Aspectos demográficos e clínicos da interação de anticonvulsivantes e antiretrovirais em pacientes com epilepsia e infecção/doença HIV/AIDS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Naurath, Christian
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25385
Resumo: A epilepsia é uma condição prevalente e associada à importante morbidade. A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) apresenta grande morbimortalidade em todo o mundo. A interação entre as terapias antiretrovirais de alta eficácia \2013 Higher activity antirretroviral therapy (HAART) e as drogas antiepiléticas (DAE) pode ter impacto negativo no controle virológico no controle das crises e efeitos colaterais e disfunções orgânicas, tais como toxicidade às DAE e HAART. É necessário compreender o impacto desta combinação no controle das crises e no tratamento do HIV.O objetivo da tese é determinar a frequência de epilepsia nos pacientes com infecção pelo HIV no do Instituto Nacional de Infectologia / Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro (INI/FIOCRUZ) e determinar o impacto da combinação de HAART e DAE no controle imunológico, controle das crises e na toxicidade / efeitos adversos. Foi realizada análise retrospectiva com revisão de prontuários de pacientes provenientes dos ambulatórios de infectologia e neurologia do INI/FIOCRUZ durante o período de Janeiro 2004 a Fevereiro 2015.Na primeira etapa foram estudados dois grupos de pacientes com infecção pelo HIV, sendo um grupo portador de epilepsia (usuário de DAE e HAART) e outro grupo de pacientes apenas em uso de HAART (grupo controle). Na segunda etapa foi estudado apenas o grupo portador de epilepsia, estabelecendo comparação entre dois subgrupos (usuários de ácido valpróico e outras drogas anticonvulsivantes) A análise dos dados foi através de análise descritiva dos dados e análise de sobrevida com modelos semi-paramétricos COX para avaliação de eventos múltiplos. Para o desfecho utilizamos a contagem de linfócitos TCD4+ inferior a 350 células / mm3.Afrequência de epilepsia nos pacientes com infecção pelo HIV no INI/ Fiocruz foi de 6,81%. O ácido valpróico agrega risco de desfecho de linfócitos TCD4+ menor que 350 quando comparado ao controle (HR 1.420) e também quando comparado com outros anticonvulsivantes (HR 3.523)em pacientes HIV+ usuários de HAART. As demais drogas anticonvulsivantes parecem ter resultados semelhantes ao grupo controle para desfecho de linfócitos TCD4+ menor que 350 e parecem conferir proteção. A principal razão para as crises foram doenças e complicações infecciosas. As principais crises descritas foram generalizadas. Não se pode avaliar o impacto da combinação de HAART e DAE no controle de crises convulsivas, mas houve elevada taxa de internação para controle de crises convulsivas e/ou status epilepticus. Não houve relatos graves de toxicidade / efeitos adversos e ocorreu em 18,97% do grupo ácido valpróico e em 21,05% do grupo outros. As crises de difícil controle foram de 10,34 a 12,07% no grupo ácido valpróico e de 10,53 a 15,79% no grupo outros. Na maior parcela dos pacientes as medicações antiepiléticas foram iniciadas tardiamente possivelmente por complicações associadas ao período de tratamento do HIV. O perfil de preferência de DAE foi pelo ácido valpróico em detrimento às outras medicações anticonvulsivantes
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spelling Naurath, ChristianSilva, Marcus Tulius Teixeira daLima, Marco Antonio Sales Dantas de2018-03-19T16:39:47Z2018-03-19T16:39:47Z2016NAURATH, Christian. Aspectos demográficos e clínicos da interação de anticonvulsivantes e antiretrovirais em pacientes com epilepsia e infecção/doença HIV/AIDS. 2016. 151 f. Mestrado (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Rio de Janeiro, 2016.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25385A epilepsia é uma condição prevalente e associada à importante morbidade. A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) apresenta grande morbimortalidade em todo o mundo. A interação entre as terapias antiretrovirais de alta eficácia \2013 Higher activity antirretroviral therapy (HAART) e as drogas antiepiléticas (DAE) pode ter impacto negativo no controle virológico no controle das crises e efeitos colaterais e disfunções orgânicas, tais como toxicidade às DAE e HAART. É necessário compreender o impacto desta combinação no controle das crises e no tratamento do HIV.O objetivo da tese é determinar a frequência de epilepsia nos pacientes com infecção pelo HIV no do Instituto Nacional de Infectologia / Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro (INI/FIOCRUZ) e determinar o impacto da combinação de HAART e DAE no controle imunológico, controle das crises e na toxicidade / efeitos adversos. Foi realizada análise retrospectiva com revisão de prontuários de pacientes provenientes dos ambulatórios de infectologia e neurologia do INI/FIOCRUZ durante o período de Janeiro 2004 a Fevereiro 2015.Na primeira etapa foram estudados dois grupos de pacientes com infecção pelo HIV, sendo um grupo portador de epilepsia (usuário de DAE e HAART) e outro grupo de pacientes apenas em uso de HAART (grupo controle). Na segunda etapa foi estudado apenas o grupo portador de epilepsia, estabelecendo comparação entre dois subgrupos (usuários de ácido valpróico e outras drogas anticonvulsivantes) A análise dos dados foi através de análise descritiva dos dados e análise de sobrevida com modelos semi-paramétricos COX para avaliação de eventos múltiplos. Para o desfecho utilizamos a contagem de linfócitos TCD4+ inferior a 350 células / mm3.Afrequência de epilepsia nos pacientes com infecção pelo HIV no INI/ Fiocruz foi de 6,81%. O ácido valpróico agrega risco de desfecho de linfócitos TCD4+ menor que 350 quando comparado ao controle (HR 1.420) e também quando comparado com outros anticonvulsivantes (HR 3.523)em pacientes HIV+ usuários de HAART. As demais drogas anticonvulsivantes parecem ter resultados semelhantes ao grupo controle para desfecho de linfócitos TCD4+ menor que 350 e parecem conferir proteção. A principal razão para as crises foram doenças e complicações infecciosas. As principais crises descritas foram generalizadas. Não se pode avaliar o impacto da combinação de HAART e DAE no controle de crises convulsivas, mas houve elevada taxa de internação para controle de crises convulsivas e/ou status epilepticus. Não houve relatos graves de toxicidade / efeitos adversos e ocorreu em 18,97% do grupo ácido valpróico e em 21,05% do grupo outros. As crises de difícil controle foram de 10,34 a 12,07% no grupo ácido valpróico e de 10,53 a 15,79% no grupo outros. Na maior parcela dos pacientes as medicações antiepiléticas foram iniciadas tardiamente possivelmente por complicações associadas ao período de tratamento do HIV. O perfil de preferência de DAE foi pelo ácido valpróico em detrimento às outras medicações anticonvulsivantesEpilepsy is prevalent and associated with important morbidity. The human immunodeficiency virus infection (HIV) presents with high morbidity and mortality worldwide. The interaction between highly effective antiretroviral therapy (HAART) and anti-epileptic drugs (AED) may have negative impact on virological and seizures control and may be side effects and organ dysfunction, such as toxicity to AED and HAART. It is important to understand theimpact of this combination in seizure control and HIV treatment. The objective was to determine the frequency of epilepsy in patients with HIV infection in the National Institute of Infectious Diseases / Oswaldo Cruz Foundation, Rio de Janeiro (INI / FIOCRUZ) and determine the impact of HAART and AEDs combinationin immune system, seizure control and toxicity / adverse effects. We performed a retrospective with chart analysis of patients from infectious disease and neurology clinics at INI / FIOCRUZduring the period January 2004 to February 2015. In the first stage two groups of patients with HIV infection were studied, one group of patients with epilepsy (AED and HAART) and another group of patients that only used HAART (control group). In the second stage only the group of patients with epilepsy was studied, establishing a comparison between two subgroups (valproic acid users and other anticonvulsant drugs users). Data analysis used descriptive analysis and survival semi COX analysis with parametric models to evaluate multiple events For the outcome we used CD4 + T lymphocyte counts below 350 cells / mm3. The prevalence of epilepsy in patients with HIV infection in the INI / Fiocruz was 6.81%. Valproic acid adds risk outcome of CD4 + T cells less than 350 compared to the control ( HR 1.420) and also when compared to other anticonvulsants (HR 3.523) in HIV + HAART users patients. The other anticonvulsant drugs appear to have similar results to the control group for outcome of CD4 + lymphocytes lower than 350 and appear to confer protection. The main reason for seizures was infectious diseases complications. The major seizures described were generalized. We could not properly assess the impact of HAART and AEDscombination in seizure control, but there was a high rate of convulsive and / or status epilepticus seizures hospitalization. No serious reports of adverse effectswere described but itoccurred in 18.97% of valproic acid group and in 21.05% of the other group. Difficult control seizuresoccurred in 10.34 to 12.07% in the valproic acid group and 10.53 to 15.79% in the other AED group. The largest number of patients started antiepileptic medications later possibly because of complications associated with HIV treatment period. The AED preference profile was valproic acid over other anticonvulsant medicationsFundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAnticonvulsivantesAntirretroviraisInterações de MedicamentosLinfócitos T CD4-PositivosAspectos demográficos e clínicos da interação de anticonvulsivantes e antiretrovirais em pacientes com epilepsia e infecção/doença HIV/AIDSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2016Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25385/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALchristian_naurath_ini_mest_2016.pdfapplication/pdf3227532https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25385/2/christian_naurath_ini_mest_2016.pdf5835eb7a917c9f8b90a9177020352078MD52TEXTchristian_naurath_ini_mest_2016.pdf.txtchristian_naurath_ini_mest_2016.pdf.txtExtracted texttext/plain205073https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25385/3/christian_naurath_ini_mest_2016.pdf.txt168c34287923a2a65d4f582aaa1452f9MD53icict/253852019-04-26 09:31:21.636oai:www.arca.fiocruz.br:icict/25385Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-04-26T12:31:21Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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