holter de 24 horas, no período de março de 1990 a dezembro de 2003. Análise uni e multivariada de Cox foi realizada para definir o valor prognóstico da TVNS em relação à morte total(MT), à morte cardíaca(MC) e à morte súbita(MS). Curvas de sobrevida de Kaplan-Meier foram construídas para a coorte total e estratificadas de acordo com a presença de TVNS e disfunção ventricular. O teste de log-rank foi utilizado para a comparação entre as curvas. Resultados: Após um tempo médio de acompanhamento de 99 meses, ocorreram 44 óbitos, sendo 33 de MC e 23 de MS. Na análise univariada, TVNS se associou à MT (OR: 5- IC95% =2,8-9,2 – p<0,0001), MC (OR: 7- IC95% =3,5-14 – p<0,0001) e MS (OR: 6,4- IC95% =2,8-14,5 – p<0,0001). Quando ajustada para função de VE, avaliada através da fração de ejeção ou da análise subjetiva ao eco bidimensional (normal, leve, moderada ou grave), a TVNS não mais se associou à MT, à MC e à MS. Conclusão: Nesta coorte de pacientes na fase crônica da DC, a presença de TVNS em Holter de 24 horas não foi um preditor independente de óbito, constituindo-se em um marcador de disfunção ventricular. |
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Carvalho Filho, Hecio Affonso deSousa, Andrea Silvestre deHolanda, Marcelo Teixeira deHaffner, PaulaAtié, JacobBrasil, Pedro Emmanuel Alvarenga Americano doHasslocher-Moreno, Alejandro MarcelXavier, Sergio Salles2022-10-27T18:48:15Z2022-10-27T18:48:15Z2007CARVALHO FILHO, Hecio Affonso et al. Valor Prognóstico Independente da Taquicardia Ventricular Não-Sustentada na Fase Crônica da Doença de Chagas. A Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro, v. 20, n. 6, p. 395-405, 2007.0104-0758https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-478386https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55409Fundamentos: O valor prognóstico da taquicardia ventricular não sustentada(TVNS) na fase crônica da doença de Chagas(DC) permanece indefinido. Objetivo: Avaliar o valor prognóstico da TVNS na fase crônica da DC. Métodos: Estudo observacional de coorte constituída por 262 pacientes portadores de DC submetidos à avaliação clínica, ECG, ecocardiograma, RX de tórax e Holter de 24 horas, no período de março de 1990 a dezembro de 2003. Análise uni e multivariada de Cox foi realizada para definir o valor prognóstico da TVNS em relação à morte total(MT), à morte cardíaca(MC) e à morte súbita(MS). Curvas de sobrevida de Kaplan-Meier foram construídas para a coorte total e estratificadas de acordo com a presença de TVNS e disfunção ventricular. O teste de log-rank foi utilizado para a comparação entre as curvas. Resultados: Após um tempo médio de acompanhamento de 99 meses, ocorreram 44 óbitos, sendo 33 de MC e 23 de MS. Na análise univariada, TVNS se associou à MT (OR: 5- IC95% =2,8-9,2 – p<0,0001), MC (OR: 7- IC95% =3,5-14 – p<0,0001) e MS (OR: 6,4- IC95% =2,8-14,5 – p<0,0001). Quando ajustada para função de VE, avaliada através da fração de ejeção ou da análise subjetiva ao eco bidimensional (normal, leve, moderada ou grave), a TVNS não mais se associou à MT, à MC e à MS. Conclusão: Nesta coorte de pacientes na fase crônica da DC, a presença de TVNS em Holter de 24 horas não foi um preditor independente de óbito, constituindo-se em um marcador de disfunção ventricular.Background: The prognostic value of nonsustained ventricular tachycardia (NSVT) in the chronic phase of Chagas’ disease remains undefined. Objective: To evaluate the independent prognostic value of NSVT in Chagas’ disease. Methods: Observation study of a cohort of 262 patients with Chagas’ disease undergoing clinical assessment, echocardiogram, electrocardiogram, thorax X-ray and 24-hour Holter monitoring between March 1990 and December 2003. Univariate and multivariate Cox analyses were used to define the prognostic value of NSVT in terms of overall mortality (OM), cardiac death (CD), and sudden death (SD). The Kaplan-Meier survival curves were constructed for the total cohort, stratified by the presence of NSVT and ventricular dysfunction. The logrank test was used to compare these curves. Results: During an average 99 months of follow-up, 44 deaths were recorded, including 33 patients with CD and 23 of them with SD. In the univariate analysis, NSVT showed a significant association with OM (OR 5- CI95% 2.8-9.2, p<0.0001), CD (OR 7- CI95% 3.5-14, p<0.0001) and SD (OR 6.3- CI95% 2.8-14, p<0.0001). When adjusted for the ventricular function, evaluated by ejection fraction or a subjective analysis of the formal two-dimensional echocardiograph (normal, mild, moderate or severe) there was no further association with OM, CD and SD. Conclusion: In this cohort of patients in the chronic phase of Chagas’ disease, the presence of NSVT in 24-hour Holter monitoring was not an independent death predictor, constituting a ventricular dysfunction marker.Universidade Federal do Rio de Janeiro. Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal do Rio de Janeiro. Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal do Rio de Janeiro. Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Universidade Federal do Rio de Janeiro. Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porDoença de ChagasTaquicardia ventricular não-sustentadaPrognósticoChagas diseaseNonsustained ventricular tachycardiaPrognosisValor Prognóstico Independente da Taquicardia Ventricular Não-Sustentada na Fase Crônica da Doença de ChagasIndependent Prognostic Value of Nonsustained Ventricular Tachycardia in the Chronic Phase Of Chagas’ Diseaseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82991https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/55409/1/license.txt5a560609d32a3863062d77ff32785d58MD51ORIGINALValor Prognóstico Independente da Taquicardia Ventricular Não-Sustentada na Fase Crônica da Doença de Chagas.pdfValor Prognóstico Independente da Taquicardia Ventricular Não-Sustentada na Fase Crônica da Doença de Chagas.pdfMain 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Fundamentos: O valor prognóstico da taquicardia ventricular não sustentada(TVNS) na fase crônica da doença de Chagas(DC) permanece indefinido. Objetivo: Avaliar o valor prognóstico da TVNS na fase crônica da DC. Métodos: Estudo observacional de coorte constituída por 262 pacientes portadores de DC submetidos à avaliação clínica, ECG, ecocardiograma, RX de tórax e Holter de 24 horas, no período de março de 1990 a dezembro de 2003. Análise uni e multivariada de Cox foi realizada para definir o valor prognóstico da TVNS em relação à morte total(MT), à morte cardíaca(MC) e à morte súbita(MS). Curvas de sobrevida de Kaplan-Meier foram construídas para a coorte total e estratificadas de acordo com a presença de TVNS e disfunção ventricular. O teste de log-rank foi utilizado para a comparação entre as curvas. Resultados: Após um tempo médio de acompanhamento de 99 meses, ocorreram 44 óbitos, sendo 33 de MC e 23 de MS. Na análise univariada, TVNS se associou à MT (OR: 5- IC95% =2,8-9,2 – p<0,0001), MC (OR: 7- IC95% =3,5-14 – p<0,0001) e MS (OR: 6,4- IC95% =2,8-14,5 – p<0,0001). Quando ajustada para função de VE, avaliada através da fração de ejeção ou da análise subjetiva ao eco bidimensional (normal, leve, moderada ou grave), a TVNS não mais se associou à MT, à MC e à MS. Conclusão: Nesta coorte de pacientes na fase crônica da DC, a presença de TVNS em Holter de 24 horas não foi um preditor independente de óbito, constituindo-se em um marcador de disfunção ventricular. |
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