Estudo sobre a ecologia dos flebotomíneos (Diptera, Psychodidae, Phlebotominae) em ambientes de grande ação antrópica e silvestre, da orla marítima dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Vanessa Rendeiro
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37281
Resumo: O processo de expansão da leishmaniose tegumentar, nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, leva a real necessidade de se conhecer melhor a bioecologia dos flebotomíneos que ocorrem nas áreas endêmicas. Foram realizadas capturas sistematizadas em várias áreas de ocorrência de leishmaniose tegumentar da região da Costa Verde, Estado do Rio de Janeiro, nos municípios de Mangaratiba, Angra dos Reis e Paraty e em ambiente silvestre, no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo de Picinguaba, Estado de São Paulo. Na primeira fase, iniciada no final da década de oitenta e concluída ao término da década de noventa, foram feitas capturas de flebotomíneos pousados nas paredes internas e externas das casas e no domicílio, peridomicílio e floresta, com armadilhas luminosas, modelo Falcão. Na segunda fase, iniciada em 2011 com término em 2017, foram utilizadas armadilhas CDC, modelo HP, no domicílio, peridomicílio e floresta. Foram obtidos 56.837 flebotomíneos, pertencentes a vinte e seis espécies, duas do gênero Brumptomyia França & Parrot, 1921 e vinte e quatro do gênero Lutzomyia França, 1924. Das espécies encontradas, seis já foram registradas com infecção natural por Leishmania sp: Lutzomyia intermedia, L. fischeri, L. migonei, L. whitmani e L. pessoai por Leishmania braziliensis e L. ayrozai, por Leishmania naiffi. As espécies mais numerosas foram L. intermedia, L. fischeri e L. migonei e entre as menos numerosas destacou-se L. whitmani Os resultados indicaram que L. intermedia e L. migonei estão totalmente adaptadas ao ambiente antrópico, enquanto L. fischeri, a espécie mais abundante e eclética, quanto ao local de hematofagia, ainda mantem seus criadouros e abrigos naturais no ambiente florestal. Lutzomyia intermedia, pode atuar como o principal vetor do agente etiológico da leishmaniose tegumentar nas áreas estudadas. Lutzomyia fischeri pode estar veiculando também a Leishmania braziliensis, tanto no ambiente alterado pela ação humana, como no ambiente silvestre. Lutzomyia migonei, pode picar o homem e os animais domésticos, sobretudo o cão. Lutzomyia whitmani não pode ser ignorada pela sua capacidade vetorial, já comprovada em outras regiões do Brasil. Constatou-se que a probabilidade de o homem adquirir a leishmaniose tegumentar é mais acentuada entre 18 e 21 horas no peridomicílio e entre 21 e 2h no interior da casa. A maior densidade dos flebotomíneos, em todos os municípios estudados, foi registrada nos meses mais quentes do ano, dezembro, janeiro e fevereiro, com grande umidade relativa do ar e precipitações típicas do verão. Entretanto, as espécies mais importantes e que podem estar envolvidas na veiculação do agente etiológico da leishmaniose tegumentar ao homem e animais, foram capturadas ao longo de todos os meses do ano.
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Foram realizadas capturas sistematizadas em várias áreas de ocorrência de leishmaniose tegumentar da região da Costa Verde, Estado do Rio de Janeiro, nos municípios de Mangaratiba, Angra dos Reis e Paraty e em ambiente silvestre, no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo de Picinguaba, Estado de São Paulo. Na primeira fase, iniciada no final da década de oitenta e concluída ao término da década de noventa, foram feitas capturas de flebotomíneos pousados nas paredes internas e externas das casas e no domicílio, peridomicílio e floresta, com armadilhas luminosas, modelo Falcão. Na segunda fase, iniciada em 2011 com término em 2017, foram utilizadas armadilhas CDC, modelo HP, no domicílio, peridomicílio e floresta. Foram obtidos 56.837 flebotomíneos, pertencentes a vinte e seis espécies, duas do gênero Brumptomyia França & Parrot, 1921 e vinte e quatro do gênero Lutzomyia França, 1924. Das espécies encontradas, seis já foram registradas com infecção natural por Leishmania sp: Lutzomyia intermedia, L. fischeri, L. migonei, L. whitmani e L. pessoai por Leishmania braziliensis e L. ayrozai, por Leishmania naiffi. As espécies mais numerosas foram L. intermedia, L. fischeri e L. migonei e entre as menos numerosas destacou-se L. whitmani Os resultados indicaram que L. intermedia e L. migonei estão totalmente adaptadas ao ambiente antrópico, enquanto L. fischeri, a espécie mais abundante e eclética, quanto ao local de hematofagia, ainda mantem seus criadouros e abrigos naturais no ambiente florestal. Lutzomyia intermedia, pode atuar como o principal vetor do agente etiológico da leishmaniose tegumentar nas áreas estudadas. Lutzomyia fischeri pode estar veiculando também a Leishmania braziliensis, tanto no ambiente alterado pela ação humana, como no ambiente silvestre. Lutzomyia migonei, pode picar o homem e os animais domésticos, sobretudo o cão. Lutzomyia whitmani não pode ser ignorada pela sua capacidade vetorial, já comprovada em outras regiões do Brasil. Constatou-se que a probabilidade de o homem adquirir a leishmaniose tegumentar é mais acentuada entre 18 e 21 horas no peridomicílio e entre 21 e 2h no interior da casa. A maior densidade dos flebotomíneos, em todos os municípios estudados, foi registrada nos meses mais quentes do ano, dezembro, janeiro e fevereiro, com grande umidade relativa do ar e precipitações típicas do verão. Entretanto, as espécies mais importantes e que podem estar envolvidas na veiculação do agente etiológico da leishmaniose tegumentar ao homem e animais, foram capturadas ao longo de todos os meses do ano.The process of the cutaneous leishmaniasis expansion in the states of Rio de Janeiro and São Paulo leads to the real need to get a better understanding of the bioecology of sand flies that occur in endemic areas. Systematized catches were carried out in several areas of cutaneous leishmaniasis in the region of Costa Verde, Rio de Janeiro State (Mangaratiba, Angra dos Reis and Paraty) and in a wild environment, in the Serra do Mar State Park, Picinguaba Nucleus, Sao Paulo State. In the first phase, begun in the late 1980’s and completed at the end of the 1990’s, sandflies were captured on the internal and external walls of the houses and at the domicile, peridomicile and forest with light traps, Falcão. In the second phase, started in 2011, ending in 2017, monthly, for two consecutive days, were used light traps CDC at the domicile, peridomicile and forest. Total of 56,837 phlebotomines, belonging to twenty-six species, two of the genus Brumptomyia França & Parrot, 1921 and twenty-four of the genus Lutzomyia France, 1924, were obtained. Six species were identified with natural infection, L. intermedia, L. fischeri, L. migonei, L. whitmani and L. pessoai by Leishmania braziliensis and L. ayrozai, by Leishmania naiffi. The most numerous species were L. intermedia, L. fischeri and L. migonei, and among the least numerous were L. whitmani. The results indicated that L. intermedia and L. migonei are fully adapted to the environment altered by man; however, L. fischeri, the most abundant and dispersed species, still maintains its natural breeding sites and shelters in the forest environment. Lutzomyia intermedia, may act as the main vector of the etiological agent of cutaneous leishmaniasis in the areas studied; L. fischeri may also be transmitting Leishmania braziliensis, both in the environment altered by human action, and in the wild environment, where leishmaniasis occurs in its natural enzootic cycle; L. migonei should also be considered a species that can reach man and domestic animals, especially the dog, and L. whitmani can not be ignored by its vectorial capacity, already proven in other regions of Brazil. It was found that the probability of acquiring cutaneous leishmaniasis is more pronounced between 18 and 21 hours in the peridomicile and between 21 and 2 hours in the house, and the period of greatest density of sandflies in all municipalities studied was registered in the hottest months of the year, from october to march, with great air humidity and typical summer precipitations, however, the most important species that may be involved in the transmission of the etiological agent of cutaneous leishmaniasis to man and animals were captured throughout all the months of the year.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porEcologiaFlebotomíneosLeishmaniose TegumentarRio de JaneiroSão PauloPsychodidaeEcologiaLeishmaniose CutâneaEstudo sobre a ecologia dos flebotomíneos (Diptera, Psychodidae, Phlebotominae) em ambientes de grande ação antrópica e silvestre, da orla marítima dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2019Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Biodiversidade e Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37281/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALvanessa_vieira_ioc_dout_2019.pdfapplication/pdf3741447https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37281/2/vanessa_vieira_ioc_dout_2019.pdf06d6a28d08e627a8273d108033ad4473MD52TEXTvanessa_vieira_ioc_dout_2019.pdf.txtvanessa_vieira_ioc_dout_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain204485https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37281/3/vanessa_vieira_ioc_dout_2019.pdf.txt66298bf31eae2a1d8829718fd6f03c5eMD53icict/372812019-11-23 02:05:03.872oai:www.arca.fiocruz.br:icict/37281Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-11-23T05:05:03Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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