Um dia todos seremos Montag
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Educar em Revista |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/2101 |
Resumo: | Partindo de conversa comum em que a menção de Guernica causou constrangimento, pois as pessoas não conheciam o quadro, discutimos o caráter educacional especializado, em que os campos gerais do conhecimento não são valorizados. Isto denota falta de leitura que, quando praticada, é mero consumo. A escola tenta desenvolver esta prática, mas erra na concepção do ler e no não atendimento às necessidades do aluno. O professor não cumpre o papel de mediador, nem mostra a leitura como superação de dogmas. É urgente rever a política curricular, presa à cultura hegemônica. Assim, a escola deve abrir-se ao multiculturalismo, revelar a flutuação dos conceitos culturais. Na arte, tem de ensinar como esta não se faz cumprindo regras, mas rompendo-as, ao lado do que, o aluno aprenderá que cultura é crise. Percebendo isso, terá conhecimento de sua subjetividade como processo em construção e cultura como interdependência. Arte não é sagrada. Desmistificando mitos, o aluno está em condições de ser o modelador de sua história, não apenas consumidor de alheias. Verá a angústia como deflagradora de criatividade, impulso à superação de limites. Como a literatura perde espaço na sociedade, torna-se esotérica, recomendamos seu abandono, em nome de outras narrativas que ensinarão a sociedade como trançado de discursos. Sensibilizado e consciente disto, o aluno então pode trabalhar o literário como relação especial entre os discursos sociais. One day we will be Montag Abstract This works starts with the analysis of an uncomfortable situation created, in a occasional speech, by the mention to Guernica, since involved people didnt know the picture. We discuss, here, the character of specialized education, in which general areas of education are not valorized, what reveals reading lack, which when is done it is just for consume. School tries to develop this practice but commit mistakes in relation to its conception of reading and do not understand learners necessities. Teachers do not play the role of mediator, neither present reading as dogma overcoming. Its urgent to review Curriculum policy, which is product of hegemonic culture. In this way, school should open itself for multiculturalism and reveal the cultural concepts fluctuation. In art, its to teach how it doesnt exist following rules but break that ones, at the same time, learners will learn that culture is crisis. After notice that, learners will know their subjectivity as a building process and culture as interdependence. Art is not sacred. Demystifying myths, the learner is in condition to be builder of his own history and not just a consumer of other ones histories. The learner will see anguish as creativity outbreak and impulse to limits overcome. As literature looses its place in society, it becomes esoteric, and we recommend its abandon, in name of other narratives that will teach society as discourse twisting. Tender-hearted and conscious of that, learner can work then the literary as special relation among the social discourses. |
id |
UFPR-4_de7f5f9a91e039bbbfa2d7d8b7d7d765 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.ufpr.br:article/2101 |
network_acronym_str |
UFPR-4 |
network_name_str |
Educar em Revista |
repository_id_str |
|
spelling |
Um dia todos seremos Montagdesmistificação; multiculturalismo; leitura não-literária; Demystification; multiculturalism; not-literary reading. Partindo de conversa comum em que a menção de Guernica causou constrangimento, pois as pessoas não conheciam o quadro, discutimos o caráter educacional especializado, em que os campos gerais do conhecimento não são valorizados. Isto denota falta de leitura que, quando praticada, é mero consumo. A escola tenta desenvolver esta prática, mas erra na concepção do ler e no não atendimento às necessidades do aluno. O professor não cumpre o papel de mediador, nem mostra a leitura como superação de dogmas. É urgente rever a política curricular, presa à cultura hegemônica. Assim, a escola deve abrir-se ao multiculturalismo, revelar a flutuação dos conceitos culturais. Na arte, tem de ensinar como esta não se faz cumprindo regras, mas rompendo-as, ao lado do que, o aluno aprenderá que cultura é crise. Percebendo isso, terá conhecimento de sua subjetividade como processo em construção e cultura como interdependência. Arte não é sagrada. Desmistificando mitos, o aluno está em condições de ser o modelador de sua história, não apenas consumidor de alheias. Verá a angústia como deflagradora de criatividade, impulso à superação de limites. Como a literatura perde espaço na sociedade, torna-se esotérica, recomendamos seu abandono, em nome de outras narrativas que ensinarão a sociedade como trançado de discursos. Sensibilizado e consciente disto, o aluno então pode trabalhar o literário como relação especial entre os discursos sociais. One day we will be Montag Abstract This works starts with the analysis of an uncomfortable situation created, in a occasional speech, by the mention to Guernica, since involved people didnt know the picture. We discuss, here, the character of specialized education, in which general areas of education are not valorized, what reveals reading lack, which when is done it is just for consume. School tries to develop this practice but commit mistakes in relation to its conception of reading and do not understand learners necessities. Teachers do not play the role of mediator, neither present reading as dogma overcoming. Its urgent to review Curriculum policy, which is product of hegemonic culture. In this way, school should open itself for multiculturalism and reveal the cultural concepts fluctuation. In art, its to teach how it doesnt exist following rules but break that ones, at the same time, learners will learn that culture is crisis. After notice that, learners will know their subjectivity as a building process and culture as interdependence. Art is not sacred. Demystifying myths, the learner is in condition to be builder of his own history and not just a consumer of other ones histories. The learner will see anguish as creativity outbreak and impulse to limits overcome. As literature looses its place in society, it becomes esoteric, and we recommend its abandon, in name of other narratives that will teach society as discourse twisting. Tender-hearted and conscious of that, learner can work then the literary as special relation among the social discourses. UFPR2002-12-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/educar/article/view/2101Educar em Revista; v. 18, n. 20 (2002); p. 107-126Educar em Revista; v. 18, n. 20 (2002); p. 107-126Educar em Revista; v. 18, n. 20 (2002); p. 107-1261984-04110104-4060reponame:Educar em Revistainstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporhttps://revistas.ufpr.br/educar/article/view/2101/1753https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/2101/31245Venturelli, Pauloinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-06-29T00:23:06Zoai:revistas.ufpr.br:article/2101Revistahttps://revistas.ufpr.br/educarPUBhttps://revistas.ufpr.br/educar/oaieducar.ufpr2016@gmail.com||educar@ufpr.br0104-40601984-0411opendoar:2017-06-29T00:23:06Educar em Revista - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Um dia todos seremos Montag |
title |
Um dia todos seremos Montag |
spellingShingle |
Um dia todos seremos Montag Venturelli, Paulo desmistificação; multiculturalismo; leitura não-literária; Demystification; multiculturalism; not-literary reading. |
title_short |
Um dia todos seremos Montag |
title_full |
Um dia todos seremos Montag |
title_fullStr |
Um dia todos seremos Montag |
title_full_unstemmed |
Um dia todos seremos Montag |
title_sort |
Um dia todos seremos Montag |
author |
Venturelli, Paulo |
author_facet |
Venturelli, Paulo |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Venturelli, Paulo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
desmistificação; multiculturalismo; leitura não-literária; Demystification; multiculturalism; not-literary reading. |
topic |
desmistificação; multiculturalismo; leitura não-literária; Demystification; multiculturalism; not-literary reading. |
description |
Partindo de conversa comum em que a menção de Guernica causou constrangimento, pois as pessoas não conheciam o quadro, discutimos o caráter educacional especializado, em que os campos gerais do conhecimento não são valorizados. Isto denota falta de leitura que, quando praticada, é mero consumo. A escola tenta desenvolver esta prática, mas erra na concepção do ler e no não atendimento às necessidades do aluno. O professor não cumpre o papel de mediador, nem mostra a leitura como superação de dogmas. É urgente rever a política curricular, presa à cultura hegemônica. Assim, a escola deve abrir-se ao multiculturalismo, revelar a flutuação dos conceitos culturais. Na arte, tem de ensinar como esta não se faz cumprindo regras, mas rompendo-as, ao lado do que, o aluno aprenderá que cultura é crise. Percebendo isso, terá conhecimento de sua subjetividade como processo em construção e cultura como interdependência. Arte não é sagrada. Desmistificando mitos, o aluno está em condições de ser o modelador de sua história, não apenas consumidor de alheias. Verá a angústia como deflagradora de criatividade, impulso à superação de limites. Como a literatura perde espaço na sociedade, torna-se esotérica, recomendamos seu abandono, em nome de outras narrativas que ensinarão a sociedade como trançado de discursos. Sensibilizado e consciente disto, o aluno então pode trabalhar o literário como relação especial entre os discursos sociais. One day we will be Montag Abstract This works starts with the analysis of an uncomfortable situation created, in a occasional speech, by the mention to Guernica, since involved people didnt know the picture. We discuss, here, the character of specialized education, in which general areas of education are not valorized, what reveals reading lack, which when is done it is just for consume. School tries to develop this practice but commit mistakes in relation to its conception of reading and do not understand learners necessities. Teachers do not play the role of mediator, neither present reading as dogma overcoming. Its urgent to review Curriculum policy, which is product of hegemonic culture. In this way, school should open itself for multiculturalism and reveal the cultural concepts fluctuation. In art, its to teach how it doesnt exist following rules but break that ones, at the same time, learners will learn that culture is crisis. After notice that, learners will know their subjectivity as a building process and culture as interdependence. Art is not sacred. Demystifying myths, the learner is in condition to be builder of his own history and not just a consumer of other ones histories. The learner will see anguish as creativity outbreak and impulse to limits overcome. As literature looses its place in society, it becomes esoteric, and we recommend its abandon, in name of other narratives that will teach society as discourse twisting. Tender-hearted and conscious of that, learner can work then the literary as special relation among the social discourses. |
publishDate |
2002 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2002-12-31 |
dc.type.none.fl_str_mv |
|
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/2101 |
url |
https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/2101 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/2101/1753 https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/2101/31245 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
UFPR |
publisher.none.fl_str_mv |
UFPR |
dc.source.none.fl_str_mv |
Educar em Revista; v. 18, n. 20 (2002); p. 107-126 Educar em Revista; v. 18, n. 20 (2002); p. 107-126 Educar em Revista; v. 18, n. 20 (2002); p. 107-126 1984-0411 0104-4060 reponame:Educar em Revista instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR) instacron:UFPR |
instname_str |
Universidade Federal do Paraná (UFPR) |
instacron_str |
UFPR |
institution |
UFPR |
reponame_str |
Educar em Revista |
collection |
Educar em Revista |
repository.name.fl_str_mv |
Educar em Revista - Universidade Federal do Paraná (UFPR) |
repository.mail.fl_str_mv |
educar.ufpr2016@gmail.com||educar@ufpr.br |
_version_ |
1799711892894121984 |