Análise epidemiológica e laboratorial de indivíduos coinfectados pelo vírus linfotrópicos para células T humanas do tipo 1 (HTLV-1) e vírus da hepatite C (HCV)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vizzoni, Alexandre Gomes
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27885
Resumo: A infecção pelo vírus linfotrópico para células T humanas tipo 1 (HTLV-1) pode levar a alterações funcionais da resposta imune do hospedeiro. O HTLV-1 está associado ao desenvolvimento de duas doenças principais: leucemia de células T do adulto e paraparesia espástica tropical/mielopatia associada ao HTLV-1. A infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) pode levar ao desenvolvimento de hepatite crônica, cirrose hepática e carcinoma hepatocelular. O HCV também está associado à ocorrência de várias doenças extra-hepáticas, como crioglobulinemia mista essencial, porfiria cutânea tardia, poliarterite nodosa, síndrome sicca e líquen plano. Devido ao papel da resposta imune celular no desenvolvimento e progressão de doenças associadas ao HCV, espera-se que a interação entre o HTLV-1 e HCV possa modificar o curso natural dessas infecções. Com o objetivo de avaliar aspectos epidemiológicos e laboratoriais foi realizado um estudo transversal envolvendo uma serie de casos. Foram incluídos no estudo 50 pacientes coinfectados com HTLV-1/HCV, 46 portadores de infecção pelo HCV e 50 pacientes HTLV-1 monoinfectados selecionados randomicamente. Pacientes portadores de infecção pelo vírus da hepatite B e/ou vírus da imunodeficiência adquirida foram excluídos do estudo. A análise estatística das variáveis avaliadas foi realizada utilizando métodos descritivos, paramétricos ou não-paramétricos Não houve diferença significativa em relação às características sócio-demográficas entre os grupos. O relato de uso de álcool foi mais frequente no grupo HCV (p< 0,001). O passado de transfusão de sangue foi considerado como provável via de infecção em 80,6% dos casos do grupo HCV e 39% dos pacientes HTLV-1/HCV coinfectados. Em 26,8% dos coinfectados a provável via de infecção foi a utilização de drogas injetáveis. Por outro lado, a transmissão sexual (55,6%) predominou no grupo HTLV-1 (p<0,001). O acometimento neurológico foi mais frequente no grupo de coinfectados sendo observado em 72% dos pacientes (p=0,001). Em relação aos dados laboratoriais, a presença de plaquetopenia foi mais frequente no grupo HCV monoinfectados (p<0,001). As concentrações séricas de alanina aminotransferase/transaminase glutâmi co oxaloacética, fosfatase alcalina e bilirrubinas totais foram mais elevadas no grupo HCV monoinfectados. Não se observou diferenças na distribuição dos genótipos do HCV entre os dois grupos mono e coinfectados. Os níveis de carga viral do HCV foram semelhantes entre os grupos HCV monoinfectados e HTLV - 1/HCV coinfectados. Os níveis de carga proviral do HTLV-1 foram semelhantes entre os grupos infectados por esse vírus A presença de crioglobulinemia foi percentualmente (19,4%) maior no grupo de pacientes coinfectados embora sem diferença significativa em relação aos outros grupos. Indivíduos coinfectados parecem ter uma maior frequência para o desenvolvimento de doenças neurológicas. Por outro lado, nossos dados sugerem que o acometimento hepático parece ser menor no grupo de coinfectados, sendo necessário o acompanhamento clínico desses pacientes para uma melhor avaliação da interação entre esses dois vírus.
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spelling Vizzoni, Alexandre GomesLeite, Ana Claudia Celestino BezerraSerpa, Maria José de Andrada2018-08-06T13:14:57Z2018-08-06T13:14:57Z2010VIZZONI, Alexandre Gomes. Análise epidemiológica e laboratorial de indivíduos coinfectados pelo vírus linfotrópicos para células T humanas do tipo 1 (HTLV-1) e vírus da hepatite C (HCV). 2010. 95 f. Dissertação (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2010.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27885A infecção pelo vírus linfotrópico para células T humanas tipo 1 (HTLV-1) pode levar a alterações funcionais da resposta imune do hospedeiro. O HTLV-1 está associado ao desenvolvimento de duas doenças principais: leucemia de células T do adulto e paraparesia espástica tropical/mielopatia associada ao HTLV-1. A infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) pode levar ao desenvolvimento de hepatite crônica, cirrose hepática e carcinoma hepatocelular. O HCV também está associado à ocorrência de várias doenças extra-hepáticas, como crioglobulinemia mista essencial, porfiria cutânea tardia, poliarterite nodosa, síndrome sicca e líquen plano. Devido ao papel da resposta imune celular no desenvolvimento e progressão de doenças associadas ao HCV, espera-se que a interação entre o HTLV-1 e HCV possa modificar o curso natural dessas infecções. Com o objetivo de avaliar aspectos epidemiológicos e laboratoriais foi realizado um estudo transversal envolvendo uma serie de casos. Foram incluídos no estudo 50 pacientes coinfectados com HTLV-1/HCV, 46 portadores de infecção pelo HCV e 50 pacientes HTLV-1 monoinfectados selecionados randomicamente. Pacientes portadores de infecção pelo vírus da hepatite B e/ou vírus da imunodeficiência adquirida foram excluídos do estudo. A análise estatística das variáveis avaliadas foi realizada utilizando métodos descritivos, paramétricos ou não-paramétricos Não houve diferença significativa em relação às características sócio-demográficas entre os grupos. O relato de uso de álcool foi mais frequente no grupo HCV (p< 0,001). O passado de transfusão de sangue foi considerado como provável via de infecção em 80,6% dos casos do grupo HCV e 39% dos pacientes HTLV-1/HCV coinfectados. Em 26,8% dos coinfectados a provável via de infecção foi a utilização de drogas injetáveis. Por outro lado, a transmissão sexual (55,6%) predominou no grupo HTLV-1 (p<0,001). O acometimento neurológico foi mais frequente no grupo de coinfectados sendo observado em 72% dos pacientes (p=0,001). Em relação aos dados laboratoriais, a presença de plaquetopenia foi mais frequente no grupo HCV monoinfectados (p<0,001). As concentrações séricas de alanina aminotransferase/transaminase glutâmi co oxaloacética, fosfatase alcalina e bilirrubinas totais foram mais elevadas no grupo HCV monoinfectados. Não se observou diferenças na distribuição dos genótipos do HCV entre os dois grupos mono e coinfectados. Os níveis de carga viral do HCV foram semelhantes entre os grupos HCV monoinfectados e HTLV - 1/HCV coinfectados. Os níveis de carga proviral do HTLV-1 foram semelhantes entre os grupos infectados por esse vírus A presença de crioglobulinemia foi percentualmente (19,4%) maior no grupo de pacientes coinfectados embora sem diferença significativa em relação aos outros grupos. Indivíduos coinfectados parecem ter uma maior frequência para o desenvolvimento de doenças neurológicas. Por outro lado, nossos dados sugerem que o acometimento hepático parece ser menor no grupo de coinfectados, sendo necessário o acompanhamento clínico desses pacientes para uma melhor avaliação da interação entre esses dois vírus.Human T-cell lymphotropic virus type 1 (HTLV-1) infection may lead to functional alterations of host immune response. HTLV-1 is associated with the development of two major diseases: adult T-cell leukemia/lymphoma and tropical spastic paraparesis/HTLV-1-associated myelopathy. Hepatitis C virus (HCV) infection may lead to the development of chronic hepatitis, cirrhosis and hepatocellular carcinoma. HCV is also associated with the occurrence of several extrahepatic diseases, such as essential mixed cryoglobulinemia, porphyria cutanea tarda, polyarteritis nodosa, sicca syndrome and lichen planus. Due to the role of cellular immunity in the development and progression of HCV-associated diseases, one could expect that the interaction between HTLV-1 and HCV might modify the natural course of these infections. with the aim to evaluate the epidemiological and laboratory aspects of these infections, a cross-sectional study with a series of cases was conducted. The study included 50 HTLV-1/HCV coinfected patients, 46 HCV and 50 HTLV-1 infected patients randomly selected. Patients with hepatitis B virus and/or human immunodeficiency virus infection were excluded. Statistical analysis was performed using descriptive, parametric or nonparametric methods. The socio-demographic characteristics were similar among the three groups of patients. Alcohol drinking was more frequent in HCV group (p <0.001). Past history of blood transfusion was considered as probable route of infection in 80.6% of HCV group cases and in 39% of HTLV-1/HCV coinfected patients. In 26.8% of coinfected patients the probable infection route was history of drug addiction On the other hand, sexual transmission (55.6%) was more frequent in HTLV-1 group (p <0.001). Neurological involvement was more frequent in the coinfected group and occurred in 72% of patients (p = 0.001). In relation to laboratory data the finding of thrombocytopenia was more frequent in HCV group (p <0.001). Serum concentrations of alanine aminotransferase/glutamic oxaloacetic transaminase, alkaline phosphatase and total bilirubins were higher in the HCV group when compared to coinfected individuals. There was no difference in the distribution of HCV genotypes among the two HCV-infected groups. HCV viral load levels were similar in the HCV and HTLV-1/HCV groups. HTLV-1 proviral load levels were similar in HTLV-1-infected groups. The finding of cryoglobulinemia was higher (19.4%) in HTLV-1/HCV coinfected patients, but no significant difference was observed when compared to the other groups. Our results suggest that coinfected patients were associated with a higher frequency of neurological involvement. HTLV-1/HCV coinfected patients seem to have a less advanced degree of hepatic involvement. On the other hand, being necessary to follow-up of these patients for a better evaluation of the consequences of the interaction between these two viruses.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porVírus 1 Linfotrópico T HumanoHepacivírusCoinfecçãoAnálise epidemiológica e laboratorial de indivíduos coinfectados pelo vírus linfotrópicos para células T humanas do tipo 1 (HTLV-1) e vírus da hepatite C (HCV)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2010Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27885/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALalexandre_vizzoni_ipec_mest_2010.pdfapplication/pdf3123783https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27885/2/alexandre_vizzoni_ipec_mest_2010.pdf8ae490f4aafac146daa6122155411aabMD52TEXTalexandre_vizzoni_ipec_mest_2010.pdf.txtalexandre_vizzoni_ipec_mest_2010.pdf.txtExtracted texttext/plain136295https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27885/3/alexandre_vizzoni_ipec_mest_2010.pdf.txt983795ab12564aef6cce8ff63d27f61dMD53icict/278852018-08-15 03:51:23.699oai:www.arca.fiocruz.br:icict/27885Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-08-15T06:51:23Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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