Aspectos da ecologia dos flebotomíneos (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae) em área de ocorrência de leishmaniose tegumentar, município de Paraty, orla marítima do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Vanessa Rendeiro
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26627
Resumo: O crescente aumento dos casos de leishmaniose tegumentar, no município de Paraty, Estado do Rio de Janeiro, além da descrição do primeiro caso inédito e autóctone de leishmaniose cutâneo difusa, despertou o interesse de se realizar um estudo visando conhecer o perfil da fauna flebotomínica, estabelecendo a frequência domiciliar, mensal, além de analisar o índice de abundância das principais espécies. As capturas foram mensais, com permanência de quatro dias na área de estudo, durante três anos completos, outubro de 2009 a setembro de 2011 no bairro de São Gonçalo e outubro de 2011 a setembro de 2012 nos bairros de São Roque e Barra Grande. Os flebotomíneos foram capturados com tubos de sucção manual nas paredes internas e externas do domicílio, nos anexos de animais domésticos e na armadilha luminosa, modelo Shannon, armada no peridomicílio e na mata. As armadilhas luminosas CDC foram instaladas no intra, peridomicílio, margem e interior da mata Foram obtidos 102.937 flebotomíneos, pertencentes a vinte e três espécies, três do gênero Brumptomyia França & Parrot, 1921 e vinte do gênero Lutzomyia França, 1924. Das espécies encontradas, seis já foram registradas com infecção natural: L. intermedia, L. fischeri, L. migonei, L. whitmani e L. pessoai por Leishmania braziliensis e L. ayrozai, por Leishmania naiffi. L. intermedia, em números absolutos, teve amplo predomínio sobre L. fischeri e L. migonei. Entretanto, o índice de abundância SISA mostrou L. fischeri como a primeira do ranking, sobretudo por ser abundante em todos os sítios de coleta. L. intermedia foi a segunda, pela abundância no ambiente domiciliar e com índices menores em relação à margem e a mata. L. migonei foi a terceira e L. whitmani a quarta mais abundante da fauna, particularmente na margem e no interior da mata. Pela abundância no ambiente domiciliar, antropofilia e por já ter sido encontrada naturalmente infectada por Leishmania braziliensis em outras localidades da região Sudeste, L. intermedia surge como o principal vetor do agente etiológico no ambiente antrópico, especialmente pelos baixos índices nos outros sítios estudados Entretanto, L. fischeri, por sua grande antropofilia e seu alto grau de ecletismo, quanto ao hospedeiro e local de hematofagia, além da comprovada abundância nos quatro sítios de coleta, pode ser um coadjuvante ou mesmo o principal vetor da Leishmania braziliensis, no ambiente domiciliar e, sobretudo no silvestre. L. migonei, mais uma vez, comprovou que, juntamente com L. intermedia, foi a espécie com maior capacidade de domiciliação. A sua abundância registrada no canil, indicou cinofilia. Mesmo sendo a quarta no ranking, L. whitmani não pode ser ignorada pela sua capacidade vetorial em outras regiões do Brasil. A espécie, que ainda tem características silvestres, mostrou na área de estudo um número bem expressivo na margem da mata, sugerindo que esteja em processo seletivo de adaptação ao ambiente antrópico.
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As capturas foram mensais, com permanência de quatro dias na área de estudo, durante três anos completos, outubro de 2009 a setembro de 2011 no bairro de São Gonçalo e outubro de 2011 a setembro de 2012 nos bairros de São Roque e Barra Grande. Os flebotomíneos foram capturados com tubos de sucção manual nas paredes internas e externas do domicílio, nos anexos de animais domésticos e na armadilha luminosa, modelo Shannon, armada no peridomicílio e na mata. As armadilhas luminosas CDC foram instaladas no intra, peridomicílio, margem e interior da mata Foram obtidos 102.937 flebotomíneos, pertencentes a vinte e três espécies, três do gênero Brumptomyia França & Parrot, 1921 e vinte do gênero Lutzomyia França, 1924. Das espécies encontradas, seis já foram registradas com infecção natural: L. intermedia, L. fischeri, L. migonei, L. whitmani e L. pessoai por Leishmania braziliensis e L. ayrozai, por Leishmania naiffi. L. intermedia, em números absolutos, teve amplo predomínio sobre L. fischeri e L. migonei. Entretanto, o índice de abundância SISA mostrou L. fischeri como a primeira do ranking, sobretudo por ser abundante em todos os sítios de coleta. L. intermedia foi a segunda, pela abundância no ambiente domiciliar e com índices menores em relação à margem e a mata. L. migonei foi a terceira e L. whitmani a quarta mais abundante da fauna, particularmente na margem e no interior da mata. Pela abundância no ambiente domiciliar, antropofilia e por já ter sido encontrada naturalmente infectada por Leishmania braziliensis em outras localidades da região Sudeste, L. intermedia surge como o principal vetor do agente etiológico no ambiente antrópico, especialmente pelos baixos índices nos outros sítios estudados Entretanto, L. fischeri, por sua grande antropofilia e seu alto grau de ecletismo, quanto ao hospedeiro e local de hematofagia, além da comprovada abundância nos quatro sítios de coleta, pode ser um coadjuvante ou mesmo o principal vetor da Leishmania braziliensis, no ambiente domiciliar e, sobretudo no silvestre. L. migonei, mais uma vez, comprovou que, juntamente com L. intermedia, foi a espécie com maior capacidade de domiciliação. A sua abundância registrada no canil, indicou cinofilia. Mesmo sendo a quarta no ranking, L. whitmani não pode ser ignorada pela sua capacidade vetorial em outras regiões do Brasil. A espécie, que ainda tem características silvestres, mostrou na área de estudo um número bem expressivo na margem da mata, sugerindo que esteja em processo seletivo de adaptação ao ambiente antrópico.The increasing cases of cutaneous leishmaniasis in the municipality of Paraty, Rio de Janeiro State, besides the description of the first new and autochthonous case of diffuse cutaneous leishmaniasis, aroused the interest of conducting a study to identify the characteristics of phlebotomines establishing the frequency in domestic environments, monthly, besides analyzing the index of abundance of major species. Catches were monthly, with four days remaining in the study area for three full years, October 2009 to September 2011 in São Gonçalo and October 2011 to September 2012 in the neighborhood districts of São Roque and Barra Grande. Phlebotomines were captured with manual suction tubes on internal and external walls of the house, annex of domestic animals and light trap, model Shannon, armed in peridomicile and inside the forest. The light traps, model CDC, were installed in domicile, peridomicile, borden and inside the forest. This yielded 102,937 phlebotomines belonging to twenty-three species, three genus Brumptomyia France & Parrot, 1921 and twenty of the genus Lutzomyia France, 1924. Six species were found with natural infection: L. intermedia, L. fischeri, L. migonei, L. whitmani e L. pessoai for Leishmania braziliensis and L. ayrozai for Leishmania naiffi. L. intermedia, in absolute numbers, had significant dominance of L. fischeri and L. migonei. However, the abundance index SISA showed L. fischeri as the first ranking, especially since it is abundant in all the study sites. L. intermedia was second for the abundance in the home environment and lower levels relative to the border and inside the forest. L. migonei was the third and L. whitmani the fourth most abundant fauna, particularly in border and inside the forest. The abundance in the home, anthropophily and have already been found naturally infected by Leishmania braziliensis in other locations in the Southeast, L. intermedia emerges as the principal vector of the agent in the anthropic environment, especially by the low rates in the other studied sites. However, L. fischeri, for its great anthropophily and high degree of eclecticism, as the host and local for biting, in addition to proven abundance in the four study sites, may be useful or even the main vector of Leishmania braziliensis in the home environment and especially in the wild. L. migonei, once again, proved that, along with L. intermedia is a species with greater capacity of domiciliation. Its abundance recorded in the kennel, proved the association with the canis. Even though the fourth species in the rankings, L. whitmani cannot be ignored for its vectorial capacity in other regions of Brazil. The species that still have wild characteristics in the study area showed a very significant number in the forest edge, suggesting that the species comes in selection process of adaptation to the human environment.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porPsychodidaeEcologiaLeishmaniose Tegumentar DifusaAspectos da ecologia dos flebotomíneos (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae) em área de ocorrência de leishmaniose tegumentar, município de Paraty, orla marítima do Estado do Rio de Janeiro, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2014Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Biodiversidade e Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26627/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALvanessa_vieira_ioc_mest_2014.pdfapplication/pdf2153502https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26627/2/vanessa_vieira_ioc_mest_2014.pdfd908684e74276bfa5809f49797454aefMD52TEXTvanessa_vieira_ioc_mest_2014.pdf.txtvanessa_vieira_ioc_mest_2014.pdf.txtExtracted texttext/plain174957https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26627/3/vanessa_vieira_ioc_mest_2014.pdf.txt7a125a2a577b07099e583ec00f776e02MD53icict/266272022-06-24 13:12:36.8oai:www.arca.fiocruz.br:icict/26627Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-06-24T16:12:36Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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