Panorama da prescrição de medicamentos fitoterápicos na cidade do Rio de Janeiro
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25628 |
Resumo: | Os fitoterápicos constituem uma classe de medicamentos amplamente utilizada no Brasil que vem se fortalecendo no cenário farmacêutico, configurando um mercado em potencial expansão. Contudo, no Brasil, são raras as pesquisas que avaliam o grau de utilização dos derivados vegetais como medicamentos e sua inserção em prática moderna de medicina. Uma vez que a prescrição é o ato que define o medicamento a ser consumido pelo paciente e que induz ao seu uso racional, a avaliação da forma e frequência com que os medicamentos fitoterápicos são prescritos caracteriza-se como um dos aspectos fundamentais em uma avaliação da fitoterapia no país. Considerando a abrangência e complexidade do tema, o presente trabalho busca traçar um panorama da prescrição de medicamentos fitoterápicos na cidade do Rio de Janeiro. A análise de 156 questionários, preenchidos por médicos, odontologistas e médicos-veterinários, permitiu verificar que 47% dos profissionais participantes da pesquisa prescrevem medicamentos fitoterápicos. As espécies vegetais com maior número de derivados prescritos foram Passiflora incarnata (11%) e Valeriana officinalis (7%), de um total de 65 plantas citadas, configurando uma alta taxa de indicação para ações ansiolíticas simples. Medicamentos a base destas espécies foram mencionados pelas três áreas da Saúde. Quanto ao conhecimento da área, 33% dos profissionais alegaram não ter conhecimento sobre fitoterapia e medicamentos fitoterápicos. Para os prescritores desses medicamentos, 51% os prescrevem principalmente pela menor ocorrência de reações adversas e 66% indicam o tratamento com medicamentos fitoterápicos industrializados. Quanto às dificuldades relacionadas à prescrição de fitoterápicos, 55% dos profissionais participantes da pesquisa relataram que as maiores dificuldades se devem ao pouco ou nenhum conhecimento da área durante o curso de graduação e à baixa disponibilidade de estudos clínicos que demonstrem segurança e eficácia desses medicamentos. Apesar de o Brasil ser o país com a maior diversidade vegetal do planeta, tornando o cenário farmacêutico favorável aos medicamentos fitoterápicos, existe uma notável limitação que consiste na formação deficiente dos profissionais prescritores desses medicamentos. O trabalho revela que existe pouco ou nenhum conhecimento sobre Fitoterapia nos cursos de graduação na área da Saúde, contribuindo para a falta ou assimetria de informações com relação aos medicamentos fitoterápicos. A incidência dos relatos de uso de plantas exóticas é imensa, em detrimento às espécies nativas, apesar da abundância de estudos científicos sobre as últimas, porque não há a complementação com estudos toxicológicos e clínicos que permitam a sua finalização e o seu registro como medicamentos. Faz-se necessário viabilizar estudos a fim de garantir a qualidade, eficácia e segurança dos medicamentos fitoterápicos. É fundamental incentivar a divulgação e o ensino da Fitoterapia nos cursos de graduação para que, gradativamente, seja formada uma nova mentalidade que utilize o potencial da flora brasileira de maneira mais acessível e sustentável. |
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Proux, Tathiane AndradeBehrens, Maria das Dores DutraGomes, AndréaCosta, Regina Coeli Nacif daBehrens, Maria das Dores DutraBoorhem, Roberto2018-04-05T12:31:56Z2018-04-05T12:31:56Z2011PROUX, Tathiane Andrade. Panorama da prescrição de medicamentos fitoterápicos na cidade do Rio de Janeiro. 2011. 59 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) - Instituto de Tecnologia em Fármacos, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2011.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25628Os fitoterápicos constituem uma classe de medicamentos amplamente utilizada no Brasil que vem se fortalecendo no cenário farmacêutico, configurando um mercado em potencial expansão. Contudo, no Brasil, são raras as pesquisas que avaliam o grau de utilização dos derivados vegetais como medicamentos e sua inserção em prática moderna de medicina. Uma vez que a prescrição é o ato que define o medicamento a ser consumido pelo paciente e que induz ao seu uso racional, a avaliação da forma e frequência com que os medicamentos fitoterápicos são prescritos caracteriza-se como um dos aspectos fundamentais em uma avaliação da fitoterapia no país. Considerando a abrangência e complexidade do tema, o presente trabalho busca traçar um panorama da prescrição de medicamentos fitoterápicos na cidade do Rio de Janeiro. A análise de 156 questionários, preenchidos por médicos, odontologistas e médicos-veterinários, permitiu verificar que 47% dos profissionais participantes da pesquisa prescrevem medicamentos fitoterápicos. As espécies vegetais com maior número de derivados prescritos foram Passiflora incarnata (11%) e Valeriana officinalis (7%), de um total de 65 plantas citadas, configurando uma alta taxa de indicação para ações ansiolíticas simples. Medicamentos a base destas espécies foram mencionados pelas três áreas da Saúde. Quanto ao conhecimento da área, 33% dos profissionais alegaram não ter conhecimento sobre fitoterapia e medicamentos fitoterápicos. Para os prescritores desses medicamentos, 51% os prescrevem principalmente pela menor ocorrência de reações adversas e 66% indicam o tratamento com medicamentos fitoterápicos industrializados. Quanto às dificuldades relacionadas à prescrição de fitoterápicos, 55% dos profissionais participantes da pesquisa relataram que as maiores dificuldades se devem ao pouco ou nenhum conhecimento da área durante o curso de graduação e à baixa disponibilidade de estudos clínicos que demonstrem segurança e eficácia desses medicamentos. Apesar de o Brasil ser o país com a maior diversidade vegetal do planeta, tornando o cenário farmacêutico favorável aos medicamentos fitoterápicos, existe uma notável limitação que consiste na formação deficiente dos profissionais prescritores desses medicamentos. O trabalho revela que existe pouco ou nenhum conhecimento sobre Fitoterapia nos cursos de graduação na área da Saúde, contribuindo para a falta ou assimetria de informações com relação aos medicamentos fitoterápicos. A incidência dos relatos de uso de plantas exóticas é imensa, em detrimento às espécies nativas, apesar da abundância de estudos científicos sobre as últimas, porque não há a complementação com estudos toxicológicos e clínicos que permitam a sua finalização e o seu registro como medicamentos. Faz-se necessário viabilizar estudos a fim de garantir a qualidade, eficácia e segurança dos medicamentos fitoterápicos. É fundamental incentivar a divulgação e o ensino da Fitoterapia nos cursos de graduação para que, gradativamente, seja formada uma nova mentalidade que utilize o potencial da flora brasileira de maneira mais acessível e sustentável.Herbal medicines are widely used in Brazil and have been gaining ground in the pharmaceutical market. However, in Brazil, there are few studies to assess the use of herbal medicines in modern medicine. Prescription is the act that defines the product to be consumed by the patient and that places the use of medicines on a rational basis, so that assessing how and how often herbal medicines are prescribed is a fundamental piece of information in the assessment of their use in Brazil. The analysis of 156 questionnaires answered by physicians, dentists and veterinarians demonstrated the prevalence of herbal medicines in 47% of prescriptions. The plant species with the highest number of prescriptions were Passiflora incarnata (11%) and Valeriana officinalis (7%) out of a total of sixty-five plants cited, indicating high rates of prescription of anxiolytics. Medicinal products based on these species were mentioned in the three health areas investigated. With regard to knowledge of phytotherapy and herbal medicines by the participant professions, 33% of these professionals alleged lack of knowledge in the area. One factor favouring prescription is the lower incidence of adverse reactions (51%) compared to conventional medications. Also 66% indicate treatment with industrialized herbal medicines rather than privately formulated preparations. With regard to the difficulties related to the prescription of these drugs, the participants (55%), prescribing or not prescribing, reported that lack of instruction in the area during the undergraduate program and the absence of efficacy and safety data for herbal medicines configure the greatest limitations. Thus although Brazil is the country with the greatest plant diversity of the planet, creating a scene favourable to herbal medicine, advance is limited by the poor training for prescribers of these drugs, a result of little or no teaching of herbal medicine in undergraduate courses. Another anachronic feature is the huge preponderance in the use of exotic plants in detriment to native species, in spite of the majority of traditional herbs having been scientifically studied for their potential medicinal use, but the absence of adequate toxicological and clinical trials are the greatest limitations for prescription. The promotion of toxicological and clinical studies to ensure efficacy and safety as well as the institution of teaching related to the herbal medicines in undergraduate courses are necessary to form little by little a new mentality towards the renewed use of the native flora in public health.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Tecnologia em Fármacos. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porPrescriçãoMedicamentos FitoterápicosPrescrição de MedicamentosFitoterapiaPlantas MedicinaisPreparações FarmacêuticasPanorama da prescrição de medicamentos fitoterápicos na cidade do Rio de JaneiroOverview of the prescription of herbal medicines in the city of Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis2011Instituto de Tecnologia em FármacosFundação Oswaldo Cruz. Instituto de Tecnologia em Fármacos/FarmanguinhosRio de Janeiro/RJPós-Graduação em Gestão da Inovação em Fitomedicamentosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25628/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALtathiane_andrade.pdfapplication/pdf5149001https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25628/2/tathiane_andrade.pdfe4a95bed848ab943b2876e8cbcf02474MD52TEXTtathiane_andrade.pdf.txttathiane_andrade.pdf.txtExtracted texttext/plain81058https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25628/3/tathiane_andrade.pdf.txt084c713dac85cfe8fca3b9e2b48694b5MD53icict/256282018-08-15 03:09:49.191oai:www.arca.fiocruz.br:icict/25628Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-08-15T06:09:49Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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