Fatores de risco associados à sífilis congênita
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44507 |
Resumo: | Este estudo teve como objetivo geral identificar a associação dos fatores de risco para a ocorrência da Sífilis Congênita (SC), baseado em um banco de dados primários produzidos para a pesquisa: "Morbimortalidade materna e perinatal nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói: papel da raça, escolaridade e classe social no acesso aos serviços de saúde" realizada em maternidades das regiões metropolitanas I e II do estado do Rio de Janeiro respectivamente a 1ª e 3ª região com maior número de notificações para SC segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no ano de 2011. A seleção das maternidades obedeceu ao critério de maior número de nascidos vivos por estabelecimento de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) de cada município. A população do estudo consistiu de mulheres que tiveram o parto ou aborto realizado nas duas maternidades no período de setembro a novembro de 2011. O tamanho amostral obtido foi de 1786 puérperas considerando uma incidência de SC de 9 casos para 1000 nascidos vivos na região metropolitana do Rio de Janeiro, razão de prevalência estimada de 4,5 e razão de exposto/não-exposto de 1,3. O perfil das 1786 puérperas segundo características sociodemográficas por maternidade foi descrito. A incidência de SC/1000 nascidos vivos foi estimada segundo o perfil sociodemográfico, reprodutivo e assistencial das puérperas das duas maternidades. O teste de qui-quadrado foi utilizado para analisar as diferenças entre os percentuais e as incidências nas comparações das categorias das variáveis analisadas. Os fatores associados foram investigados através de análise multivariada com a utilização de modelo hierárquico, sendo estimados suas razões de chances (OR) e respectivos intervalos de confiança (IC) de 95% A primeira etapa constituiu-se de análise univariada para investigar a associação de cada fator com o desfecho com nível de significância de 25%. Os fatores selecionados nesta etapa foram considerados para compor cada bloco hierárquico. Cada nível foi ajustado por variáveis de mesmo nível e em seguida por aquelas variáveis hierarquicamente superiores definidas no modelo. O modelo final foi composto pelo conjunto de fatores que a cada nível apresentaram associação com o desfecho de significância menor que 5% (p<0,05). Os dados foram armazenados e analisados no pacote estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 20. A incidência encontrada foi de 17,03 casos para 1000 nascidos vivos. No modelo final a chance de um bebê ser diagnosticado com SC foi de 4,9 vezes maior em mães com baixa escolaridade, 8,3 vezes maior em mulheres nãobrancas, 2,6 vezes maior em tabagistas e 3,1 vezes maior em mulheres que fizeram o pré-natal em serviço particular ou conveniado. Em relação ao pré-natal, as mulheres que tiveram acompanhamento considerado inadequado apresentaram maior chance de ocorrência da SC do que aquelas cujo pré-natal foi considerado adequado. Este trabalho corroborou sobre a influência direta dos marcadores de desigualdade social na ocorrência da SC, assim como sugere o tabagismo como marcador na prevenção da SC. |
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Brasil, Bárbara NettoSilva, Kátia Silveira daFonseca, Sandra Costa2020-11-18T18:41:14Z2020-11-18T18:41:14Z2015BRASIL, Bárbara Netto. Fatores de risco associados à sífilis congênita. 2015. 85 f. Dissertação (Mestrado em Saúde da Criança e da Mulher) - Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2015.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44507Este estudo teve como objetivo geral identificar a associação dos fatores de risco para a ocorrência da Sífilis Congênita (SC), baseado em um banco de dados primários produzidos para a pesquisa: "Morbimortalidade materna e perinatal nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói: papel da raça, escolaridade e classe social no acesso aos serviços de saúde" realizada em maternidades das regiões metropolitanas I e II do estado do Rio de Janeiro respectivamente a 1ª e 3ª região com maior número de notificações para SC segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no ano de 2011. A seleção das maternidades obedeceu ao critério de maior número de nascidos vivos por estabelecimento de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) de cada município. A população do estudo consistiu de mulheres que tiveram o parto ou aborto realizado nas duas maternidades no período de setembro a novembro de 2011. O tamanho amostral obtido foi de 1786 puérperas considerando uma incidência de SC de 9 casos para 1000 nascidos vivos na região metropolitana do Rio de Janeiro, razão de prevalência estimada de 4,5 e razão de exposto/não-exposto de 1,3. O perfil das 1786 puérperas segundo características sociodemográficas por maternidade foi descrito. A incidência de SC/1000 nascidos vivos foi estimada segundo o perfil sociodemográfico, reprodutivo e assistencial das puérperas das duas maternidades. O teste de qui-quadrado foi utilizado para analisar as diferenças entre os percentuais e as incidências nas comparações das categorias das variáveis analisadas. Os fatores associados foram investigados através de análise multivariada com a utilização de modelo hierárquico, sendo estimados suas razões de chances (OR) e respectivos intervalos de confiança (IC) de 95% A primeira etapa constituiu-se de análise univariada para investigar a associação de cada fator com o desfecho com nível de significância de 25%. Os fatores selecionados nesta etapa foram considerados para compor cada bloco hierárquico. Cada nível foi ajustado por variáveis de mesmo nível e em seguida por aquelas variáveis hierarquicamente superiores definidas no modelo. O modelo final foi composto pelo conjunto de fatores que a cada nível apresentaram associação com o desfecho de significância menor que 5% (p<0,05). Os dados foram armazenados e analisados no pacote estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 20. A incidência encontrada foi de 17,03 casos para 1000 nascidos vivos. No modelo final a chance de um bebê ser diagnosticado com SC foi de 4,9 vezes maior em mães com baixa escolaridade, 8,3 vezes maior em mulheres nãobrancas, 2,6 vezes maior em tabagistas e 3,1 vezes maior em mulheres que fizeram o pré-natal em serviço particular ou conveniado. Em relação ao pré-natal, as mulheres que tiveram acompanhamento considerado inadequado apresentaram maior chance de ocorrência da SC do que aquelas cujo pré-natal foi considerado adequado. Este trabalho corroborou sobre a influência direta dos marcadores de desigualdade social na ocorrência da SC, assim como sugere o tabagismo como marcador na prevenção da SC.This study aimed to identify the association of risk factors for the occurrence of Congenital Syphilis (SC), based on a primary database produced for the research: "Maternal and perinatal morbidity and mortality in the cities of Rio de Janeiro and Niterói: role of race, education and social class in access to health services" conducted in maternity hospitals of the metropolitan regions I and II of the state of Rio de Janeiro respectively the 1st and 3rd regions with the highest number of notifications for SC according to data from the Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN - Notification Disease Information System) in 2011. The selection of maternity hospitals complied with the criterion of higher number of live births per health establishment of the Sistema Único de Saúde (SUS - Unified Health System) of each municipality. The study population consisted of women who had childbirth or abortion performed in both maternities from September to November 2011. The sample size obtained was 1786 puerperal women considering an incidence of SC of 9 cases per 1000 live births in the metropolitan region of Rio de Janeiro, estimated prevalence ratio of 4.5 and exposed / unexposed ratio of 1.3. The profile of the 1786 puerperal women according to sociodemographic characteristics by maternity was described. The incidence of SC / 1000 live births was estimated according to the sociodemographic, reproductive and care profile of the mothers of the two maternity hospitals. The chi-square test was used to analyze the differences between the percentages and the incidences in the comparisons of the categories of the analyzed variables. The associated factors were investigated through multivariate analysis using a hierarchical model, and their odds ratios (OR) and respective confidence intervals (CI) of 95% were estimated The first stage consisted of univariate analysis to investigate the association of each factor with the 25% significance level outcome. The factors selected in this stage were considered to compose each hierarchical block. Each level was adjusted by variables of the same level and then by those hierarchically superior variables defined in the model. The final model consisted of the set of factors that at each level were associated with a significance outcome of less than 5% (p <0.05). Data were stored and analyzed in the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) version 20. The incidence was 17.03 cases per 1000 live births. In the final model, the chance of a baby being diagnosed with CS was 4.9 times higher in mothers with low education, 8.3 times higher in non-white women, 2.6 times higher in smokers and 3.1 times higher in women who had prenatal care in private service. Regarding prenatal care, women who had inadequate follow-up were more likely to have CS than those whose prenatal care was considered adequate. This study corroborated the direct influence of social inequality markers on the occurrence of CS, as suggested by smoking as a marker in the prevention of CS.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porFatores de riscoSífilis congênitaAnálise multivariadaSífilis CongênitaFatores de riscoIndicadores de MorbimortalidadeMortalidade maternaMortalidade perinatalFatores de risco associados à sífilis congênitainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2015Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes FigueiraFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulherinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/44507/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALbarbara_brasil_iff_mest_2015.pdfapplication/pdf676431https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/44507/2/barbara_brasil_iff_mest_2015.pdf7d91e356cdc60df132268449cd8e0cc0MD52TEXTbarbara_brasil_iff_mest_2015.pdf.txtbarbara_brasil_iff_mest_2015.pdf.txtExtracted texttext/plain109032https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/44507/3/barbara_brasil_iff_mest_2015.pdf.txtf3c8deecbd83031eb8b1b8ae3127cd35MD53icict/445072023-08-23 13:25:07.715oai:www.arca.fiocruz.br:icict/44507Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-08-23T16:25:07Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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