A divulgação científica no Twitter pela #TrupeNaturalista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento, Sávio da Silva Cavalcante do
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60480
Resumo: Os artrópodes são comumente vistos com nojo e desprezo pelas pessoas, visão esta que os afastam de esforços de conservação. O acesso à informação e a familiarização podem sensibilizar as pessoas a vê-los com outros olhos, por meio de um processo de desmistificação a que se dedicam alguns divulgadores de ciência. A Trupe Naturalista é um grupo informal de divulgadores que atua, entre outras, na área de educação ambiental no Twitter, através da criação de conteúdo e da interatividade com o público leigo. O presente estudo buscou investigar a divulgação científica realizada no Twitter pela Trupe Naturalista, do ponto de vista dos divulgadores que atuam na desmistificação dos artrópodes e de seus seguidores. Foram realizadas entrevistas com seis divulgadores da Trupe Naturalista dedicados ao tema da Entomologia e que possuíam mais de 5.000 seguidores. As entrevistas foram realizadas remotamente e seguiram um roteiro que buscou conhecer: a experiência científica, o histórico com a divulgação científica, a forma de criação de conteúdo, as percepções acerca da educação ambiental no Twitter e as interações com o público e com os demais divulgadores. Para conhecer a visão dos seguidores aplicou-se um questionário online, para o qual se obteve 200 respostas, visando compreender quem eram, seus interesses, motivações, interações e uso da plataforma, e relações com estes animais estigmatizados. O grupo de divulgadores é formado por entusiastas da entomologia, unindo cientistas em formação, formados com experiência acadêmica no assunto e comunicadores autodidatas. A origem de suas atuações no Twitter se deu por meios e motivações próprias, onde sua criação de conteúdo acontece de forma tanto proativa, quando os conteúdos são produzidos de forma espontânea pelos divulgadores, quanto interativa, ou seja, a partir de conversas com os seguidores. Eles ressaltaram o potencial de alcance, a facilidade de compartilhamento de conteúdo e de interação com o público como vantagens da utilização do Twitter para a atuação em educação ambiental, enquanto que o imediatismo da plataforma e limite de caracteres surgiram como desvantagens da plataforma. Da análise do questionário aplicado aos seguidores se observou um público jovem e universitário, majoritariamente fora do contexto da biologia e que demonstra baixa aversão geral aos artrópodes. Os resultados indicam que o contato com os divulgadores foi capaz de causar mudança positiva de comportamento dos respondentes em relação aos artrópodes, aumentando seu interesse pela natureza ao redor e reduzindo respostas violentas ao encontrocom estes animais. A investigação do Twitter na promoção de divulgação científica e educação ambiental pode auxiliar na formulação de estratégias para melhor atuação de divulgadores, educadores e instituições em prol da desmistificação de animais e, adicionalmente, da conservação de espécies.
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O presente estudo buscou investigar a divulgação científica realizada no Twitter pela Trupe Naturalista, do ponto de vista dos divulgadores que atuam na desmistificação dos artrópodes e de seus seguidores. Foram realizadas entrevistas com seis divulgadores da Trupe Naturalista dedicados ao tema da Entomologia e que possuíam mais de 5.000 seguidores. As entrevistas foram realizadas remotamente e seguiram um roteiro que buscou conhecer: a experiência científica, o histórico com a divulgação científica, a forma de criação de conteúdo, as percepções acerca da educação ambiental no Twitter e as interações com o público e com os demais divulgadores. Para conhecer a visão dos seguidores aplicou-se um questionário online, para o qual se obteve 200 respostas, visando compreender quem eram, seus interesses, motivações, interações e uso da plataforma, e relações com estes animais estigmatizados. O grupo de divulgadores é formado por entusiastas da entomologia, unindo cientistas em formação, formados com experiência acadêmica no assunto e comunicadores autodidatas. A origem de suas atuações no Twitter se deu por meios e motivações próprias, onde sua criação de conteúdo acontece de forma tanto proativa, quando os conteúdos são produzidos de forma espontânea pelos divulgadores, quanto interativa, ou seja, a partir de conversas com os seguidores. Eles ressaltaram o potencial de alcance, a facilidade de compartilhamento de conteúdo e de interação com o público como vantagens da utilização do Twitter para a atuação em educação ambiental, enquanto que o imediatismo da plataforma e limite de caracteres surgiram como desvantagens da plataforma. Da análise do questionário aplicado aos seguidores se observou um público jovem e universitário, majoritariamente fora do contexto da biologia e que demonstra baixa aversão geral aos artrópodes. Os resultados indicam que o contato com os divulgadores foi capaz de causar mudança positiva de comportamento dos respondentes em relação aos artrópodes, aumentando seu interesse pela natureza ao redor e reduzindo respostas violentas ao encontrocom estes animais. A investigação do Twitter na promoção de divulgação científica e educação ambiental pode auxiliar na formulação de estratégias para melhor atuação de divulgadores, educadores e instituições em prol da desmistificação de animais e, adicionalmente, da conservação de espécies.Arthropods are commonly seen with disgust and contempt by people, which excludes them from conservation efforts. Access to information and familiarization, through a process of demystification can sensitize people to see them with other eyes, and this is the goal of some science communicators. Twitter, with its striking potential of reach and connectivity specially with people outside the academic bubble, can provide a good channel for these communicators and educators, favoring access to this type of information to an interested audience. Trupe Naturalista is an informal group of science communicators that approaches, among others, issues related to environmental education on Twitter, through content creation and interactivity with the lay public. The present study sought to investigate the science communication held on Twitter by Trupe Naturalista, from the point of view of both the science communicators that act in the demystification of arthropods and their followers. Interviews were conducted with six communicators from Trupe Naturalista dedicated to the Entomologytheme, who had more than 5,000 followers. The interviews were performed remotely and followed a script that sought to know about: their scientific experience, their history with science communication, how they create content, their perceptions about environmental education on Twitter and their interactions with the public and with the other communicators. The perceptions of the followers were investigated through an online survey that was answered by 200 people. This survey aimed to understand who they were, their interests, motivations, interactions and use of the platform, and relations with these stigmatized animals. The group of communicators is made up of entomology enthusiasts, reuniting undergraduate students, graduated scientists with academic experience in the subject and self-taught communicators. The origin of their work on Twitter was intrinsically and it was self-financed. Their content creation happens both proactively, when the contents are produced spontaneously by the communicators and interactively, when it emerges from conversations with followers. They emphasized the reach potential, the ease in sharing content and the possibility of interaction with the public as advantages of using Twitter for environmental education purposes, on the other hand the platform immediacy and low number of characters limit have emerged as disadvantages of this platform. The analysis of the questionnaire applied to followers, revealed a young and undergraduate audience, mostly outside the biological sciences context, and that demonstrates low general aversion to arthropods. The results suggest that contact with the communicators was able to cause positive change of behavior of respondents in relation to arthropods, increasing their interest towards nature and reducing violent responses when coming into contact with these animals. Further research on Twitter as a channel to promote science communication and environmental education may help in devising strategies for communicators, educators and institutions to achieve a better performance in the demystification of animals, fostering species conservation.Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porDivulgação CientíficaDesmistificação de artrópodesEducação ambiental informalTwitterScience communicationArthropod demystificationInformal Environmental EducationTwitterComunicação e Divulgação CientíficaArtrópodesEducação em Saúde AmbientalMídias SociaisA divulgação científica no Twitter pela #TrupeNaturalistainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2022Casa de Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzMestrado AcadêmicoRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Divulgação da Ciência Tecnologia e Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/60480/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Savio_Cavalcante_COC_2022.pdfve_Savio_Cavalcante_COC_2022.pdfapplication/pdf3281972https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/60480/3/ve_Savio_Cavalcante_COC_2022.pdf25e79706a26fdb81c1e15df4ee6d67c9MD53icict/604802023-09-17 14:11:06.153oai:www.arca.fiocruz.br:icict/60480Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-09-17T17:11:06Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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